Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

quarta-feira, 4 de julho de 2012

MÍSTICA DA CAMISA 10 E A ESTAGNAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO


O Brasil está na rota dos dois maiores eventos do futebol mundial, Copa das Confederações (2013) e Copa do Mundo FIFA (2014). Observando os jogos do Campeonato Brasileiro, Séries A e B, percebo uma estagnação. A maioria dos nossos clubes não tem um projeto quanto a cultura tática das suas equipes. Salvo raras as exceções, em clubes onde o treinador permanece há mais de uma temporada, encontamos uma forma de jogar nos diferentes momentos do jogo definida.

Talvez isso, possa explicar a evolução no futebol de países e clubes estrangeiros, caso da Espanha, por exemplo. Onde existe um projeto a longo prazo da maneira de como jogar.

Essa estagnação dos clubes brasileiros, parece estar vinculada há duas questões:
  •  Há carência em formar camisas 10 como acontecia antigamente (o Botafogo contrata Seedorf, Cruzeiro tem Montillo);
  • Há questões imediatistas. Onde o que importa é vencer o jogo mais próximo.
Lembrando que o Futebol é um Jogo Desportivo Coletivo (JDC) de essência tática, onde duas equipes realizam um jogo de cooperação entre os seus e oposição aos contrários. Percebo uma enorme preocupação dos clubes brasileiros sempre com as capacidades físicas, com contratações de muitos preparadores físicos (que são os graduados) (no II Seminário de Futebol no Grêmio FBPA em agosto de 2011, o Professor João Paulo Medina relatou que no S.C. Corinthians Paulista existem em todas as categorias 11 preparadores físicos) e, a questão tática fica muitas vezes por conta dos "achismos", ou, por questões quantitativas, como número de escanteios, posse de bola (sem saber se essa posse é efetiva), número de chutes a gol (sem saber como esse chute aconteceu).

Pela pequena experiência que possuo no futebol, percebo que aqui no Brasil o clube adota o projeto de cultura tática do treinador forasteiro, mesmo sabendo que, daqui há alguns meses ele entrará na "dança dos técnicos" e vai ao mercado contratar o treinador que estará disponível, sem fazer uma análise de perfil, sem saber qual metodologia este treinador aplica nos seus trabalhos diários. Esse novo treinador chegando ao clube, muda todo o projeto, muitas vezes confundindo a cabeça dos jogadores. E o pior, o clube muitas vezes não sabe qual é a sua meta referente a padrão de jogo ou melhor, cultura tática nos diferentes momentos do jogo e nem como formar aqueles camisas 10 que muito nos enchiam aos olhos aos ver jogar.

E isso reflete no selecionado nacional, que no atual ranking da FIFA encontra-se em 11º lugar, atrás de Croácia e Dinamarca. Esse fenômeno que vem acontecendo há anos será difícil desfazer em apenas dois anos.  

sexta-feira, 22 de junho de 2012

COMO FAZER "CAMPO PEQUENO"?

Seguindo a mesma linha de raciocínio da postagem anterior, continuarei a tratar da Organização Defensiva do S. C. Corinthians (finalista da Copa Libertadores 2012) e melhor defesa da competição.

Segundo Amieiro (2004, p.30), "quando falamos em redução de espaços, temos de ter presente que essa redução deve ser feita tanto à largura do campo (estreitando-o), como em profundidade (encurtando-o).


Como podemos observar na figura acima, a equipe do S. C. Corinthians, consegue ficar compacta como um bloco em um espaço de aproximadamente 30 metros entre a bola e a sua baliza. Desta forma, dificultando a Organização Ofensiva do Santos F. C.  De acordo com López López, 2003 (apud Amieiro, 2004, p. 30) "para se reduzirem espaços em largura, os jogadores (a equipe) devem bascular em função da posição da bola para gerar vantagem numérica nos espaços próximos da mesma e assim favorecer as coberturas, não deixando de manter vigilância sobre os espaços afastados da bola". Observando a figura, percebemos que, as linhas da equipe do S. C. Corinthians forma linhas de força entre a bola e a sua baliza, reduzindo os espaços entre si e provocando uma grande densidade defensiva que dificulta a progressão da bola até a sua baliza.



