Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

segunda-feira, 10 de maio de 2010

APRENDIZAGEM NO FUTEBOL

Segundo Caldas (1999) o suporte biológico da aprendizagem nos primeiros anos de vida é provavelmente mais estável e talvez estruturante para o que vier a ser aprendido depois. Por outro lado, variáveis como a frequência de utilização também se têm revelado de importância para o arquivo cerebral da informação. O que é mais frequentemente utilizado tem mais suporte que aquilo que raramente se usa.

Se fizermos uma reflexão sobre isto aplicado ao futebol percebemos a importância da formação naquilo que deve ser o entendimento do Jogo na sua essência. O processo de escolas de formação como a do Ajax encaixa nesta lógica de estimulação precoce de uma ideia de jogo própria treinada desde bem cedo pois isso facilitará a sua evocação na idade adulta.

Por esta leitura, eu entendo que a aplicação de Princípios da Periodização Tática na sistematização e operacionalização dos treinamentos de categorias de formação, podem ser o divisor de águas, para uma qualidade superior de um menino que já vivenciou isso em fases de início de treinamentos, em relação há aqueles que nunca tiveram essa oportunidade.  

sábado, 1 de maio de 2010

CIDADES PEQUENAS PODEM SER CELEIROS DE CRAQUES?

A formação do jogador de futebol para o elevado rendimento desportivo é realizada nas Escolas de Futebol e nas divisões de base dos clubes. Compreende as seguintes categorias:

  • Sub 9 anos;

  • Sub 10 anos;

  • Sub 11 anos;

  • Sub 12 anos;

  • Sub 13 anos;

  • Sub 14 anos (Mirim);

  • Sub 15 anos (Infantil);

  • Juvenil (16 e 17 anos); e

  • Juniores (18, 19 e 20 anos).
É, de forma geral, um processo que envolve o adiantamento das qualidades psicomotoras e coordenativas adquiridas na infância e na adolescência. Nele, fica caracterizado a evolução continuada dos componentes físicos, técnicos, táticos, relacionais, cognitivos, mentais e psicológicos. Somemos o desenvolvimento desses componentes às condições naturais do indivíduo trazidas em seu código genético, e tudo isso potencializado pelas atividades que ele realiza no meio social e cultural, mesmo que sem intervenção consciente.

Crianças que convivem em espaços abertos, jogando, correndo, saltando, apresentam mais disposição para o aprendizado do futebol do que crianças que permanecem em espações fechados, interagindo com jogos eletrônicos e atividades de limitada mobilidade. Afinal, os processos de aprendizagem motora são decorrentes das necessidades provocadas pela adaptação e controle do meio ambiente. A criança quando joga futebol, utiliza movimentos naturais adaptados, consequência direta da motricidade geral.

Por isso, a pergunta, cidades pequenas podem ser celeiros de craques... Eu acredito que sim, devido as crianças de moram nessas localidades terem mais disponibilidade de práticas esportivas fora de ambientes propicios para o futebol convencional. Pois se, em uma cidade ele prática o futebol apenas no seu treinamento duas ou três vezes por semana, na cidade pequena ele prática, antes, durante e após os treinamentos, os setes dias da semana se quiser. Por haver uma menor preocupação com a violência e haver locais (mesmo que não tanto apropriados) que o oportunizam essa prática. E desta forma, eles possam alcançar as dez mil horas de prática que caracterizam um expert.



sábado, 24 de abril de 2010

JOGO DE TRANSIÇÃO + RETIRADA DA PRESSÃO

Esse trabalho realizo com a equipe Sub 14. Para melhorarmos a transição ofensiva - defensiva e defensiva - ofensiva.

Princípio: Transição.

Sub-Princípio: Retirada da bola da zona de Pressão.

Complexidade: 3 (média alta).

Objetivos: Transições rápidas (ofensiva-defensiva, defensiva-ofensiva) e Retirada da bola da zona de Pressão pelos corredores laterais.

Tempos: 3 X 8'                                     Recuperação:  4'

Adaptação Biológica: Resistência Específica.

Materiais: cones, discos, dois jogos de coletes e bolas.


Número de Jogadores: 17 (6:6+4 curingas) e 1 goleiro.  Dimensões: meio campo.

Jogo específico com com duas equipes de seis jogadores, disputam um seis contra seis e quatro ficam como curingas nas laterias do campo. A equipe atacante (azul) tem o objetivo de finalizar em gol, com o auxílio dos curingas (pretos). A equipe defensora (vermelha) além de evitar as finalizações, tem que fazer a bola chegar num dos dois quadrados localizados nas laterais do campo (oposto a baliza) para um companheiro recepcionar e desta forma realizar a transição.

