Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

sexta-feira, 18 de março de 2011

FUTEBOL: aspectos neurobiológicos


Todos nós sabemos que, quando tratamos de aprendizado este aprendizado ocorrerá no cérebro! Isto tem me chamado a atenção. Pois quando o assunto é o Futebol, parece que esta regra não entra nas discussões. Só ouço falarem em parte física, técnica e tática (esta última, mais no acaso, do que com propriedade). Pois bem, cadê o aprendizado referente ao cérebro!

Desta forma, seria conveniente estudarmos mais sobre dois assuntos (ou desafios) que são:
  • "Aprender a Aprender" e;
  • "Aprender a Ensinar".
Aprender é tecer possibilidades de transformação de si e do mundo ao redor, estabelecer prioridades e encontrar soluções para as mais diversas questões do treinamento moderno sobre o Futebol.

E o ensinar? Será que estão ensinando o Futebol certo?



Durante alguns anos pensou-se que o cérebro era estruturado por várias áreas que atuavam isoladamente nas diferentes funções cerebrais. No entanto, com o desenvolvimento do conhecimento e das técnicas de investigação verificou-se que este argumento da frenologia não era válido.

Por isso, António Damásio (1994) apud Gomes (2006) refere que "podemos agora dizer com segurança que não existem 'centros' individuais para a visão, para a linguagem ou ainda para a razão ou comportamento social" e afirma que, "o que na realidade existe são 'sistemas' formados por várias unidades cerebrais interligadas". Assim, reconhece que as várias regiões mantém uma relação  íntima e constante nos processos de raciocínio e de tomada de decisão.

O aprendizado referente ao cérebro significa que, o fluxo de informação provenientes dos sentidos e a interação dinâmica e constante com o meio determinarão, a seguir, como o cérebro irá se desenvolver, isto é, que sinapses iremos formar, para o que vamos aprender e que talentos desenvolveremos.

Nessa linha, quero dizer que além das três componentes mais famosas que já foram citadas (física, técnica e tática) [está ordem é para muitos a ideal, para mim a tática vem em primeiro lugar, depois a técnica e por último a física] temos que ter um modelo de ensino (metodologia) para a compreensão do jogo. Por que, eu acredito, que o que eu conheço (entendo para que serve) fica mais fácil aprender. E nesse aprender, estará o colocar em prática durante as partidas. Assim desta forma, poderemos promover jogadores com mais identificação com aquilo que estão fazendo e terão mais prazer na sua execução.

E a Abordagem Sistêmica se bem conduzida pode oportunizar isso.

Referência

GOMES, Marisa Silva. Do Pé como Técnica ao Pensamento Técnico dos Pés dentro da Caixa Preta da Periodização Táctica - Um Estudo de Caso. Monografia de Licenciatura realizada no âmbito da disciplina de Seminário, Opção de Futebol. Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Porto, 2006.

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