Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

segunda-feira, 29 de junho de 2020

ENTREVISTA PREPARADOR FÍSICO VITOR NEMETZ


Fala galera, tudo bem com vocês?

Hoje temos a honra de iniciar o nosso primeiro ciclo de entrevistas com profissionais renomados que atuam no futebol.

Espero que gostem!

Vou deixar que o nosso entrevistado desta semana se apresente:

VM: Primeiramente gostaria de dizer que é com grande satisfação que participo desta entrevista e, terei a oportunidade de escrever sobre o que mais tenho paixão de estudar e trabalhar. Sou Vitor Nemetz, formado em Educação Física pela Universidade Positivo – Curitiba, Pós-graduado em Fisiologia e Prescrição do Exercício pela Universidade Gama Filho – Rio de Janeiro. Após uma curta passagem pelo Futebol profissional como atleta, iniciei minha carreira no Futsal do Coritiba Foot Ball Club como Assistente Técnico, durante este período atuei em escolinhas de futsal com o objetivo de aperfeiçoar minha didática como professor. Após este período em 2009 tive a oportunidade de estagiar na Categoria de Base do Coritiba onde iniciei minha carreira. 
Clubes onde trabalhei: Coritiba FC, Foz do Iguaçu, Coritiba FC, Barra Balneário Camburiú como Auxiliar Técnico, Rio Branco de Paranaguá.

EF: É muito comum escutarmos que o futebol mudou. Mas, na sua opinião qual foi a principal mudança do futebol do século XX para o futebol do século XXI?

VM: O Futebol, como em todas as áreas de nosso cotidiano está em constante evolução, sofrendo e exercendo influência na sociedade como um todo. Entendo que a principal mudança aconteceu e acontece na maneira com que as equipes jogam, fazendo com que existam processos de adaptações e evoluções em todas as áreas que o engloba.

EF: No futuro o futebol será ainda mais intenso? Qual seria o seu conselho para os clubes em uma eventual seleção de jogadores?

VM: Com o passar dos anos a ciência, com o advento da tecnologia, obteve mais ferramentas para realizar análises das demandas de um jogo de futebol e, os resultados das pesquisas vem demonstrando um aumento das ações de alta intensidade, como por exemplo: distâncias percorridas acima de >19 km/h, números de sprints com e sem posse da bola. Isto posto, evidencia um aumento gradativo da intensidade do futebol, porém não posso afirmar que o jogo irá ficar ainda mais intenso pois, uma análise como essa não pode ser feita apenas do ponto de vista físico.
É pretensioso de minha parte aconselhar clubes para um processo de seleção de jogadores pois, são entidades que possuem em seu organograma profissionais com experiência e capacitação técnica para tal função. Em minha humilde opinião sempre irei optar por pessoas que demonstrem habilidades técnicas em conjunto das cognitivas, que demonstrem criatividade, inteligência, improviso e gestos motores refinados ou com potencial em domínio da bola, se possível aliado ao controle emocional. As demais capacidades exigidas pelo jogo, em meu modo de pensar, ficam em segundo plano neste momento de seleção de atletas. 

EF: Como o treinamento deverá ocorrer para suprir as futuras demandas do jogo?

VM: O treinamento para mim deve sempre ter o caráter da especificidade, o termo que resume isso para mim é FRACTAL onde, separamos o todo sem perder a formar absoluta. Todas as ações realizadas no dia a dia do treinamento, devem ser em busca da incorporação de comportamentos coletivos, setoriais ou individuais que, facilitarão na tomada de decisões dos atletas, sem que os mesmos tenham sua criatividade oprimida. Teremos que desenvolver exercícios que repliquem o mais próximo possível do que o jogo exige do ponto de vista Global.

Muito obrigado Vitor Nemetz por aceitar o nosso convite para esse ciclo de entrevistas sobre o tema Futuro do Futebol. Boa sorte na sua caminhada profissional e esperamos nos falar em breve. 

Forte Abraço!

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