Outro aspecto importante dessa Organização Defensiva apresentada pelo S. C. Corinthians são as dobras de marcação e os apoios para a Manutenção e Circulação da Bola no momento de Transição Ofensiva. Conforme a figura acima podemos observar o apoio e a formação em losango na basculção defensiva para o lado forte.


Nesta figura observamos a formação de Triângulos Defensivos, que oportunizam uma boa gestão dos espaços principais de jogo. Obrigando desta forma, a equipe do Santos F. C. a trabalhar a bola somente na horizontal. Pois os triângulos colocam sempre um jogador na cobertura daquele que pressiona o portador da bola.


Nesta última figura, podemos visualizar a formação do Losango Defensivo, onde fica explicito as coberturas das linhas de passe (outro fator primordial para gestão do espaço interior).

Frade (2002) apud Amieiro (2004, p. 31) "para que exista esta unidade compacta em bloco, a equipe deve responder a situações que acontecem no jogo, situações essas que todos os jogadores têm que identificar (o que requer treino)".Os autores, acreditam que se tratam de respostas coletivas e sinais (ou indicadores), sinais esses que, quando devidamente identificados, levam a que a equipe atue como um [todo].

Com esses pequenos relatos, podemos ter uma breve noção de quão complexo é o jogo de futebol em seus vários momentos e, a equipe que treinar como o jogo necessita, obterá melhores resultados.

Referência

AMIEIRO, Nuno M. B. Defesa à Zona no Futebol: A (Des)Frankensteinização de um conceito. Uma necessidade face à inteireza inquebrantável que o jogar deve manifestar. Monografia de Licentuara realizada no âmbito da disciplina de Seminário, Opção de Futebol. Licenciatura em Desporto da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, 2004.




sexta-feira, 15 de junho de 2012

O CRAQUE DO S.C. CORINTHIANS: A ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA





Muito se tem comentado sobre a forma de jogar do S.C. Corinthians pela imprensa especializada, por estar demonstrando uma defesa sólida, que só tomou dois gols em toda Libertadores e por estar invicto nessa competição, e, desta forma tem a melhor campanha de todos os tempos da competição. Anteriormente, no ano de 1978 o Boca Juniores era o detentor desse feito.

Dessa forma, vamos tentar entender o que S.C. Corinthians vem fazendo para conseguir esse feito. Assim peço ajuda ao professor Nuno Amieiro (com quem tive o privilégio de conversar no II Seminário de Futebol no Grêmio FBPA no ano passado). Para Garganta (1997 apud Amieiro, 2004, p. 22), "numa partida de futebol, ainda que o quadro do jogo seja organizado e conhecido, o seu conteúdo é sempre surpreendente, imprevisível, incerto e aleatório. [...]". Sabendo que o jogo de FUTEBOL tem essas características, os treinadores tentam na fase defensiva de suas equipes que formem um bloco compacto para não fornecer espaços para a equipe adversária.


Pelo que pude observar nos jogos do S.C. Corinthians, o treinador Tite tem conseguido passar para os seus jogadores o que Frade (2002 apud Amieiro, 2004, p. 24), chama de fazer "campo pequeno". Que significa reduzir os espaços de jogo à equipe adversária e ter os setores muito próximos entre si e conseguir superioridade numérica junto à bola. 

 Mesmo jogando contra o Santos F.C., a equipe corinthiana continuou com a mesma filosofia na organização defensiva em zona, não querendo fazer uma marcação individual no jogador Neymar Jr. Mostrando um conceito bem maduro de Defesa à Zona para os apreciadores do futebol bem jogado e priorizando o que os Esportes Coletivos devem ser, Coletividade!

Isso é de suma importância para a evolução tática do futebol brasileiro, pois o S.C. Corinthians é uma equipe de grande apelo popular, está sempre em foco nas transmissões da TV e nos mostra que no FUTEBOL para se jogar é preciso ter a bola. E se não houver marcação eficiente temos que esperar o adversário errar para ter a posse da bola.  

Sendo assim, para mim o craque do S.C. Corinthians é a Organização Defensiva.

