Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

MODELO DE JOGO/IDIOMA DE FUTEBOL




 

Chegamos ao final de mais um ano e uma notícia me chamou atenção neste mês de dezembro, o treinador Muricy Ramalho assumi o Clube de Regatas do Flamengo e justifica a escolha, por poder unificar as categorias de formação com a equipe principal.

Isso que o treinador pretende executar no  clube carioca é o  que vem sendo feito no FC Barcelona a mais de 35 anos. Local onde o treinador recentemente realizou um estágio. 

Esse processo deve ser baseado no modelo sistêmico e esse modelo é uma pirâmide invertida. Primeiro poucos conteúdos (estímulos físicos e táticos) já que o indivíduo está potencialmente menos capacitado, e a partir do que vai conseguindo elaborar processos cada vez de mais alto nível de interação vai aumentando a sua capacidade no processo de aprendizagem desse Modelo de Jogo/Idioma de futebol  do clube do qual faz parte.
Desta forma, conforme os futebolistas começam no processo de formação recebem estímulos táticos (Princípios e Sub-Princípios) referentes ao Modelo de Jogo do Clube e também estímulos físicos (Períodos Sensíveis) correspondentes a sua categoria e faixa etária (maturação) para que todos falem o mesmo idioma de futebol. Este processo vai avançando em multi-níveis, que representam níveis estáveis que asseguram a consistência das interações entre os conteúdos que cada categoria deve se apropriar para almejar a excelência. Partindo da inexperiência à experiência.

Essa unificação deve ser bem compreendida pelos atores do processo (treinadores de cada categoria) pois, serão eles os responsáveis por aplicarem os conceitos de jogo e realizarem as devidas modificações para serem coerentes nas avaliações do processo, sendo mediadores desse nível de jogo potencial  de cada um, conforme Vygotsky propos com a sua teoria da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). 

Destarte, outra situação que não pode passar despercebida é a dependência sensível das condições iniciais (Efeito Borboleta), pois, os sistemas não-lineares não podem, em geral, ser solucionáveis e não podem ser somados uns aos outros. Isso posto, não se consegue mensurar quais os resultados das infinitas interações, mas percebe-se os padrões que se estabelecem. E, o resultado final será muito sensível as condições iniciais, pois, qualquer diferença por menor que seja, em valores de variáveis de suas equações podem produzir evoluções diferentes à medida que o processo se desenvolve.    

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O IMPORTANTE É O SER HUMANO QUE PRATICA O FUTEBOL


O Treinamento Estruturado tem como cerne as teoria que tratam os mais recentes conhecimentos sobre o que é o ser humano e as funções dos seres vivos, teorias dos sistemas e as teorias ecológicas. 

Destarte, sua finalidade é a auto-modelação do futebolista, quer dizer, centrar-se no próprio indivíduo, que tem que treinar seus próprios recursos e otimizar as potencialidades que possuem.

Por exemplo, observamos que muitos de nós (eu me incluo nisto) pensamos que o modelo de jogo e o modelo de treino que desenvolve o treinador é uma justificativa para dizer que "o treinador tem um bom modelo de jogo, uma determinada forma de treinar ...", e na verdade isto não é bem assim, estamos nos preocupando muito em que o treinador evolua (eles estão evoluindo, procurando se aperfeiçoar), mas a questão central não é essa, quem tem que evoluir é o jogador, não o treinador (SEIRUL-LO, 2002).

O treinador graças ao seu conhecimento de causa ajuda o jogador a evoluir. Através desse intercâmbio que acontece no treinamento, que serve para fazer progredir tanto o treinador como o jogador, mais principalmente o jogador, desta forma o treinador deve buscar: a constante aquisição de novos conhecimentos do jogador sobre o jogo, o treinamento e sobre ele mesmo. O treinador tem isso bem claro na sua ideia de jogo, mas não pode realizar. Por isso, o jogador é quem tem que conhecê-lo para realiza-lo (SEIRUL-LO, 2002). 

