Abordagem de Ensino Baseada no Jogo
quinta-feira, 5 de outubro de 2023
O JOGADOR INVENTA E O TREINADOR INOVA
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
DESACELARAÇÃO HORIZONTAL: VACINA CONTRA LESÕES?
segunda-feira, 29 de agosto de 2022
FORÇA EXPLOSIVA E SUAS ESPECIFICIDADES NO FUTEBOL
Foto 1: Cristiano Ronaldo salta 2,57 metros e supera goleiro |
Força Explosiva (Força e Velocidade): é a capacidade demonstrada na superação de certa resistência no menor tempo possível, e é caracterizada pelo sistema neuromuscular mobilizador do potencial funcional com a finalidade de alcançar altos níveis de força. A força explosiva representa particularmente a manifestação das capacidades de força e de velocidade relacionadas com o esforço em uma ou poucas repetições (saltos, lançamentos, etc.).
Gomes e Souza, 2008
Já está bem documentado na literatura que o aumento da força máxima melhora a força explosiva e essa, está intimamente ligada aos momentos mais decisivos do jogo, como o gol, por exemplo. Destarte, se a força máxima for treinada em demasia ela pode ocasionar um aumento na secção transversa tanto das fibras de contração rápida quanto das de contração lenta e isso, é prejudicial para a força explosiva.
A velha metodologia de treino previa, para o início da preparação, um período de treinamento dirigido exclusivamente à melhoria da força máxima (2 a 3 meses) e, posteriormente, um período de transformação seguido de um outra de força especial. As novas proposições, com base em experiências baseadas em evidências e comprovadas no campo, prevêem trabalhos de força máxima e de força explosiva durante o mesmo período (BOSCO, 2007). A adaptação biológica de origem neural que ocorre como resposta inicial aos estímulos promovidos pelo treinamento da força máxima é fenômeno já bem documentado (MORITANI e de VRIES, 1980). É bem provável que os fatores neurais atuem em diversos níveis do sistema nervoso central e periférico, determinando como resultado final a ativação máxima de várias unidades motoras envolvidas (BOSCO, 2007).
quarta-feira, 20 de julho de 2022
EPICENTRO DO JOGO, ESPAÇOS DE FASE E JOGO DE POSIÇÃO
- Momento com a Bola
- Atacante com a Bola (Microssistema de ação de jogo);
- Atacante sem a Bola no Centro do Jogo (Mesossistema de ação do jogo);
- Atacante sem a Bola Fora do Centro do Jogo (Macrossistema de ação do jogo).
- Momento sem a Bola
- Defensor do atacante com a Bola (Microssistema de ação de jogo);
- Defensor do atacante sem a Bola no Centro do Jogo (Mesossistema de ação do jogo);
- Defensor do atacante sem a Bola Fora do Centro do Jogo (Macrossistema de ação do jogo).
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
O QUE É "INTENSIDADE" NO FUTEBOL?
Muito se fala hoje em dia em intensidade no jogo do futebol. Mas afinal, o que é "intensidade" no futebol?
Na nossa cultura e consequentemente no futebol uma situação que impera é o verbalismo. Para que possamos explicar a "intensidade" no futebol teremos que recorrer a tática.
De uma forma simples, faz sentido afirmar que o conceito de tática pode ser concebido como a gestão (posicionamento e deslocamento/movimentação) do espaço de jogo pelos jogadores e equipe (TEOLDO, et al., 2015). Destarte, estando a equipe (sem a posse da bola) com as suas linhas próximas, realizando uma forte pressão sobre o homem da bola (se possível, em todas as partes do campo) haverá uma intensidade nesse jogar.
Mas, para que isso seja possível, é preciso treinar. Treinar os princípios táticos defensivos, contenção e cobertura defensiva. Bem como, a equipe que está em posse da bola, precisa treinar os princípios táticos ofensivos, mobilidade e espaço. O princípio da contenção refere-se, basicamente, à ação de oposição do jogador de defesa sobre o portador da bola visando diminuir o espaço de ação ofensiva, restringindo as possibilidades de passe a outro jogador atacante, evitando o drible que favoreça progressão pelo campo de jogo em direção ao gol e, prioritariamente, impedindo a finalização à baliza (CASTELO, 1996). O princípio da cobertura defensiva está relacionado às ações de apoio de um jogador às "cotas" do primeiro defensor, de forma a reforçar a marcação defensiva e a evitar o avanço do portador da bola em direção à baliza (CASTELO, 1996).
sexta-feira, 31 de julho de 2020
ENTREVISTA PREPARADOR FÍSICO MARCELO LINS MARTINS
EF: Não é raro observarmos jogadores de futebol correndo e cruzando os braços na linha média do corpo. Isso é correto? Qual é o papel da ação dos braços na corrida?
MM: A ação dos braços é um mecanismo que o corpo utiliza para se manter estável durante a corrida em alta velocidade, contrabalançando o movimento do membro inferior oposto e tornando o movimento mais eficiente. Durante a corrida, os braços influenciam a posição dos quadris e, segundo alguns treinadores, influenciam também a frequência das passadas. Movimentos inadequados dos braços durante a corrida geram um maior desgaste, limitam o potencial de velocidade e podem indicar restrições na pélvis. Nem sempre o jogador de futebol pode realizar uma movimentação adequada dos braços (flexão e extensão dos ombros no plano sagital com diferentes angulações na flexão do cotovelo) durante a corrida pois muitas vezes utiliza os membros superiores para tentar manter o adversário afastado durante uma disputa, um duelo. Mas durante a partida podem ocorrer situações onde o jogador vai realizar a corrida em alta velocidade sem um adversário por perto e, portanto uma mecânica adequada pode potencializar a ação da corrida.
EF: Atualmente existe uma grande discussão quanto a forma de pisada na corrida. Na sua experiência, qual a melhor forma de pisar na corrida?
MM: Quando estamos falando de aceleração e velocidade máxima, alguns princípios biomecânicos devem ser observados (logicamente respeitando as individualidades) para que haja uma melhor eficiência e aplicação da força. Durante a fase de aceleração o jogador tem que ter o centro de massa fora da base de suporte gerando uma inclinação. Essa inclinação vai depender, dentre fatores relacionados a situações específicas do jogo, da capacidade do jogador de produzir força, quanto mais potente maior a inclinação. Então se traçarmos uma linha gravitacional do centro de massa pro solo, a pisada do atleta deve ser diretamente no ponto em que a linha toca o solo ou atrás dela, limitando as forças de frenagem (atrito) e otimizando a força horizontal.
Fig. 1 Linha gravitacional do centro de massa.
Na fase da velocidade absoluta, o atleta corre com uma postura mais ereta e o contato com o solo também se dá o mais próximo possível da linha gravitacional do centro de massa, no esforço de minimizar as forças de frenagem (atrito) e maximizar a força vertical. O ponto de contato com o solo em relação ao centro de massa vai ser o resultado da velocidade, força, técnica e tempo certo de contato com o solo.
Fig. 2 Comprimento da passada da corrida.
Muito obrigado Marcelo Lins Martins por aceitar o nosso convite para essa entrevista sobre o tema a importância da técnica da corrida para o jogador de futebol.
Boa sorte na sua caminhada profissional e esperamos nos falar em breve.
Forte Abraço!