Todos nós sabemos que, quando tratamos de aprendizado este aprendizado ocorrerá no cérebro! Isto tem me chamado a atenção. Pois quando o assunto é o Futebol, parece que esta regra não entra nas discussões. Só ouço falarem em parte física, técnica e tática (esta última, mais no acaso, do que com propriedade). Pois bem, cadê o aprendizado referente ao cérebro!
Desta forma, seria conveniente estudarmos mais sobre dois assuntos (ou desafios) que são:
- "Aprender a Aprender" e;
- "Aprender a Ensinar".
Aprender é tecer possibilidades de transformação de si e do mundo ao redor, estabelecer prioridades e encontrar soluções para as mais diversas questões do treinamento moderno sobre o Futebol.
E o ensinar? Será que estão ensinando o Futebol certo?
Durante alguns anos pensou-se que o cérebro era estruturado por várias áreas que atuavam isoladamente nas diferentes funções cerebrais. No entanto, com o desenvolvimento do conhecimento e das técnicas de investigação verificou-se que este argumento da frenologia não era válido.
Por isso, António Damásio (1994) apud Gomes (2006) refere que "podemos agora dizer com segurança que não existem 'centros' individuais para a visão, para a linguagem ou ainda para a razão ou comportamento social" e afirma que, "o que na realidade existe são 'sistemas' formados por várias unidades cerebrais interligadas". Assim, reconhece que as várias regiões mantém uma relação íntima e constante nos processos de raciocínio e de tomada de decisão.
O aprendizado referente ao cérebro significa que, o fluxo de informação provenientes dos sentidos e a interação dinâmica e constante com o meio determinarão, a seguir, como o cérebro irá se desenvolver, isto é, que sinapses iremos formar, para o que vamos aprender e que talentos desenvolveremos.
Nessa linha, quero dizer que além das três componentes mais famosas que já foram citadas (física, técnica e tática) [está ordem é para muitos a ideal, para mim a tática vem em primeiro lugar, depois a técnica e por último a física] temos que ter um modelo de ensino (metodologia) para a compreensão do jogo. Por que, eu acredito, que o que eu conheço (entendo para que serve) fica mais fácil aprender. E nesse aprender, estará o colocar em prática durante as partidas. Assim desta forma, poderemos promover jogadores com mais identificação com aquilo que estão fazendo e terão mais prazer na sua execução.
E a Abordagem Sistêmica se bem conduzida pode oportunizar isso.
Referência
GOMES, Marisa Silva. Do Pé como Técnica ao Pensamento Técnico dos Pés dentro da Caixa Preta da Periodização Táctica - Um Estudo de Caso. Monografia de Licenciatura realizada no âmbito da disciplina de Seminário, Opção de Futebol. Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Porto, 2006.
Referência
GOMES, Marisa Silva. Do Pé como Técnica ao Pensamento Técnico dos Pés dentro da Caixa Preta da Periodização Táctica - Um Estudo de Caso. Monografia de Licenciatura realizada no âmbito da disciplina de Seminário, Opção de Futebol. Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Porto, 2006.
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