Desta forma, os exercícios da teoria convencional não nos servem, pois se desenvolvem de forma analítica e sequencial no progresso de treinamento. O que temos que fazer é construir exercícios (jogos fractais) novos, diferentes que proporcionem essa interação dinâmica e sejam consistentes, já que os exercícios analíticos fundamentados em outras teorias não conseguem.

Por isso, o importante é o  ser humano que pratica o futebol, porque é partir dele que construímos esses sistemas, a partir de uma determinada situação de jogo, necessita realizar uma tarefa motriz em um determinado lugar do espaço e durante um determinado tempo. E nesta atividade motriz espaço-temporal se relaciona ou estabelece interações com objetos (bola), com os companheiros e os oponentes.  

                                  Fig. 1: Treinamento Estruturado
                                        Fonte: Seirul-lo, 2002. 

Destarte, o ser humano é assim interpretado, pois, uma das propriedades sobressalentes dos seres vivos é construir estruturas multiníveis de sistemas dentro de sistemas. 

Por fim, o ser humano sendo  entendido desse modo, podemos construir novos elementos e situações de treinamento que produzam interações entre as estruturas multiníveis dos distintos sistemas que constituem o ser humano. O Treinamento Estruturado desencadeia portanto uma necessidade de treinamento não hierarquizado, só priorizado, outro conceito que devemos levar em conta. O treinamento priorizado supõe que, uma determinada situação de treinamento têm que acontecer com todos os elementos da estruturas implicadas (Estrutura Condicional; Estrutura Coordenativa; Estrutura Sócio-Afetiva; Estrutura Emotivo-Volitiva; Estrutura Criativo-Expressiva; Estrutura Mental-Cognitiva) e priorizar um elemento que permita atenção especial (uma  prioridade) dentro daquelas determinadas situações. Isto que provoca a concepção do ser humano ser o mais importante nesta metodologia (SEIRUL-LO, 2002).   

Referência

SEIRUL-LO, F. V. La preparación física en deportes de equipo: Entrenamiento Estructurado. Valência Junio de 2002.  Jornada sobre Rendimiento Deportivo

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

TREINAMENTO ESTRUTURADO O TREINAMENTO PARA O SÉCULO XXI


Estamos chegando ao final de mais um ano de estudos e situações práticas no futebol. Não é novidade que, os esportes coletivos em muitos casos, se apoiam e utilizam metodologias de trabalho oriundas dos esportes individuais, atletismo por exemplo. Apesar de ser muito apregoado por inúmeros profissionais do futebol que isso é um equivoco. Mas, quando observamos trabalhos de aquecimentos antes das partidas e treinamentos de muitas equipes pelo país a fora não consigo dissociar este método do individual para o coletivo.

Segundo Maturana e Varela (1995), quando nos referimos a aprendizagem "não nascemos nem amando e nem odiando ninguém em particular." E isso, pode ser transferido para as metodologias de treinamento em futebol.

Hipoteticamente vamos nos ater aos trabalhos destinados para desenvolver velocidade. Como se treina a velocidade no atletismo? Saída baixa, alta, de costas, etc; sempre com um estímulo sonoro (palma, silvo) percorrendo determinada distância; logo realizando a técnica específica da prova de 100 metros livre.  E como se treina velocidade no futebol? Realmente o  que estamos treinando são elementos coordenativos específicos do atletismo. Destarte, saída parado após um estímulo sonoro (palma e/ou silvo), para percorrer determinada distância em linha reta ou com mudanças de direção. Mas, quando transferimos essa situação para a realidade do jogo, em nenhum momento um jogador que sai em contra-ataque no futebol espera que seu treinador dê uma palma ou lhe diga "aos seus lugares, pronto ... já" para iniciar o contra-ataque. Ao contrário, o jogador deve, analisar a situação, perceber o que acontece, onde está bola, os adversários, relacionar com o que o treinador propôs para aquela situação nos treinamento, quer dizer, levar em conta um grande número de variáveis.