Referência

AMIEIRO, Nuno M. B. Defesa à Zona no Futebol: A (Des)Frankensteinização de um conceito. Uma necessidade face à <> que o jogar deve manifestar. Monografia de Licentuara realizada no âmbito da disciplina de Seminário, Opção de Futebol. Licenciatura em Desporto da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, 2004.

Eu Recomendo



Periodização Tática: O futebol-arte alicerçado em critérios.
Autor: Bruno M. F. Pivetti.
Phorte Editora 2012.
 
Livro referência no Brasil para compreender essa Metodologia de treinamento em FUTEBOL! 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

JOGO CONCEITUAL PARA A PENETRAÇÃO CONVERGENTE

Princípio: Mobilidade Ofensiva

Sub-Princípio: Zonas de Criação de Espaço (Penetração Convergente)

Complexidade: 3 (média alta)

Objetivo: Enfatizar a Penetração Convergente (fazendo o uso do "facão")

Tempos: 4 X 7'

Adaptação Biológica: Mobilidade Específica

Materiais: bolas, coletes e cones

Descrição

Número de jogadores 18 (8:8 + 2 goleiros)     Dimensões: 1/2 campo

Jogo conceitual 8:8. O jogo ocorre dentro do espaço demarcado entre os cones. Posicionar dois atacantes bem abertos (circulados em vermelho na figura) que não participam da posse e circulação da bola, nem da marcação. São esses dois atacantes que, quando acionados por um lançamento entre os cones, vão realizar a penetração convergente para realizar um confronto 1:1 contra o goleiro dentro da área sem auxílio. Após o termíno do tempo trocar os dois atacantes das duas equipes.

 Observação: os atacantes nunca poderão estar na frente dos cones (impedimento).

sexta-feira, 6 de abril de 2012

JOGO CONCEITUAL PARA UTILIZAÇÃO DOS CORREDORES DO CAMPO

Princípio: Posse e Circulação da bola

Sub-Princípio: Equilíbrio Posicional = Amplitude e Profundidade

Complexidade: 1 (baixa)

Objetivo: Utilizar os corredores do campo (em fase ofensiva)

Tempos: 4 X 7'

Adaptação Biológica: Resistência Específica

Materiais: Bolas, coletes e mini-cones

Descrição

Números de jogadores 16 (8:8)                       Dimensões: 1/2 campo

Jogo conceitual simples 8:8. Existem mini-cones espalhados na área central do campo de jogo.
Os jogadores devem jogar sem derrubar os mini-cones, a equipe que derruba os mini-cones perde a posse da bola.

Percebam que, nos corredores laterais não existem mini-cones, desta forma trabalho a Descoberta Guiada (tema do post anterior) a partir da categoria Sub 8. Nas categorias maiores os trabalhos são mais complexos, mas nunca dando as respostas. Deixo para os jogadores perceberem e tomarem as decisões para vencer o jogo e assimilarem a forma de jogar no Modelo de Jogo. 

Opinem!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

DESCOBERTA GUIADA


O post desta semana será destinado ao Sub-Princípio da Descoberta Guiada. Em resposta ao meu amigo Professor Luís Fernando.

Para elucidar as questões teórica, vou citar o que está escrito no artigo de Casarin e Oliveria (2010):

