Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

sexta-feira, 6 de abril de 2012

JOGO CONCEITUAL PARA UTILIZAÇÃO DOS CORREDORES DO CAMPO

Princípio: Posse e Circulação da bola

Sub-Princípio: Equilíbrio Posicional = Amplitude e Profundidade

Complexidade: 1 (baixa)

Objetivo: Utilizar os corredores do campo (em fase ofensiva)

Tempos: 4 X 7'

Adaptação Biológica: Resistência Específica

Materiais: Bolas, coletes e mini-cones

Descrição

Números de jogadores 16 (8:8)                       Dimensões: 1/2 campo

Jogo conceitual simples 8:8. Existem mini-cones espalhados na área central do campo de jogo.
Os jogadores devem jogar sem derrubar os mini-cones, a equipe que derruba os mini-cones perde a posse da bola.

Percebam que, nos corredores laterais não existem mini-cones, desta forma trabalho a Descoberta Guiada (tema do post anterior) a partir da categoria Sub 8. Nas categorias maiores os trabalhos são mais complexos, mas nunca dando as respostas. Deixo para os jogadores perceberem e tomarem as decisões para vencer o jogo e assimilarem a forma de jogar no Modelo de Jogo. 

Opinem!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

DESCOBERTA GUIADA


O post desta semana será destinado ao Sub-Princípio da Descoberta Guiada. Em resposta ao meu amigo Professor Luís Fernando.

Para elucidar as questões teórica, vou citar o que está escrito no artigo de Casarin e Oliveria (2010):

O processo de transmissão de informação em futebol, tratando-se de um sistema complexo de interacção entre seres racionais com emoções e pensamentos distintos deverá funcionar para além do simples processo de transmissão/assimilação de conteúdos. O processo será tanto mais correcto quanto maior for a interacção entre os intervenientes directos.
Mourinho (2002) descreve o seu processo de treino aquando da passagem por Barcelona afirmando que “jogadores com este nível não aceitam o que lhes e dito apenas pela autoridade de quem o diz. E preciso provar-lhes que estamos certos. A velha história do mister ter sempre razão não é aqui aplicável. (...) O trabalho táctico que promovo não é um trabalho em que de um lado esta o emissor e do outro o receptor. Eu chamo-lhe a descoberta guiada, ou seja, eles descobrem segundo as minhas pistas. Construo situações de treino para os levar por um determinado caminho. Eles começam a sentir isso, falamos, discutimos e chegamos a conclusões. Mas para tal, e preciso que os futebolistas que treinamos tenham opiniões próprias. Muitas vezes parava o treino e perguntava-lhes o que eles sentiam em determinado momento. Respondiam-me, por exemplo, que sentiam o defesa direito muito longe do defesa central. Ok, vamos então aproximar os dois defesas e ver como funciona. E experimentávamos, uma, duas, três vezes, ate lhes voltar a perguntar como se sentiam. Era assim até todos, em conjunto, chegarmos a uma conclusão. É isso que chamo de descoberta guiada”.
 Em resumo, não devemos dizer o que está acontecendo de errado, não devemos pensar pelos jogadores. Devemos oportunizar aos jogadores que eles tenham esse discernimento descobrir através de tomadas de decisão deles mesmos. Evitando que acontecimentos que não condizem com o Modelo de Jogo da equipe aconteçam, tendo que ocorrer erros frequentes e após paradas e feedbacks  do treinador os próprios jogadores entrem num consenso e solucionem o problema sem uma resposta direta do treinador.


Referência

CASARIN, Rodrigo Vicenzi., OLIVEIRA, Raúl. Periodização Táctica: princípios estruturantes e erros metodológicos na sua aplicação no futebol. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010.