Sempre utilizando o modelo de jogo que iremos aplicar.

sábado, 17 de abril de 2010

MANIFESTAÇÕES DE FORÇA PARA O FUTEBOL


No esporte, parte-se, então, do pressuposto de que a força é a capacidade motora que se manifesta de diferentes formas, em virtude das necessidades das ações motoras do jogo (Vitori,1990), apresentando-se como expressões de diferentes formas, sobretudo na leitura de sua relação com a revelação de uma estruturação multifacetada, partindo da tese de que a força quase nunca se manifesta de forma pura, única, mas nas mais variadas determinações, especialmente nas ações ativa e reativa. 

Levando-se em conta que, durante as partidas os jogadores terão algumas vezes que entrar em contato físico com os oponentes, principalmente para disputar a bola. Temos que ter, alguma metodologia de treinamento que entre em nosso planejamento semanal e que oportunize esse fato. Para que desta forma, a manifestação de força para o futebol, aproxime-se o mais próximo da realidade dos jogos. 

Pois relato aqui, que este trabalho específico, além de trabalhar as manifestações de força, trabalhará em conjunto as manifestações de equilíbrio, muito importantes para a sequência de uma jogada de contra-ataque por exemplo, que pode definir um resultado de uma partida e que engloba, força explosiva num ciclo duplo de trabalho muscular, o ciclo alongamento e encurtamento (CAE) após o contato com o oponente.


sábado, 10 de abril de 2010

OS JOGOS DE INTELIGÊNCIA OU PEQUENOS JOGOS


Esses tipos de treinamentos, desde quando surgiram, tornaram-se uma excelente forma de se aprimorar, técnica e taticamente, o futebol. Sofreram muitas transformações até chegar no hoje são chamados de jogos de inteligência, pequenos jogos ou ainda jogos situacionais.

São basicamente, treinos de situação táticas na forma de jogos, em pequenos ou grandes espaços e podendo ser com número reduzido de jogadores. Seu objetivo é, além de enfocar as questões técnico-táticas do jogo, desenvolver especialmente as funções intelectuais dos jogadores atendendo às exigências crescentes de um futebol competitivo e inteligente. Os pequenos jogos são criados, cada qual com o seu objetivo, mas todos eles atuam, de maneira geral, nas valências físicas, técnicas e táticas. Justamente por abordarem elementos táticos específicos, os pequenos jogos são muito eficazes naquilo que desenvolvem. A montagem desses treinamentos obedece ao princípio básico de simular as situações mais próximas da realidade dos jogos oficiais.

Os pequenos jogos, personalizados à ideia de jogo do técnico, dão a motivação especial aos treinos, ao mesmo tempo em que os elementos táticos do sistema são assimilados pelos jogadores. É preciso que o técnico deixe claro ao grupo as características da nova metodologia de treinamentos. Passar ao grupo a sua importância na evolução da equipe contribuirá muito para a aceitação do método.

DRUBSCKY, Ricardo. O Universo Tático do Futebol: escola brasileira   Belo Horizonte, MG: Health, 2003, p. 203-204.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

JOGO ESPECÍFICO

Numa disputa de 3:2, os dois jogadores posicionados (um em cada uma das laterais) com bolas, realizam cruzamentos alternadamente.

Após os dois cruzamentos os atacantes retornam a posição inicial, recebem uma bola do treinador e dão início há um confronto contra os dois defensores. Após o termíno da ação, trocar os grupos de jogadores.

Variação: aumentar o número de participantes.



Sempre trabalhando dentro da disposição tática que a equipe vai atuar. E com nível alto de intensidade (pois é um trabalho de curta duração).

domingo, 28 de março de 2010

JOGO DE TRANSIÇÃO + POSSE DE BOLA

Este trabalho eu executo com as minhas turmas Sub-13 e Sub-15. Para que eles tenham compreensão da largura do campo e possam circular a bola com uma certa qualidade, sempre tirando a mesma da pressão do opositor.

Numa disputa de três equipes compostas por sete jogadores cada, mais um goleiro. Uma equipe será atacante, outra defensiva e a terceira formará os curingas (que jogam dando suporte de fora do camo de jogo há equipe que estiver de posse da bola).

Objetivos: circulação da bola, jogo apoiado, posicionamentos ofensivos e defensivos e as transições;

Dimensões: metade do campo de futebol ou campo de futebol 7;

Duração: 5 minutos (inverte-se as obrigações);

Materiais: coletes, discos e bolas;

Adaptação Biológica: Resistência Específica.


A finalidade de quem estiver atacando é fazer o gol na baliza defendida pelo goleiro com o auxílio dos coringas, explorando a largura do campo sem pressa. De quem estiver defendendo, é ocupar o espaço central do campo de forma racional e evitar a progressão da bola no setor e quando estiver com a posse de bola circula-lá (não na frente da área) com o apoio dos curingas e deixar passar o tempo. Os curingas devem devolver a bola para a equipe que lhe passou a bola.

Observem que a disposição tática orientada é um 4.3 (pois estou trabalhando para a implantação de 1.4.3.1.2). Sempre será cobrada está disposição de 4.3 de quem está defendendo, com um dos zagueiros sempre na sobra. Para quem estiver atacando é pedido atenção na exploração dos espaços na largura do campo, principalmente dos laterais.