O processo de transmissão de informação em futebol, tratando-se de um sistema complexo de interacção entre seres racionais com emoções e pensamentos distintos deverá funcionar para além do simples processo de transmissão/assimilação de conteúdos. O processo será tanto mais correcto quanto maior for a interacção entre os intervenientes directos.
Mourinho (2002) descreve o seu processo de treino aquando da passagem por Barcelona afirmando que “jogadores com este nível não aceitam o que lhes e dito apenas pela autoridade de quem o diz. E preciso provar-lhes que estamos certos. A velha história do mister ter sempre razão não é aqui aplicável. (...) O trabalho táctico que promovo não é um trabalho em que de um lado esta o emissor e do outro o receptor. Eu chamo-lhe a descoberta guiada, ou seja, eles descobrem segundo as minhas pistas. Construo situações de treino para os levar por um determinado caminho. Eles começam a sentir isso, falamos, discutimos e chegamos a conclusões. Mas para tal, e preciso que os futebolistas que treinamos tenham opiniões próprias. Muitas vezes parava o treino e perguntava-lhes o que eles sentiam em determinado momento. Respondiam-me, por exemplo, que sentiam o defesa direito muito longe do defesa central. Ok, vamos então aproximar os dois defesas e ver como funciona. E experimentávamos, uma, duas, três vezes, ate lhes voltar a perguntar como se sentiam. Era assim até todos, em conjunto, chegarmos a uma conclusão. É isso que chamo de descoberta guiada”.
 Em resumo, não devemos dizer o que está acontecendo de errado, não devemos pensar pelos jogadores. Devemos oportunizar aos jogadores que eles tenham esse discernimento descobrir através de tomadas de decisão deles mesmos. Evitando que acontecimentos que não condizem com o Modelo de Jogo da equipe aconteçam, tendo que ocorrer erros frequentes e após paradas e feedbacks  do treinador os próprios jogadores entrem num consenso e solucionem o problema sem uma resposta direta do treinador.


Referência

CASARIN, Rodrigo Vicenzi., OLIVEIRA, Raúl. Periodização Táctica: princípios estruturantes e erros metodológicos na sua aplicação no futebol. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010.





domingo, 11 de março de 2012

SERÁ POSSÍVEL DINAMIZAR O FUTEBOL



Dinamizar o jogo de futebol poderia ser uma forma de torná-lo mais atraente, diminuir o número de jogadores do elenco, diminuir o número de lesões e amenizar as insatisfações por parte de alguns jogadores que não são tão utilizados durante a temporada que é muito longa.

O terreno, o tempo de jogo, o espaço e o número de jogadores são componentes estruturais que estabelecem conexões com o comportamento motor dos futebolistas e determinam a dinâmica funcional das modalidades de desporto coletivo. O futebol é uma modalidade com características de cooperação e oposição, regulada por 17 regras e disputada entre duas equipes, compostas por 11 jogadores cada. A duração do jogo abrange dois tempos de 45', com intervalo de 15', totalizando 90'. na prática, o tempo de jogo é de, em média, 60' (CARRAVETTA, 2009, p. 17).

Segundo Garganta (2002, p. 4) quanto maior for o espaço de jogo mais elevada terá de ser a capacidade para cobrir, mental e fisicamente. Sabe-se que um campo de futebol é um espaço muito grande, correspondendo aproximadamente à superfície de 10 quadras de handebol, 20 quadras de basquetebol e 50 quadras de voleibol (observar a figura). Num retângulo de jogo com área média de 7.500 m², onde 20 jogadores jogam com os pés, e, apenas dois com as mãos (goleiros), em espaço limitado, e a regra do impedimento disciplinando muitas ações, a riqueza de detalhes táticos só poderia ser infinita (DRUBSCKY, 2003, p. 108). 
Nos primeiros 30' (tempo de jogo: 1/3), as exigências aos esforços são de média intensidade, e podem ser muito bem controladas. Já nos 15' que antecedem o intervalo, as exigências se tornam de elevada intensidade. A pausa de 15' acelera a recuperação, de modo a facilitar a tolerância aos esforços nos primeiros 15' do segundo tempo de jogo (2/3 do tempo de jogo). Nos últimos 30' de partida, as exigências são mais intensas e o desgaste físico é culminante (3/3 do tempo de jogo). Sendo as dimensões do campo de jogo em formato retangular, com no máximo 120 metros e no mínimo 90 metros de comprimento, por uma largura máxima de 90 metros e mínima de 45 metros. Em partidas internacionais, essas medidas mudam para 110/100 metros de comprimento e 75/64 metros de largura. As expressivas variações nas dimensões dos campos de futebol acentuam as diferenças na conduta motora dos futebolistas. Tal fato pressupõe um elevado nível de desenvolvimento da percepção espacial e do controle motor por parte dofutebolista. As oscilações nas dimensões do campo de jogo, combinadas com as mudanças de piso (tipos de grama, densidade do solo, nivelamento do terreno), exigem do jogador um alto nível de atenção, concentração, controle motor e percepção, sobretudo no que se refere aos parâmetros temporais, espaciais, cinestésicos e de força, durante a movimentação em campo (CARRAVETTA, 2009, p. 17-18).  

