Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

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sábado, 28 de setembro de 2013

MOMENTOS DO JOGO E A FRACTALIDADE NO PLANO TRANSVERSAL


Com relação ao último post, tratei da questão da Fractalidade dentro do entendimento da metodologia de treinamento Periodização Tática. Entretanto, foi explanado apenas como utilizar a Fractalidade para conduzir a forma de criar os exercícios (jogos) dentro do contexto do Modelo de Jogo de cada treinador. Mas, será que a Fractalidade fica só nisso?

Segundo Campos (2008, p. 95) os diversos momentos do jogo (Organização Ofensiva, Transição Defensiva, Organização Defensiva e Transição Ofensiva) não podem ser vistos como estanques em si mesmos, isto é, eles dependem-se mutuamente e na construção dos princípios de cada um deles temos de ter em conta a ligação com os restantes sob pena de haver uma desarticulação comprometedora da qualidade de jogo. Ciente desta informação, como poderemos programar a nossa semana de treinos sem levar em consideração a Fractalidade Transversal. Para melhor compreensão Guilherme Oliveira apud  Campos (2008, p. 95) fala-nos de uma Fractalidade Transversal relacionada com todos os momentos do jogo, ou seja, os comportamentos pedidos, por exemplo no momento de Organização Ofensiva, levam em consideração o momento de perda da posse da bola e por conseguinte os momentos de transição para a defesa (pressionar o portador da posse da bola no mesmo setor da perda, isso não sendo possível, fechar os espaços para impedir a progressão da mesma em direção a baliza) e posteriormente entrar em Organização Defensiva. Desta forma, observamos que há uma interação entre os diferentes momentos e o que está a acontecer num determinado momento está a ter uma resposta baseada não só no sucesso do momento em causa mas também dos momentos subsequentes tal como um sistema de engrenagens, em que a inversão do sentido de uma delas implica uma resposta das demais visto que estão em interação permanente. 

ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
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    TRANSIÇÃO OFENSIVA       TRANSIÇÃO DEFENSIVA
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    ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA    
                                                      
Com toda essa complexidade exposta, não consigo compreender como podemos estudar o Futebol (trabalhar, ser responsáveis por gerenciar o programa semanal de treinamentos, ministrar aulas e/ou palestras) tratando o futebol com superficialidade. Para adquirirmos qualidade de JOGAR necessitamos evoluir, para tal, necessitamos nos aperfeiçoar, olhar o futebol por outro prisma, e este, é o da complexidade que o Futebol exige. 

Pois, segundo Guilherme Oliveira (2004, p. 148):
"Independentemente da inter-relação dos momentos e da escala em que se possam evidenciar, eles devem manifestar as invariâncias que caracterizam os respectivos momentos, as suas interações e serem representativos da forma de jogar da Equipe."
Referências

CAMPOS, Carlos. A justificação da Periodização Táctica como uma fenomenotécnica: A singularidade da INTERVENÇÃO DO TREINADOR como a sua impressão digital. MCSports, 2008.

GUILHERME OLIVEIRA, José. (2004). Conhecimento Específico em Futebol. Contributos para a definição de uma matriz dinâmica do processo de ensino-aprendizagem/treino do jogo. Porto: J. Guilherme Oliveira. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto.
 





segunda-feira, 26 de agosto de 2013

GEOMETRIA FRACTAL E OS EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO EM FUTEBOL

Foto

O termo Fractal foi instituído por Benoit Mandelbrot em 1975, para denominar uma classe especial de curvas definidas recursivamente que produzia imagens reais e surreais. Uma estrutura geométrica ou física tendo uma forma irregular ou fragmentada em todas as escalas de imediação. A Geometria Fractal estuda subconjuntos complexos de espaços métricos.

Segundo Stacey (2005) apud Campos (2008, p. 54) um fractal é uma parte invariante ou regular de um sistema caótico que pela sua estrutura e funcionalidade consegue representar o todo, independentemente da escala onde possa ser encontrado. Os fractais são representativos do todo pois têm uma constituição "genética" semelhante ao todo onde foi observado (Guilherme Oliveira, 2004 apud Campos, 2008, p. 54).

Observando a ilustração acima, temos a formação de dois triângulos na organização ofensiva inicial do FC Barcelona, formada pelos dois zagueiros centrais, o volante e os dois meias. Ou seja, subconjuntos complexos de espaços métricos (intersetorial). Isso é de suma importância para o Modelo de Jogo da equipe mencionada, pois, joga com posse de bola e para que isso ocorra com efetividade impreterívelmente, deve formar estruturas geométricas como triângulos e losangos para ter efetividade com esse tipo de jogo.