Por pensar dessa forma, o treinador Francisco Seirul-lo Vargas (preparador físico do FC Barcelona) juntamente com um grupo de professores do INEF de Barcelona, desenvolveu e aplicou na prática o Treinamento Estruturado. O início ocorreu no Handebol do clube catalão, posteriormente foi implantado nas canteras do FC Barcelona para posteriormente chegar a equipe principal. O método consiste em pequenos ciclos de treinamento, de três a cinco dias, dedicados ao trabalho de alguma capacidade física: força de resistência, força elástica, força explosiva, dependendo da necessidade do jogador e do momento da temporada. Sempre utilizando a bola, o treinamento simula as condições técnico-táticas da próxima partida. Sempre em consonância com os princípios de jogo do treinador.

Temos que lembrar o seguinte, a aprendizagem não acontece pela repetição das mesmas situações mas por sequências de situações que provoquem o desenvolvimento dos processos de interação entre os sistemas. E se,  o jogo é tratado como um sistema dinâmico aberto, precisamos trata-lo como tal.

 
Figura 1. Representação esquemática das condicionantes do processo de tomada de decisão do esportista devido a sua interação com o entorno.
                                        
                                                            Fonte: Adaptado de Araújo, 2005. 

Destarte, o Treinamento Estruturado nos mostra que, ao contrário do que muitos pensam, o treinamento não pode ser controlado, ele não evolui desde uma comparação com modelos externos ao sujeito (jogador), mas que temos que evoluir no próprio nível de uma auto-organização (autopoiese), temos que ver como cada um vai se construindo, através de como o jogador é  capaz de interpretar suas atuações em qualquer episódio da prática desportiva do futebol e desde qualquer perspectiva do esporte que pratica (SEIRUL-LO, 2002). 

Se isto for compreendido, o problema do desnível maturacional nas categorias de base pode ser melhor equacionado.

Referências

ARAÚJO, D. O Contexto da decisão, a acção táctica no desporto. Editorial visão e contextos, 2005.

MATURANA, H. e VARELA, F. G. A árvore do conhecimento. As bases biológicas do conhecimento humano. Editorial Psy II: Campinas,  SP, 1995. 

SEIRUL-LO, F. V. La preparación física en deportes de equipo: Entrenamiento Estructurado. Valência Junio de 2002.  Jornada sobre Rendimiento Deportivo.

 

domingo, 22 de novembro de 2015

FORMAÇÃO E O MODELO DE JOGO DO CLUBE


Hoje no cenário futebolístico nacional percebo que uma palavra está na moda, Modelo de Jogo. Mas, o que vem a ser isto?
 "O Modelo de Jogo é o que acontece como padronização durante o jogar regular de uma equipe e o identifica, sendo sempre possível uma evolução qualitativa."
                                                                                       Vítor Frade, 2013

Isto significa dizer que, dentro de um planejamento adotado os treinamentos serão montados de tal forma que todos os jogadores da equipe irão se comportar dentro de uma mesma ótica, ou seja, com o intuito de cumprir um objetivo comum nos diferentes momentos do jogo (Organização Ofensiva - Transição Defensiva - Organização Defensiva - Transição Ofensiva). Desta forma, o Modelo  de Jogo nada mais é do que a definição de quais são esses objetivos, ou melhor, qual é a conduta esperada pela equipe nos diferentes momentos de modo que, todos os treinamentos estarão voltados para o alcance desses objetivos (TAMARIT, 2007).

Fica claro que o Modelo de Jogo não é algo natural, mas, que é algo que se constrói. Por ser algo que se constrói, eu penso que cada clube deveria construir o seu Modelo de Jogo para ser colocado em prática nas suas categorias de formação e desta forma conseguir chegar até a equipe principal. Para que no  momento oportuno os jogadores oriundos das categorias de formação possam jogar na equipe principal sem precisar se acostumar com a Ideia de Jogo do Treinador. O ideal seria que, o clube conhecesse a ideia de jogo do treinador para poder contrata-lo.