Outro fator que interfere nas ações das equipes de futebol é a expulsão. Como se sabe, o jogador expulso não pode ser substituído, o que obriga a equipe a jogar em inferioridade numérica: terá de defender em espaços mais amplos e atacar em espaços mais reduzidos. Segundo evidências, o futebol, comparado a outras modalidades de jogos desportivos coletivos, apresenta diferenças que provocam grandes instabilidades nas ações técnico-táticas, individuais e coletivas. Em outras modalidades do desportovcoletivo, os jogadores excluídos ou desqualificados são substituídos, o piso apresenta maior regularidade, as condições climáticas pouco interferem, e os espaços de jogo são semelhantes. No handebol, por exemplo, o espaço ocupado por cada jogador é de 57 m²; no futsal, oscila entre 37,5m² e 92,4 m²; no voleibol, 13,5m²; no basquetebol, a diferença pode ser ainda menor e, variar entre 5,6 m². Agora vejamos o futebol: o terreno de jogo apresenta uma ampla variação, e o espaço ocupado por cada jogador pode oscilar entre 171 m² e 375 m² (CARRAVETTA, 2009, p. 19).

Após levantarmos essas evidências, pergunto: por que no futebol as substituições são limitadas a três jogadores?

Sendo que, os outros jogos desporto coletivos são volantes, o número de jogadores é menor e o terreno de jogo é bem inferior ao do futebol.

Pensemos no ambiente de um clube de futebol que, possui em seu elenco 27 jogadores, desses apenas 18 são relacionados para as partidas (11 + 7) e destes 7, o treinador só pode utilizar 3 durante a partida. Ficando sem jogar o jogador pode minar o ambiente do clube. Ex.: o jogador Breno (zagueiro ex- São Paulo Futebol Clube) esta há 3 anos no Bayer de Münichen e só jogou 15 partidas (em nenhuma jogou os 90') e tempos atrás criou certas confusões, que se estivesse jogando poderiam ser evitadas devido a motivação de fazer parte do time.

Se houvessem mais substituições ou o jogador que saiu pudesse voltar (como nos outros desportos coletivos) o jogo ficaria mais dinâmico, intenso e frequente. Pois segundo Garganta (2002, p. 5) no handebol o jogador consegue fazer um gol a cada 2'; no basquetebol e voleibol consegue-se concretizar pontos a cada minuto. As ações de ataque e êxitos quantificáveis é aproximadamente nestas modalidades é de 2 para 1, enquantono futebol é apenas de 50 para 1. Novos mercados poderiam se abrir para o futebol se houvesse mais gols em suas partidas, pois ninguém gosta de assistir um 0 a 0 após 90'. 

Outro fator importante seria de, aumentar a vida útil dos jogadores e não prejudicar ("queimar") novas promessas (revelações dos clubes) que muitas vezes são lançados nos grupos principais, mas ainda não tem essa maturidade para suportar as pressões que o jogo de futebol profissional exige.

Fica aqui o recado para um possível dinamismo do futebol, mas claro, que isso ficará a cargo da  International Football Association Board (IFAB), que é órgão que rege as regras do futebol.

P.S.: no dia 23 de março estarei defendendo a minha Dissertação de Mestrado: Futebol e as Realidades Econômicas Regionais em Santa Catarina: o futebol profissional explicado pelo Desenvolvimento Econômico de suas regiões.

Referências

CARRAVETTA, Elio. O enigma da Preparação Física no Futebol. Porto Alegre, RS: AGE, 2009

DRUBSCKY, Ricardo. O Universo Tático do Futebol: Escola brasileira. Belo Horizonte: Ed. Health, 2003.

GARGANTA, Júlio. Competências no ensino e treino de jovens futebolistas. Revista Digital http://www.efdeportes.com  Buenos Aires - Ano 8 nº 45 fevereiro de 2002.