À importância do processo de treinamento nisto é a manifestação regular de um padrão. Ou seja, que estas situações aconteçam durante as sessões de treinamento, sendo assim, ocorrerá um melhor aproveitamento da semana de treinamento, buscando uma forma de jogar que identifique determinada equipe. Justificando isso, Guilherme Oliveira (2004, p. 146) afirma que:
"O processo de treino deve ser construído através de uma organização fractal no sentido de se manifestarem através de invariâncias/padrões fractais nas diferentes escalas de manifestações-invariância de escala - tanto ao nível dos padrões de comportamento como ao nível da produção do processo."
O padrão de comportamento se refere ao Modelo de Jogo da equipe, trabalhado durante a semana de treinamentos (padrões coletivos, individuais, setoriais, intersetoriais e as suas interações). Guilherme Oliveira (2004, p. 130) enfatiza o padrão semanal, o padrão diário e o padrão de exercícios propostos sendo que é a conjugação de todos estes padrões que vai permitir que o carácter caótico do jogo seja organizado, reconhecido e transformado o mais possível nas invariâncias/padrões Específicos da equipe.

Em conformidade com isso, utilizo um exercício para simular a mesma situação observada na ilustração do FC Barcelona com as minhas equipes.

 

 Grupos com cinco jogadores (dois centrais, o volante e dois meias). A bola sai de um dos centrais em direção ao volante que se desloca em direção a bola e de primeiro toque, passa ao outro central (se deslocando para o lugar do central que iniciou o trabalho) o central, passa a bola ao outro central que se desloca para receber a bola no ponto futuro. A situação se repete no outro lado.

Após a devida assimilação destes padrões, podemos aumentar a complexidade do exercício criando um jogo fractal para que essa situação aconteça e alguma pontuação lhe seja atribuída para cada vez que aconteça (Alternância Horizontal em Especificidade, Princípio da Progressão Complexa em Especificidade, Princípio das Propensões e Princípio Hologramático). Tudo isso faz parte de uma semana proveitosa de treinamento em futebol. Há não observância disso, deixa muitas lacunas na forma de aproveitamento da semana de treinamentos.

Referências

CAMPOS, Carlos. A justificação da Periodização Táctica como uma fenomenotécnica: A singularidade da INTERVENÇÃO DO TREINADOR como a sua impressão digital. MCSports, 2008.

GUILHERME OLIVEIRA, José. (2004). Conhecimento Específico em Futebol. Contributos para a definição de uma matriz dinâmica do processo de ensino-aprendizagem/treino do jogo. Porto: J. Guilherme Oliveira. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

O ERRO E A INIBIÇÃO: CAUSAS DA MÁ FORMAÇÃO

 
 
 
Observando o jogo de hoje, final da Copa das Confederações FIFA 2013 entre Brasil e Espanha, uma das muitas situações que me chamou a atenção foi: a ótima formação que teve o Neymar Jr.
 
Pois, quem trabalha com treinamentos de formação deve ter passado por alguma situação parecida a de que, não é adimissível erros. Principalmente, quando o jogador iniciante tenta realizar um chute de perna não dominante e erra. Lá vem o treinador dizer que: "domina, coloca o pé esquerdo no chão e chuta com a perna boa." Além de, não aceitar o erro ele está com esta atitude, inibindo o jogador de ter as situações para melhorar a sua habilidade de chutar também com a perna não dominante. E, quem nunca ouviu um treinador bradar a beira do campo: "Tá Errado, Tá Errado ..." Precisamos oportunizar reforços contingentes, que dizem respeito ao que está errado e/ou certo. Para a melhor compreensão dos jogadores e não gerar mais dúvidas a eles. 
 
Temos que ter a consciência de que, nós profissionais que estamos a frente desse processo de formação de jogadores de futebol, temos como obrigação, estimular esses jovens a progredirem dentro desse processo através da operacionalização dos treinamentos (táticos, técnicos, físicos, psicológicos). Desta forma, o erro é aliado e a inibição não pode fazer parte do processo. Uma forma de atuação é o feedback interrogativo que auxilia o jogador a tomar as melhores decisões num futuro próximo, onde ele poderá avaliar e selecionar a sua resposta com as anteriores e a intervenção feita pelo treinador.
 
Lembrando que, Neymar Jr. tem apenas 21 anos e tem muito a evoluir! Mas, já representa uma liderança dentro da Seleção Brasileira.
 
   
 
 



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

COMO TREINAR AS TRANSIÇÕES OFENSIVAS RÁPIDAS

 
 
Como treinar as Transições Ofensivas Rápidas (contra-ataques), esse é um momento do jogo que muitos pensam ser de inferioridade da Organização Defensiva e Superioridade da Organização Ofensiva. Fernandes (2008) publica um estudo que mostra a verdadeira situação do Contra-Ataque, e por mais estranho que possa parecer a conclusão e de que as situações de 2 (atacantes) X 3 (defensores) é a mais comum.
 
