Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

domingo, 28 de março de 2010

JOGO DE TRANSIÇÃO + POSSE DE BOLA

Este trabalho eu executo com as minhas turmas Sub-13 e Sub-15. Para que eles tenham compreensão da largura do campo e possam circular a bola com uma certa qualidade, sempre tirando a mesma da pressão do opositor.

Numa disputa de três equipes compostas por sete jogadores cada, mais um goleiro. Uma equipe será atacante, outra defensiva e a terceira formará os curingas (que jogam dando suporte de fora do camo de jogo há equipe que estiver de posse da bola).

Objetivos: circulação da bola, jogo apoiado, posicionamentos ofensivos e defensivos e as transições;

Dimensões: metade do campo de futebol ou campo de futebol 7;

Duração: 5 minutos (inverte-se as obrigações);

Materiais: coletes, discos e bolas;

Adaptação Biológica: Resistência Específica.


A finalidade de quem estiver atacando é fazer o gol na baliza defendida pelo goleiro com o auxílio dos coringas, explorando a largura do campo sem pressa. De quem estiver defendendo, é ocupar o espaço central do campo de forma racional e evitar a progressão da bola no setor e quando estiver com a posse de bola circula-lá (não na frente da área) com o apoio dos curingas e deixar passar o tempo. Os curingas devem devolver a bola para a equipe que lhe passou a bola.

Observem que a disposição tática orientada é um 4.3 (pois estou trabalhando para a implantação de 1.4.3.1.2). Sempre será cobrada está disposição de 4.3 de quem está defendendo, com um dos zagueiros sempre na sobra. Para quem estiver atacando é pedido atenção na exploração dos espaços na largura do campo, principalmente dos laterais.

segunda-feira, 22 de março de 2010

TÉCNICA: O SEU DESENVOLVIMENTO


O desenvolvimento da técnica e das suas habilidades está caracterizado pela interação da aprendizagem motora com os componentes físicos e os gestos específicos.

As técnicas envolvem, em combinação com as regras do jogo, um conjunto de práticas motoras específicas que vão desde os fundamentos básicos de controle da bola aos movimentos complexos de tomada de decisão (estes os mais importantes), de controle e execução, sempre com a finalidade de atingir o melhor rendimento (CARRAVETTA, 2001, p. 93).
A solução de tarefas de jogo, a eficiência, a economia e a precisão nos movimentos específicos implicam um elevado domínio da capacidade de percepção visual periférica, provocada efetivamente pelo treinamento da automatização do controle das habilidades técnicas no futebol. A melhoria das habilidades técnicas é resultado de movimentos repetidos e executados de forma variada e consciente: assim se aperfeiçoa a coordenação entre o sistema nervoso central (SNC) e o sistema muscular.A técnica inclui os elementos que deverão ser treinados durante toda a vida atlética do jogador de futebol, de acordo com os princípios da sistematização, repetição e adaptação. É indispensável salientar a importância de o futebolista, de acordo com os princípios da sistematização, repetição e adaptação (entenda-se aqui, situações que ocorrerão durante os jogos). É muito importante que o futebolista domine um grande repertório de elementos técnicos nesta fase do seu aprendizado, para que posteriormente ele obtenha subsídios suficientes para solucionar os problemas (da melhor maneira possível) que surgirão durante as partidas. (CARRAVETTA, 2001, p. 93)

Referência

CARRAVETA, Elio. O Jogador de Futebol: técnicas, treinamento e rendimento. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2001.

quarta-feira, 17 de março de 2010

PROGRAMA PARA AS INSTRUÇÕES DAS CAPACIDADES COORDENATIVAS



PEQUENOS JOGOS - JOGOS ESPORTIVOS

Segundo Weineck, 2003 p. 528.

Os diversos tipos de jogos são úteis em diferentes proporções para o treinamento das capacidades coordenativas, pois neles há variações abruptas, rápidas e constantes das situações.

Os pequenos jogos são muito importantes no treinamento das capacidades coordenativas de vido ao fato de preservar a complexidade da situação vigente em competições e a possibilitar a correção de falhas da coordenação. Além disso, pequenos jogos estimulam o desenvolvimento da coordenação e são especilamente adequados para o treinamento de crianças e adolescentes.

