Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

sexta-feira, 8 de julho de 2011

CONCENTRAÇÃO DE EQUIPES DE FUTEBOL


Após ler esta semana o post do zagueiro Paulo André (Corinthians) em seu blog http://pauloandre-13.blogspot.com/2011/06/vida-na-concentracao.html, me rendeu algumas indagações quanto a esta prática comum entre equipes brasileira.
  • Que resultados positivos esta prática tão difundida em clubes nacionais já oportunizou?
  • Será que os jogadores "PROFISSIONAIS" não tiveram ao longo da sua formação uma conscientização de que, o futebol profissional exige muito do rendimento dos atletas e que esse rendimento só existirá com descanso, alimentação e cuidados especiais fora do ambiente de trabalho (treinamento invisível)? 
  •  Ou, falta humanização no Futebol?
Parafraseando Feijó (2008) in Miranda & Bara Filho (2008), será possível formar um atleta vencedor paralelamente à formação de um ser humano perdedor? A história pessoal de Garrincha diz que sim. Ela ilustra o número, infelizmente grande, de atletas de ponta que se sobressaíram internacionalmente durante curtos anos de vitórias e, ao terminar sua carreira, caíram no ostracismo, no vício e na pobreza.

Quem trabalha com o esporte futebol, tem que ter em mente, que trabalha com um ser humano que, possui sentimentos e também aspirações, não é uma máquina programada para correr, saltar, lançar e estar 100% todos os dias. Sabendo disso, temos que ter a preocupação de trabalhar mais o lado humano dos atletas, não só nos preocuparmos com as capacidades motoras. Precisamos nos concentrar mais na humanidade, mostrar que o esporte transforma o ser humano como um todo, isso inclui os sentimentos, harmonia, superação. (E se ficar isolado [quer dizer concentrado] todos esses dias como relata Paulo André, fatalmente muitos Garrinchas [na vida pessoal] surgiram).  Pois, quando tiver uma folga vai extrapolar geral.

Poucas pessoas tem o discernimento que os PROFISSIONAIS DO FUTEBOL são entretenimento para a maioria da populção. Estes, trabalham duro durante a semana, para no final de semana servir de entretenimento para o público que também trabalhou duro durante a semana e no final de semana vai realizar o lazer de assistir aos jogos de futebol. Mas, algumas dessas pessoas, se esquecem que aqueles que estão em campo também são seres humanos, que as vezes ficam longe dos familiares por meses (principlamente os meninos das categorias de formação e algumas jovens promessas que ainda não tem condição financeira de trazer a família para mais próximos deles) e ficaram concentrados/alheios a uma certa educação compatível com a sua faixa etária, mais centrados única e exclusivamente a aprendizagens sobre o esporte futebol em si.

O esporte futebol não pode ser desvinculado da educação. Por que só através da educação conseguiremos que os jogadores de futebol façam como as pessoas comuns que, não precisam dormir no local de trabalho para estar lá no dia seguinte para honrar com os seus compromissos trabalhistas em ótimas condições.

Referência

MIRANDA, Renato & BARA FILHO, Maurício. Construindo um Atleta Vencedor: uma abordagem psicofíca do esporte. Porto Alegre: Artmed, 2008.





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