 

http://www.unip.br/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2008/04_out_dez/V26_N4_p392-396.pdf  Link para acessar o artigo na íntegra.


Ciente disso, não é mais admissível situações em treinamentos de futebol que contemplem a superioridade numérica da Organização Ofensiva sobre a Organização Defensiva, pois segundo Fernandes (2008), isso é raro acontecer. No máximo podemos utilizar uma situação de igualdade numérica.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

COMO FAZER "CAMPO PEQUENO"?

Seguindo a mesma linha de raciocínio da postagem anterior, continuarei a tratar da Organização Defensiva do S. C. Corinthians (finalista da Copa Libertadores 2012) e melhor defesa da competição.

Segundo Amieiro (2004, p.30), "quando falamos em redução de espaços, temos de ter presente que essa redução deve ser feita tanto à largura do campo (estreitando-o), como em profundidade (encurtando-o).


Como podemos observar na figura acima, a equipe do S. C. Corinthians, consegue ficar compacta como um bloco em um espaço de aproximadamente 30 metros entre a bola e a sua baliza. Desta forma, dificultando a Organização Ofensiva do Santos F. C.  De acordo com López López, 2003 (apud Amieiro, 2004, p. 30) "para se reduzirem espaços em largura, os jogadores (a equipe) devem bascular em função da posição da bola para gerar vantagem numérica nos espaços próximos da mesma e assim favorecer as coberturas, não deixando de manter vigilância sobre os espaços afastados da bola". Observando a figura, percebemos que, as linhas da equipe do S. C. Corinthians forma linhas de força entre a bola e a sua baliza, reduzindo os espaços entre si e provocando uma grande densidade defensiva que dificulta a progressão da bola até a sua baliza.



Outro aspecto importante dessa Organização Defensiva apresentada pelo S. C. Corinthians são as dobras de marcação e os apoios para a Manutenção e Circulação da Bola no momento de Transição Ofensiva. Conforme a figura acima podemos observar o apoio e a formação em losango na basculção defensiva para o lado forte.


Nesta figura observamos a formação de Triângulos Defensivos, que oportunizam uma boa gestão dos espaços principais de jogo. Obrigando desta forma, a equipe do Santos F. C. a trabalhar a bola somente na horizontal. Pois os triângulos colocam sempre um jogador na cobertura daquele que pressiona o portador da bola.


Nesta última figura, podemos visualizar a formação do Losango Defensivo, onde fica explicito as coberturas das linhas de passe (outro fator primordial para gestão do espaço interior).

Frade (2002) apud Amieiro (2004, p. 31) "para que exista esta unidade compacta em bloco, a equipe deve responder a situações que acontecem no jogo, situações essas que todos os jogadores têm que identificar (o que requer treino)".Os autores, acreditam que se tratam de respostas coletivas e sinais (ou indicadores), sinais esses que, quando devidamente identificados, levam a que a equipe atue como um [todo].

Com esses pequenos relatos, podemos ter uma breve noção de quão complexo é o jogo de futebol em seus vários momentos e, a equipe que treinar como o jogo necessita, obterá melhores resultados.

Referência

AMIEIRO, Nuno M. B. Defesa à Zona no Futebol: A (Des)Frankensteinização de um conceito. Uma necessidade face à inteireza inquebrantável que o jogar deve manifestar. Monografia de Licentuara realizada no âmbito da disciplina de Seminário, Opção de Futebol. Licenciatura em Desporto da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, 2004.




sexta-feira, 15 de junho de 2012

O CRAQUE DO S.C. CORINTHIANS: A ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA





Muito se tem comentado sobre a forma de jogar do S.C. Corinthians pela imprensa especializada, por estar demonstrando uma defesa sólida, que só tomou dois gols em toda Libertadores e por estar invicto nessa competição, e, desta forma tem a melhor campanha de todos os tempos da competição. Anteriormente, no ano de 1978 o Boca Juniores era o detentor desse feito.

Dessa forma, vamos tentar entender o que S.C. Corinthians vem fazendo para conseguir esse feito. Assim peço ajuda ao professor Nuno Amieiro (com quem tive o privilégio de conversar no II Seminário de Futebol no Grêmio FBPA no ano passado). Para Garganta (1997 apud Amieiro, 2004, p. 22), "numa partida de futebol, ainda que o quadro do jogo seja organizado e conhecido, o seu conteúdo é sempre surpreendente, imprevisível, incerto e aleatório. [...]". Sabendo que o jogo de FUTEBOL tem essas características, os treinadores tentam na fase defensiva de suas equipes que formem um bloco compacto para não fornecer espaços para a equipe adversária.