Os grandes jogos prestam-se para o treinamento de movimentos concatenados. Paralelamente ao treinamento das combinações dos movimentos coordenados entre si, estes jogos permitem o treinamento destes movimentos sob condições ou dificultadas (adversários, exercícios com tempo pré-determinado, restrição de área disponível para a execução de movimentos).

Se usarmos essa metodologia nas sessões de treinamento, já orientando os jogadores para adotarem uma disposição tática (sem muitas exigências) para que eles ocupem os espaços racionalmente, teremos uma equipe bem estruturada e organizada para a realização de ações positivas durante os jogos.



  

quinta-feira, 11 de março de 2010

MOVIMENTAÇÕES DEFENSIVAS: aprendizagem ao caso


As movimentações defensivas individuais ou coletivas, comumente chamadas de marcações, consistem em um dos princípios mais exigidos dos jogadores em uma equipe de futebol durante as partidas. Mas tenho observado que, diferente de como ensinamos o passe e o chute, e cobramos dos atletas um bom rendimento nesses princípios durante as partidas, talvez por, termos dedicado maior tempo em nosso microciclo semanal com exercícios que priorizam esses princípios, os movimentos defensivos, em muitos casos, são deixados ao acaso no processo ensino-aprendizagem-treinamento da técnica individual.


Desta forma proponho, que os movimentos defensivos, sejam eles, individuais ou coletivas, sejam exercitados nas sessões de treinamentos.

O primeiro passo é o ensino dos movimentos defensivos individuais, exercitando o passe, o chute, o drible, mas sempre com a marcação (oposição). Pois, sempre observo que estes trabalhos são realizados com a bola e sem oposição, o que quase nunca ocorerrá numa partida de futebol (especificidade no treinamento), assim, o processo de ensino da técnica da marcação é muito pouco exercitada.

O segundo passo, é o processo de ensino de movimentos defensivos coletivos, onde trabalhamos com a equipe diversas formas de defesa, sempre em função das situações que a partida nos impõem.

Se conseguirmos colocar esse trabalho da técnica em prática, estaremos contribuindo para uma formação completa de um futuro profissional valorizado no mercado esportivo.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O SURGIMENTO DE NOVAS PERSPECTIVAS METODOLÓGICAS DE TREINAMENTO

Estamos no século XXI, mas muitas pessoas ligadas ou não ao futebol insistem em dizer que o futebol não tem mais no que evoluir. Mas eu discordo! Temos que evoluir mais em nossos treinamentos, principalmente nas categorias de iniciação e formação dos clubes brasileiros. Eu tenho convicção de que em muitas regiões do Brasil, ainda existem treinamentos pautados em linhas condutivistas, aquelas baseadas  na simples padronização de comportamentos, na formação de estereótipos e reprodução de métodos.

Precisamos buscar alternativas metodológicas de maior eficácia, como por exemplo, as linhas de treinamento cognitivo-ecológicas. Que tem na sua concepção, mecanismos de integração dos atributos técnicos, táticos, físicos, relacionais, psicológicos e socioculturais. É um modelo distinguido pela prática dos acontecimentos dos jogos semiestruturados, de modo a abranger comportamentos individuais e coletivos. Na rotina do treinamento, são estimuladas as simulações do jogo, as fintas, os dribles, a tomada de decisões, o improviso e os recursos conscientes.

Este modelo, tal como se propõe, promove as relações entre aprendizagem e controle motor, as expressões técnicas que intregam a estrutura específica do jogo e as situações de oposição e cooperação. O treinamento de pequenos jogos, em espaço reduzido (com ou sem a presença do elemento tático), possibilita o aprendizado das ações específicas do jogo sob a pressão permanente do opositor. Na organização prática dos exercícios, estão presentes a variabilidade das ações, o treinamento visual e os processos de tomada de decisões.

A compreensão do jogo, a eficácia do rendimento competitivo, a melhoria da percepção, o discernimento da utilidade e o estreitamento das relações dos jogadores de futebol com o ambiente, tudo isso está contemplado nesta dimensão cognitivo-ecológica.