Fala galera, tudo bem com vocês?
Hoje daremos continuidade ao nosso primeiro ciclo de entrevistas com profissionais renomados que atuam no futebol.
Espero que gostem!
Vou deixar que o nosso entrevistado desta semana se apresente:
AF: Me chamo André Fornaziero, sou Bacharel em Ciência do Esporte pela Universidade Estadual de Londrina, Especialista em Fisiologia do Exercício, Mestre em Fisiologia da Performance e Doutorando em Ciências do Movimento Humano com ênfase no Desempenho Físico e Esportivo pela Universidade Federal do Paraná. Sou professor universitário, pesquisador, palestrante e possuo mais de 10 anos de experiência como fisiologista no futebol, com passagens por clubes como Paraná Clube e Club Athletico Paranaense.
AF: Me chamo André Fornaziero, sou Bacharel em Ciência do Esporte pela Universidade Estadual de Londrina, Especialista em Fisiologia do Exercício, Mestre em Fisiologia da Performance e Doutorando em Ciências do Movimento Humano com ênfase no Desempenho Físico e Esportivo pela Universidade Federal do Paraná. Sou professor universitário, pesquisador, palestrante e possuo mais de 10 anos de experiência como fisiologista no futebol, com passagens por clubes como Paraná Clube e Club Athletico Paranaense.
EF: É muito comum escutarmos que o futebol mudou. Mas, na sua opinião qual foi a principal mudança do futebol do século XX para o futebol do século XXI?
AF: Acredito que a principal mudança se refere as demandas competitivas, principalmente sob o ponto de vista físico, mas também técnico e tático. Fisicamente é claro que há uma maior demanda, vários estudos científicos reportam esse achado e por consequência o controle da preparação e recuperação tem sido alvo de muitos estudos. Por outro lado, acredito que a maior profundidade de análise com relação aos aspectos técnicos e táticos também aumentou a complexidade do treinamento e assim a exigência do melhor entendimento do jogo por parte dos atletas.
EF: No futuro o futebol será ainda mais intenso? Qual seria o seu conselho para os clubes em uma eventual seleção de jogadores?
AF: Sem dúvida será mais intenso, da mesma forma como tem acontecido nos últimos anos. Acredito que a seleção dos atletas deverá ser feita com a utilização de técnicas mais profundas de análise de dados, para que os clubes sejam capazes de cruzar informações de diferentes tipos e ter uma posição mais assertiva se aquele determinado atleta preenche os requisitos exigidos pelo modelo de jogo da equipe.
EF: Como o treinamento deverá ocorrer para suprir as futuras demandas do jogo?
AF: Nos últimos anos o processo de treinamento evoluiu sobremaneira, tanto no sentido da qualidade das atividades propostas como no controle e gestão de todas as informações que podem ser coletadas. Acredito muito que a formação que os treinadores vêm tendo nos últimos anos é de fundamental importância para esse processo pois eles são os líderes das comissões e quanto mais entenderem sobre todos os aspectos, mais cada profissional poderá dar seu contributo. Além disso, atualmente a quantidade de informações geradas em cada sessão de treinamento é muito grande, portanto um ponto essencial nesse contexto é a análise integrada desses dados, de modo que possibilite que a comissão técnica tome decisões mais assertivas.
EF: Deixo aberto o espaço para comentar mais sobre o tema se for do seu interesse.
AF: Acredito que de acordo com o processo de evolução do futebol como um todo, as instituições, profissionais, atletas e todos os membros envolvidos nesse processo devem sempre estar abertos a inovação. Gosto muito de fazer um comparativo da nossa situação atual com o cenário que tínhamos há 10 anos atrás, apenas para citar alguns exemplos: eram raros os clubes possuíam analistas de desempenho, fisioterapeuta só trabalhava com atletas lesionados e fisiologista era responsável por avaliação física. Atualmente grande parte das equipes possuem mais de 1 analista de desempenho, os fisioterapeutas fazer parte do processo de prevenção de lesões e o laboratório dos fisiologistas agora é o campo, coletando informações de carga de treinamento em tempo real. Se nos últimos 10 anos muita coisa mudou, imaginemos o quanto esse cenário irá se modificar nos próximos 10? Tentarei fazer aqui uma previsão para o futuro: em 10 anos, certamente grande parte das equipes terá um analista de dados em suas comissões técnicas e além disso alguma outra função que ainda nem existe atualmente.
Muito obrigado André Fornaziero por aceitar o nosso convite para esse ciclo de entrevistas sobre o tema Futuro do Futebol. Boa sorte na sua caminhada profissional e esperamos nos falar em breve.
Forte Abraço!
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