Pelo que pude observar nos jogos do S.C. Corinthians, o treinador Tite tem conseguido passar para os seus jogadores o que Frade (2002 apud Amieiro, 2004, p. 24), chama de fazer "campo pequeno". Que significa reduzir os espaços de jogo à equipe adversária e ter os setores muito próximos entre si e conseguir superioridade numérica junto à bola. 

 Mesmo jogando contra o Santos F.C., a equipe corinthiana continuou com a mesma filosofia na organização defensiva em zona, não querendo fazer uma marcação individual no jogador Neymar Jr. Mostrando um conceito bem maduro de Defesa à Zona para os apreciadores do futebol bem jogado e priorizando o que os Esportes Coletivos devem ser, Coletividade!

Isso é de suma importância para a evolução tática do futebol brasileiro, pois o S.C. Corinthians é uma equipe de grande apelo popular, está sempre em foco nas transmissões da TV e nos mostra que no FUTEBOL para se jogar é preciso ter a bola. E se não houver marcação eficiente temos que esperar o adversário errar para ter a posse da bola.  

Sendo assim, para mim o craque do S.C. Corinthians é a Organização Defensiva.

Referência

AMIEIRO, Nuno M. B. Defesa à Zona no Futebol: A (Des)Frankensteinização de um conceito. Uma necessidade face à <> que o jogar deve manifestar. Monografia de Licentuara realizada no âmbito da disciplina de Seminário, Opção de Futebol. Licenciatura em Desporto da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, 2004.

Eu Recomendo



Periodização Tática: O futebol-arte alicerçado em critérios.
Autor: Bruno M. F. Pivetti.
Phorte Editora 2012.
 
Livro referência no Brasil para compreender essa Metodologia de treinamento em FUTEBOL! 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

DEFENDER ... ATACANDO


No II Seminário de Futebol realizado pelo Grêmio Football Porto Alegrense, o autor Nuno Amieiro explanou sobre a Defesa à Zona. Se a defesa à zona parece ser a opção mais adequada de defender para garantir equilíbrio ofensivo na defesa, importa perceber que preocupações devem existir na organização ofensiva para que o equilíbrio defensivo no ataque seja mais adequadamente efetivado.


Para Guilherme Oliveira (2004) apud Soares (2009), o momento de organização ofensiva é caracterizado pelos comportamentos que a equipe assume quando de posse de bola com o objetivo de preparar e criar situações de forma a marcar o gol.


Para Garganta & Pinto (19980 apud Soares (2009), quando a equipe tem a bola deve adotar os seguintes comportamentos :

  •  Penetração: verificar se existe possibilidade de finalizar ou espaço livre de progressão para a baliza contrária;
  • Cobertura Ofensiva: criar situação de superioridade numérica junto da bola através da inclusão de um segundo atacante;
  • Mobilidade: criação de linhas de passe de modo a construir situações possíveis de penetração; e
  • Espaço: tornar o jogo mais aberto, com maior amplitude, em largura e profundidade, criar linhas de passe de forma a obrigar a defesa a flutuar e a ter maior dificuldade em criar situações de superioridade numérica.

Concordo com Soares (2009) que, tal como na defesa à zona não existe apenas uma forma de defender à zona, também acreditamos que nos momentos de organização ofensiva perspectivados segundo a posse e circulação de bola, suportadas pela ocupação total do espaço de jogo,tal concordância também não existe. Se todos somos seres diferentes e temos ideias diferentes, a posse e circulação de bola não será realizada do mesmo modo por todos os treinadores.

Jesualdo Ferreira (2004) apud Soares (2009) defende que, defender bem é, em primeiro lugar, a equipe estar bem posicionada no momento em que tem a posse de bola, porque ao perdê-la, estará em boas condições de a poder recuperar rapidamente. Para o autor existem uma série de mecanismos defensivos que se devem começar a articular no momento em que a equipe ganha a posse de bola e entra no processo ofensivo.

Amieiro (2004) apud Soares (2009) acrescenta que só o posicionamento em função da bola permite que, no momento da perda, mais importante que em superioridade numérica, a equipe esteja em superioridade posicional e temporal e explica que o fundamental no equilíbrio defensivo no ataque é a existência permanente de um equilíbrio posicional no seio da equipe, o qual se traduz na ocupação cuidada e inteligente dos espaços de ataque, no sentido de permitir uma reação rápida  e eficaz à perda da posse de bola, ou seja, trata-se de assegurar a permanente gestão coletiva do espaço e do tempo de jogo, com vista ao domínio dos momentos de transição ataque-defesa.