Para o clube criar o seu Modelo de Jogo é preciso definir: Como Atacar? Ser dominador da bola e dominador do espaço; Como Defender? Com as linhas muito próximas; Como Transitar entre esses dois momentos? Pressão sobre o homem da bola em todas as partes do campo, domínio e passe, resistência para correr o jogo todo. Com isso, as categorias de formação já começam a ter uma identidade com o Modelo de Jogo que o clube pretende implantar e assim, facilita a promoção dos jogadores pelas categorias e também a incorporação de novos integrantes para as mesmas. E essa padronização vai acontecendo em níveis: Principiante (13 à 14 anos); Intermediário (15 à 16 anos) e Avançado (17 à 20 anos).

Destarte, para que isso seja concretizado o clube deve ter uma metodologia de trabalho unificada e baseada na abordagem sistêmica para que os jogadores cresçam e se desenvolvam com autonomia e liberdade, pois quem joga e exprime a Ideia de Jogo do treinador são os jogadores. Pois o Modelo de Jogo é tudo, é a Ideia de Jogo do treinador mais o contexto que o circunda.

Referência

TAMARIT, Xavier.  ¿Qué es la “Periodización Táctica"? Vivenciar el “juego” para condicionar el juego. Espanha: MCSports, 2007.


  


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

PRINCÍPIO HOLOGRAMÁTICO E O MODELO DE JOGO


"... é necessário perceber-se e saber lidar com a noção de "MicroMacro" e com o Princípio Hologramático. E isso passa por reconhecer que ao se exponenciar as partes sem perda de relação com o todo,  este último poderá aceder a níveis de complexidade continuadamente crescentes, claro  está, se a fractalidade for devidamente entendida e como  tal não nos levar à fatalidade."
                                                                                                 Jorge Maciel

Muitos têm preconizado que os clubes de futebol devem ter e/ou perspectivar um Modelo de Jogo para as suas equipes. Mas, poucos comentam sobre o princípio hologramático.

Para que possamos entender a importância do princípio hologramático para o Modelo de Jogo, precisamos definir este princípio. Diferentemente das imagens comuns fotográficas e de filmes, o holograma é projetado no  espaço e reconstitui-se, com extraordinária fidelidade. Como diz Pinson apud Morin (2012), cada ponto do objeto hologramado é memorizado pelo holograma inteiro, e cada ponto do holograma contém a presença da totalidade, ou quase, do objeto. Neste caso, o Modelo de Jogo Perspectivado. Assim, a redução dos jogos sem perda de complexidade (reduzir sem empobrecer) determina não jogos mutilados (sem objetivos e/ou jogos reduzidos), mas jogos fractais completos, com um tipo de organização em que, o todo está na parte que está no todo, e a parte poderia estar mais ou menos apta a regenerar o todo. 

A organização complexa do todo (Modelo de Jogo Perspectivado) necessita da inscrição (Jogos Fractais) que seria a forma de gravar e/ou criar hábitos nos comportamentos dos jogadores referente ao todo (Modelo de Jogo Perspectivado) em cada uma das partes (Momentos do Jogo) contudo singulares; destarte, a complexidade organizacional do todo necessita da complexidade das partes, a qual necessita retroativamente da complexidade organizacional do todo. Cada parte tem a sua singularidade, mas nem por isso representa puros elementos fragmentados do todo.

No universo vivo, o princípio hologramático é o princípio essencial das organizações policelulares, já no Modelo de Jogo Perspectivado, o princípio hologramático é o responsável pelas interações que ocorrem entre as regras - jogadores - entorno - esquemas motrizes nos jogos fractais. Todos se influenciando e interagindo no ambiente caótico de um sistema dinâmico complexo de causalidade não-linear que se joga na fronteira do caos e da ordem.  

Boa semana e bons treinos a todos!

Referência

MORIN, Edgar. O Método 3: o conhecimento do conhecimento. 4 ed. Porto Alegre: Sulina, 2012. 



 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

DUELO ENTRE OS DOMINADORES DA BOLA E OS DOMINADORES DO ESPAÇO

"O defender bem não pode estar separado do fazer bem a transição ataque-defesa, a qual, por sua vez, tem muito haver com o atacar bem."
José Mourinho
 
Muito se ouve falar atualmente em compactação e equipes que jogam com as suas linhas muito próximas. Mas, qual a importância desse conceito tático para uma equipe?

