Vivemos num século e em uma sociedade onde, o futebol de rua é cada vez mais escasso. Devido ao grande desenvolvimento das áreas urbanas, sendo tomadas por novas edificações e diminuição das áreas para a prática do futebol, aumento do fluxo de trânsito e o aumento da criminalidade que tomam conta dos grandes centros.
Em conttrapartida, surge um novo fenômeno. As Escolas de Futebol, situadas em locais seguros, com campos de grama sintética, com seus uniformes e toda a estrutura e segurança para a prática do futebol por parte dos meninos e meninas e que o idolatram. Existem várias tendências para as Escolas de Futebol:
- De clubes apenas como forma de receita;
- Escolas pagas para a classe média, sem o objetivo de formação de atletas; e
- Escolas de projetos sócio-esportivos com objetivos mais relacionados à formação de atletas.
Mas, eu pergunto, qual é o objetivo dessas Escolas? Será formar um jogador mais técnico e menos talentoso e criativo?
Uma pesquisa também teve essa preocupação e perguntou aos jogadroes talentosos do nosso futebol onde eles começaram a jogar futebol?
- 67,2% na rua
- 15,8% no clube
- 10,9% no colégio
- 3,8% na Escola de Futebol
- 2,2% em casa
Como já foi relatado acima, o futebol de rua está cada vez mais escasso, as Escolas de Futebol viraram moda e a pesquisa aponta que, apenas 3,8% começaram a jogar futebol em Escola de Futebol, me ocorre outras indagações sobre os professores que trabalham com Escolas de Futebol. Será que eles sabem qual é o seu papel? Indago o seguinte, se futebol é conhecimento.
- O que deve ser ensinado?
- Como deve ser ensinado?
- Como deve ser avaliado?
Será que a Escola de Futebol auxilia ou dificulta a formação de atletas talentosos de alto-rendimento?
Temos um grande problema. A principal fonte de formação do jogador era a rua, e ela está acabando. Por isso, proponho uma alternativa para o futebol de rua. Melhorar a formação do professor que trabalha com esta clientela, e utilizar a abordagem sistêmica como ferramenta de instrução (metodologia de treinamento) para a melhorar a formação de nossos possíveis futuros jogadores.
Oportunizar a eles a tomada de decisões, definir através de jogos a hora que deve finalizar, a hora que deve passar e quando nenhuma delas for possível, revolver o problema através do drible (criativo) evitando assim a formação de um jogador confusso individualista e prejudicial à equipe e oferecendo oportunidade de formação de um corajoso, criativo e eficiente. Pois hoje o futebol está repleto de jogadores "passadores de bola", que não oferecem nada de produtivo e ou criativo às equipes.
Referências
DRUBSCKY, Ricardo. O Universo Tático do Futebol: Escola brasileira. Belo Horizonte: Ed. Health, 2003.