Mas para que possa haver esses mecanismos na equipe, temos que treinar em conformidade para que isso aconteça na equipe

Referência

SOARES, Pedro. Transições: uma instantaneidade suportada pelo "equilíbrio" ...a representatividade da fluidez que o "jogar" deve manifestar. Porto. Dissertação de Licenciatura apresntada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, 2009.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O OBJETIVO DO JOGO: O GOL


O objetivo do jogo todos nós conhecemos, é marcar o gol. Mas, aqui estão alguns exemplos de belos gols dentro de ações Táticas e Técnicas Coletivas que ocorreram nas últimas duas rodadas do Campeonato Brasileiro e pela Audi Cup 2011. Espero que gostem!










quinta-feira, 23 de junho de 2011

BOLA PARADA (Contra/Transição Ofensiva)


Este vídeo é da participação da minha equipe Sub-15 na 7ª Taça Saudades 2011. Realizando uma Transição Ofensiva após uma Bola Parada Contra.

Resultado de alguns meses de trabalho dando certo na competição! Pena que a finalização não foi a esperada, mas, o processo de ensino-aprendizagem-treinamento continua. Efetuando certos erros, futuramente surgiram acertos. Esse é o papel da formação! 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

DEFENDER EM ZONA OU ZONA PRESSIONANTE?


Segundo Mourinho (2007) apud Oliveira et al (2007):
"Defender zonalmente e fazer pressing zonal, são duas coisas totalmente diferentes! Uma coisa é defender em zona, onde, pelo posicionamento no campo e pela adaptação posicional de todos os jogadores em função da posição da bola quando está em posse do adversário, se busca encurtar espaços, criar dificuldades e esperar o erro. Defender zonalmente em pressão, significa, de igual modo, um bom jogo posicional, mas com a iniciativa no sentido de tentar intensificar ao máximo as dificuldades ao adversário e de tentar recuperar a bola o mais rápido possível. De uma forma bem resumida, quando falamos de futebol de alto nível, eu diria que o homem a homem não existe, zona existe, mas não me convence, e zona pressionante é o futebol de hoje e de amanhã."
 "Ninguém joga homem a homem ou em função dos homens, mas em função dos espaços."
Referência

OLIVEIRA, Bruno. AMIEIRO, Nuno. RESENDE, Nuno. BARRETO, Ricardo. Mourinho Por quê tantas vitórias? MCSports - Gradiva, 2007.





domingo, 1 de maio de 2011

SITUAÇÕES DE DESEQUILÍBRIO - DRIBLE E RETIRADA DO SETOR DE PRESSÃO


As situações de desequilíbrio dizem respeito mais comumente à condição numérica desfavorável do setor defensivo em relação ao ofensivo, surgidas ou impostas a uma equipe. Mas existe também os importantes desequilíbrios de posicionamento. O jogo das táticas no futebol se caracteriza pela constante busca das equipes em criar situações de desequilíbrio numérico ou de posicionamento em seu favor. São proporcionadas por ações individuais (os dribles) ou coletivas (retirada do setor de pressão [viradas de jogo]).



Mas, para realizar essas situações de desequilíbrio é preciso ter Velocidade de Decisão!

Segundo Weineck (2004), em exigências de decisão simples, o tempo de decisão é mais curto do que em processos decisão que exigem escolhas múltiplas ou difíceis reações de escolha. O mesmo ocorre no tempo de decisão em ações não costumeiras, [...].

Por conta disso, quem tem responsabildades de comandar as sessões de treinamento, deve ter a obrigação de oportunizar ao máximo todas as situações que uma partida de futebol oferece através de jogos. Assim, evitamos a formação de jogadores confusos.

Segundo Schellenberger (1985) apud Weineck (2004), todos os jogadores deveriam receber de forma objetiva e racional um processo de análise de situações de jogo, em que, de acordo com o seguinte plano tático, dever-se-ia proceder assim:
  •  Se a finalização for possível, então eu escolho finalizar;
  •  Se a finalização não é possível, então eu procuro passar a bola a um companheiro mais bem colocado; ou
  •  Se a situação impede a realização de finalização ou um passe, então, eu procuro solucionar a situação por meio de um drible.
  


Referência

WEINECK, Jürgen. Futebol Total: o treinamento físico no futebol. Guarulhos - SP: Phorte Editora, 2004.
  

domingo, 20 de março de 2011

ANÁLISE DE DUAS VARIÁVEIS OBSERVADAS NO JOGO DO FC PORTO

Hoje observando o jogo FC Porto vs Académica de Coimbra pelo campeonato português 2010-2011, resolvi fazer uma análise de duas variáveis do jogo aplicado pelo FC Porto durante este confronto.