Com essa aproximação das suas linhas (defesa - meio - ataque) a equipe que está defendendo e/ou atacando dificulta as ações ofensivas/defensivas da equipe contrária.

Muitas pessoas ligadas ao futebol e adoradoras do futebol de posse de bola, pensam que a posse de bola é um fim em si mesmo. Eu prefiro trata-la como uma ferramenta, um instrumento. Pois se a minha equipe trabalhar a posse de bola sem a progressão no terreno, não teremos efetividade ofensiva, pois a equipe contrária realizará a recomposição e se tornará compacta impedindo e dificultando o nosso ataque. O importante não é ter a bola, nem passa-la várias vezes, mas realizar a posse de bola com uma intenção. Muitas vezes, essa intenção tem haver com a sua organização ofensiva (posicionamento) e paralelamente, desorganizar o adversário. Fazer ele correr atrás da bola e se desorganizar defensivamente. No caso de perder a posse da bola, teremos mais jogadores da nossa equipe próximo ao local da perda e consequentemente poucos da equipe contrária, desta forma, podemos impossibilitar uma transição da equipe contrária com efetividade.

Percebe-se a partir dessas colocações que, no futebol há basicamente duas propostas de propor o jogo de futebol: as que se organizam a partir da bola e as que o fazem a partir dos espaços. Para os que querem jogar a base da posse de bola, devem proteger as suas costas e gerenciar o atacante e um dos meias abertos (1-4-2-3-1) principalmente dessa plataforma de jogo que é muito utilizada pelas equipes que se proponham a jogar pelos espaços. Pois a equipe que se propõe a jogar a partir dos espaços, cede a bola a equipe rival e deixará um número reduzido de jogadores entre as linhas (defesa - meio). As equipes eficazes nesta forma de jogar, recuperam a posse da bola e a passam ao jogador situado na lateral do campo, que costuma ter uma boa técnica de passe, para que entregue a bola ao atacante com vantagem mais adiantado no terreno de jogo. Se executam bem estes movimentos, recuperação, passe e assistência, podem gerar uma facilidade no costado da zaga da equipe que  estava em posse da bola e adiantada no campo de jogo.

Quem conseguir o equilíbrio entre essas duas propostas de jogo poderá ter êxito? Aguardo as respostas dos leitores.

Boa semana a todos!  

1º CEFA SOCCER CAMP


Neste final de semana ocorreu o 1º CEFA Soccer Camp nas dependências do Centro Esportivo de Futebol Alternativo (CEFA) na cidade de Cascavel|Paraná|Brasil. Evento que oportunizou uma forma de ver, pensar e executar o treinamento de futebol um pouco diferente do usual em nosso país para crianças e adolescentes e treinadores.

Há convite do Professor/Treinador Claudio Roberto da Silveira, fui à Cascavel não com o intuito de ensinar futebol, mas, oportunizar uma nova situação para algumas pessoas de repensar a maneira como vem tratando o treinamento de futebol em razão dos comportamentos que os jogadores devem assumir no treino, para posteriormente torná-los hábitos durante as partidas.




Foram dois dias de trabalho única e exclusivamente com bola, em forma de jogos fractais para mudanças de comportamentos táticos ofensivos e defensivos bem como nas suas transições. Além da parte prática, tive dois momentos para explicar a prática com teoria, para embasar e justificar o por que de se treinar desta forma e não de uma outra forma.

O que fica após esse evento? Fica uma sensação e satisfação de estar no caminho certo, pois em conversas durante o evento, percebi o interesse dos treinadores e principalmente pelas crianças e adolescentes em fazer todos os jogos fractais. Treinadores que participaram do evento tivemos, além do estado  do Paraná, treinadores dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

 

  

Em suma: "O defender bem não  pode estar separado do fazer bem a transição ataque-defesa, o qual, por sua vez, tem muito haver com o atacar bem." 
                                                                                          José Mourinho.

No futebol pode-se até dizer que não se pode inventar mais nada, mas que, temos continuar nos aperfeiçoando, isso é fato!