São elas:
  • Passes Errados (PE)
  • Interceptações (I)
Procurei identificar em que setor do campo ocorreriam o maior número de Passes Errados (PE) pela equipe do FC Porto e, em qual setor do campo ocorreriam maior número de Interceptações (I) e, qual há influência dessas duas variáveis para o resultado final do jogo?

Para isso, me baseie na Dissertação de Mestrado do Professor Rodrigo Leitão "Futebol - Análises qualitativas e quantitativas para a verificação e modulação de padrões e sistemas complexos de jogo". Escolhi o FC Porto, por ser o líder do campeonato português, estar invicto na competição e possuir o treinador André Villas Boas, ex-adjunto de José Mourinho.

Para isso, usei as mesmas marcações que o Professor Rodrigo Leitão no campograma, mas com uma nomenclatura diferente.


Onde:
  • SD = Setor de Defesa
  • STD = Setor de Transição Defensiva
  • SMD = Setor de Meio Defensivo
  • SMO = Setor de Meio Ofensivo
  • STO = Setor de Transição Ofensivo
  • SO = Setor Ofensivo
As variáveis observadas Passes Errados (PE) e Interceptação (I) do primeiro tempo estão em azul e do segundo tempo estão em amarelo. Também está colocada o número de finalizações e de que setores elas ocorreram (lembrando que, só são da equipe FC Porto).

O primeiro tempo terminou FC Porto 0 X 1 Académica de Coimbra:

O gol da Académica se origina de uma bola perdida no STO e oportuniza um contra-ataque fatal contra a equipe do FC Porto. No primeiro tempo o setor que privilegiou o maior número de Passes Errados (PE) para a equipe do FC Porto foi o STO com 16 Passes Errados. E o setor que privilegiou o maior número de Interceptações (I) foi o STD com 13 Interceptações. O que indica que o FC Porto, errou muitos passes na hora de concluir para as finalizações (famoso último passe) e, em consequência disso, interceptou mais bolas próximas ao seu gol. Talvez por isso tenha perdido o primeiro tempo por 1 X 0.

No segundo tempo, o setor que privilegiou o maior número de Passes Errados (PE) foi o SMO com 18 e as Interceptações (I) continuaram sendo o STD com 11. Mas agora, o FC Porto, interceptou 9 bolas SMO e conseguiu fazer dois gols por causa dessas bolas interceptadas neste setor do campo e duas bolas no STO que originou um outro gol. E a diminuição de Passes Errados (PE) no STO caiu para 6 apenas. Com isso, o FC Porto melhorou a qualidade de passes próximo há área adversária e converteu em gol as chances que obteve, através de uma marcação mais alta no campo de jogo, o que dificultou a saída de jogo do Académica de Coimbra. 

Placar final do jogo FC Porto 3 X 1 Académica de Coimbra. O FC Porto segue líder invicto da competição com 13 pontos a frente do Benfica e se enfrentam no próximo dia 03 de abril, se o FC Porto vencer será campeão português por antecipação.

Referência

LEITÃO, Rodrigo Ap. Azevedo. Futebol - Análises qualitativas e quantitativas para a verificação e modulação de padrões e sistemas complexos de jogo. Dissertação de Mestrado apresentada na Unicamp em 2004.  



sábado, 12 de fevereiro de 2011

A ARTE DO PRESSING


O Pressing, é a postura agressiva e conjunta exercida por um grupo de jogadores, mas prefiro, por toda a equipe com o propósito de retomar a posse da bola do adversário ou não lhe permitir que progrida em campo. A sua principal característica é, marcar "forte" em todos os setores do campo onde se encontra um adversário que possa vir a receber a posse da bola.

Pressing, signifca pressionar, apressar (pressionar não apenas o jogador que está com a posse da bola, mas sim, a equipe adversária de posse da bola).

Rinus Michels, nos deixa um relato sobre o 'futebol de pressing':

"Na minha filosofia, desde o momento em que se perde a bola, o objetivo prioritário é recuperá-la. Este é o futebol de pressing".

"[...] Corre-se grande risco porque além de deslocar o homem livre ao meio campo e deixar o dispositivo defensivo sem o homem extra da cobertura, se apenas um jogador não marcar corretamente o adversário que tenha condições de receber um passe, o ataque contrário poderá se concretizar, pois o caminho estará aberto. Por esta razão devemos contar com onze homens inteligentes e adaptáveis. Pedimos inclusive ao goleiro que se poste fora da área penal, para ser um líbero ainda que provisoriamente, para impedir os possíveis ataques do adversário que saiam de passes longos [...]" (Michels, 1987: p. 127)

Hoje a equipe que melhor apresenta esse tipo de jogo é o FC Barcelona.




sábado, 17 de julho de 2010

USAR BEM A AMPLITUDE E PROFUNDIDADE DO CAMPO RESULTA EM GOL


Este é um fenômeno dos mais interessantes no futebol. Pois, num espaço tão amplo, como o de um campo de jogo, a equipe bem treinada tem de se valer do recurso de saber usar a amplitude e profundidade do campo, não permitindo deixar grandes espaços vagos entre os jogadores (tanto em posse de bola como sem ela). Mas hoje, falarei apenas em posse de bola. 

O que eu chamo de amplitude é a largura do campo (horizontal), uma equipe bem organizada posicionalmente no espaço de jogo, terá uma posse de bola de forma equilibrada e seus jogadores estarão dispostos geométricamente em campo para receber essa bola em condições ideais de jogo (ocupação racional do espaço) e trabalhá-la com circulação da bola e viradas de jogo (velocidade coletiva), até que consiga desorganizar a defesa do adversário para poder dar profundidade ao jogo .

O que eu chamo de profundidade é o comprimento do campo (vertical), uma equipe com jogadores com boa visão de jogo e bons passes médios e longos, podem verticalizar o jogo e deixar um companheiro em plenas condições de marcar um gol, desde que, esse jogador tenha entendimento da Regra 11, impedimento. 

É o que o Barcelona F. C. vem fazendo e muito bem ao longo das últimas temporadas.

sábado, 19 de junho de 2010

QUEM TREINA AS SITUAÇÕES DE IMPEDIMENTO?


“Não basta manter boa relação individual com a bola: é preciso aprender a ler o jogo. E desse modo, aprender a se comunicar em meio à ação”. Alcides Scaglia.

Com base nesta citação do Professor Dr. Alcides Scaglia, escrevo a matéria dessa semana. Perguntando: quem treina as situações de impedimento nas sessões de treinamento?

Essa pergunta se torna pertinente, pelo motivo da Regra 11 – Regra do Impedimento, ela é responsável por grande parte da dinâmica de jogo no futebol. Por isso, abordar as inúmeras situações de impedimento nos treinos técnicos e táticos é importante, pois condiciona o atleta a ser cada vez mais eficiente nessas circunstâncias. A produtividade ofensiva de uma equipe está diretamente relacionada à interferência da regra do impedimento nas ações de ataque criadas por ela.

É aqui que entra a importância da formação. Imaginemos uma criança de 14 anos que só jogou o jogo de pelada a vida toda, e agora entrou em uma equipe que participa de competições formais, ela têm muita competência com a bola nos seus pés, mas ela não consegue jogar (ou, não é tão competente, faltam-lhe algumas habilidades), pois a regra do impedimento exige singular estruturação do espaço, que se não dominada, não se alcançará níveis mais elaborados e estruturados (organização espacial) de jogo.

Para que essa situação seja minimizada, os treinamentos com a regra do impedimento devem ser iniciados nas categorias Sub-11 e que seja respeitada a zona de desenvolvimento proximal (ZDP) desses atletas, para que eles possam entender essa regra de forma clara e possam aplicá-la a seu favor durante as competições.

Enfim, trabalhar com a formação de atletas vai além de se ter “jogado” o futebol, necessitamos é de uma boa metodologia de treinamento e de operacionalização científica para entendermos como funciona o futebol moderno.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

OS OBJETIVOS DAS FASES DO JOGO

Todas as ações realizadas pelos jogadores que sejam de caráter individual ou coletivos durante o transcurso da partida tem como finalidade obter a maior eficácia possível no desenvolvimento de uma série de intenções táticas (ofensivas e defensivas).

Basicamente o jogo se distingue em oito grandes objetivos táticos:

Objetivos

Ofensivos                                              Defensivos

Manter a posse da bola                      Recuperar a posse da bola

Progressão no jogo                            Evitar a progressão no jogo

A finalização                                       Evitar a finalização

Superar as situações de 1:1  Evitar ser superado nas situações 1:1

OBJETIVOS OFENSIVOS

São intenções que a equipe que se encontra com a posse da bola.

  1. Manter a posse da bola: através deste objetivo do jogo a equipe atacante tenta conservar a bola em seu poder mantendo a iniciativa do jogo.


Este objetivo de jogo apresenta uma série de aspectos favoráveis:


  1. Conservar um resultado favorável;
  2. Manter a iniciativa de jogo;
  3. Ganhar tempo na partida;
  4. Modificar o ritmo da partida;
  5. Evitar a perda da bola;
  6. Desgastar física e psiquicamente o adversário ao não permitir-lhe recuperar a posse da bola.


Para a realização com eficácia deste objetivo são necessárias o domínio integrado de uma série de ações táticas, técnicas, físicas e psicológicas por parte dos jogadores tanto no espaço individual como coletivo.

AÇÕES TÁTICAS

  1. Com respeito a bola: noção de tempo (tempo de bola), paredes (aparas), organização coletiva e velocidade coletiva;
  2. Com respeito aos adversários: desmarcações;
  3. Com respeito aos espaços: amplitudes (profundidade e largura), espaços livres;
  4. Com respeito aos companheiros: apoios.

Para manifestar este objetivo são necessárias ações táticas de apoios e desmarcações dos jogadores, para com o jogador de posse da bola, para facilitar e dar possibilidades de envio da mesma através de paredes (aparas), organização coletiva, etc. E, é importante a amplitude (largura) para obrigar o adversário a defender um maior número de metros no campo.

AÇÕES TÉCNICAS


  1. Individuais: controle, condução e finta;
  2. Coletivas: passe, ações combinadas.


Para manifestar este objetivo são necessárias ações técnicas individuais e coletivas, sendo que para desenvolver as ações táticas como, noção de tempo (tempo de bola), paredes (aparas), organização coletiva, etc., é necessário o domínio de ações técnicas como a condução, finta, passes, etc.

Tendo entendido isso, passamos a entender a importância de um bom planejamento de treinamentos, para que possamos ter uma equipe jogando com objetivos ofensivos e defensivos bem definidos e, o principal, sabendo por que estão realizando certos objetivos.

sábado, 29 de maio de 2010

AS FASES DO JOGO


Na dinâmica do encaixe de um jogo de futebol, percebe-se que ele é constituído de três situações táticas clássicas:

  1. Ataque;
  2. Defesa; e
  3. Reorganização de Posturas.

Assim, pode-se analisar o jogo também considerando a eficiência das equipes no desempenho dessas três fases. Temos que nos ater nos treinamentos, principalmente quanto as distâncias entre as peças do desenho tático escolhido, pois é esse fator que, dará um maior equilíbrio nesses três requisitos do jogo, mas não só. O técnico que faz a leitura correta da interferência dessas distintas fases na produção da sua equipe sai na frente para melhor ajustá-la. O que caracteriza um modelo de jogo da equipe é, o aprimoramento de uma dessas três fases, ou como deveria ser, o aprimoramento das três.

Como devem ser os três momentos do jogo:

Momento Ofensivo (fase de construção de jogadas): caracteriza-se pela insistência na construção de jogadas de ataque ou, pelo menos, na manutenção de posse de bola. Não basta apenas delimitar o posicionamento dos jogadores em campo sem instruí-los e prepará-los para executar as ações. Em termos ofensivos, muitas esquematizações táticas podem ser utilizadas. A partir das suas características, os atletas devem ser distribuídos em campo e treinados individualmente, por setores e em conjunto, para as ações ofensivas. Poderá haver trocas de posicionamento entre as peças do desenho, mas é importante que sejam feitas por jogadores que saibam ser ofensivos também nas zonas para as quais estão migrando. Os procedimentos ofensivos de uma equipe de futebol costumam ser marca registrada do sistema tático que os utilizam. (Drubsky, 2003).

Momento Defensivo (fase de recuperação de bola): talvez seja este o fator determinante para que o desenho tático funcione no futebol. Qual peça vai marcar determinado setor nas várias situações de jogo em que o adversário recupera a posse de bola e prepara a contra-ofensiva? Quais setores farão as coberturas nestes casos? Quem pega quem na saída de bola do adversário? Isso deve estar bem assimilado para evitar furos no desenho. Sendo o futebol moderno caracterizado pela ocupação inteligente dos espaços, a equipe que deixa buracos no campo estará fadada a maus resultados. Num jogo em que os atletas se preocupam apenas em ser ofensivos, o resultado quase sempre é a derrota! Cada desenho tem a sua melhor forma de marcar o adversário. Além disso, o sistema de marcação depende das características dos jogadores e do encaixe do jogo. Após conjugar essas situações, o técnico define como bloquear as ações do seu oponente já a partir do seu campo ou de zonas mais recuadas. (Drubsky, 2003).

Momentos de Reorganização (fase de transição do jogo): são nítidas em campo as situações de jogo em que as equipes perdem ou recuperam a posse de bola e necessitam de um tempo para reorganizar seu posicionamento em razão das novas necessidades. Na transição tanto para as ações de ataque quanto para as de defesa, exige-se eficiência das equipes e seus desenhos, sob pena de sofrerem danos irreparáveis. A fase de reorganização do jogo é uma circunstância tática treinável que deve levar em consideração a organização do desenho, as esquematizações táticas e o desenvolvimento dos sistemas de cobertura e compensações e do poder de posse de bola, entre outros. (Drubsky, 2003).