Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

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domingo, 10 de fevereiro de 2013

PERIODIZAÇÃO TÁTICA vs MODELO DE CARGAS SELETIVAS

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"...havia a ciência Newtoniana. E, Ludwig von Bertalanffy disse: deixe o sistema todo ser maior do que a soma de suas partes. Norbert Wiener acrescentou: deixe o feedback negativo e positivo fluírem por todo o sistema. Ross Ashby falou: deixe o sistema ter a quantidade de variedade necessária para interagir com seu ambiente. E nasceu a teoria geral de sistemas." (Ward, 2002)

Vítor Frade (1990) reconhece que o futebol é um jogo de dinâmicas cuja invariante estrutural é a Interação. Partindo desta perspectiva, o jogar é uma totalidade que resulta das interações dos jogadores e por isso, não deve ser interpretado como um somatório de acontecimentos aleatórios porque se inscreve num contexto coletivo.
 
Esta lógica faz-nos reconhecer que o determinismo causa-efeito (institucionalizado pelo behaviorismo de Watson) não permite apreender os efeitos das decisões no sistema ou seja, retrata uma realidade distorcida e carenciada das relações e dos efeitos que cada comportamento induz na dinâmica do jogar porque a comunicação visual, a linguagem, a gestualidade corporal, a sugestão, a imitação, as reações de cada momento do jogo tem repercussões contextualizadas (Gomes, 2006).
 
E quando nos referimos a Periodização Tática, não podemos esquecer que esta metodologia de treinamento em futebol, é norteada pelo Modelo de Jogo. E, o Modelo de Jogo em futebol é normalmente mal entendido. Muitos falam dele como sendo, o Sistema ou Esquema de Jogo empregado, ou, distribuição inicial adotada pelos jogadores no terreno de jogo (Tamarit, 2007).
 
Corroboro com Tamarit (2007) que o Modelo de Jogo é muito mais do que isso. O autor cita uma definição de Portolés (2007) para explicar melhor o conceito de Modelo de Jogo:
 
[...] um Modelo de Jogo é algo que identifica uma equipe determinada. Não é só um Sistema de Jogo, não é o posicionamento dos jogadores, mas, é a forma como esses jogadores se relacionam entre si e como expressam sua forma de como veem o futebol.
 
Simplificando, significa dizer que, o Modelo de Jogo é uma visão futura do que pretendemos que a nossa equipe realize de forma regular nos diferentes momentos do jogo (Organização Ofensiva, Transição Defensiva, Organização Defensiva e Transição Ofensiva).

Assim, a natureza do jogo caracteriza-se pela dinâmica das relações de cooperação dos colegas da equipe para transceder os próprios adversários e por isso, os problemas que se colocam às equipes e jogadores são de natureza tática (Frade, 1989 apud Gomes, 2006). Através deste conceito, enaltecemos que a adequabilidade da decisão é fundamental para resolver as dificuldades impostas pelo adversário e por isso, as exigências coletivas e individuais que se colocam são de ordem tático-técnicas, e não, técnico-tático, como sempre escutamos por aí (Gomes, 2006). 
 
Em relação ao Modelo de Cargas de Seletivas, o seu criador Prof.: Dr. Antônio Carlos Gomes (2009), relata que:
Os exercícios técnicos e os táticos devem estar inseridos em todo o processo do treinamento, destinando a maior parte do tempo a essas ações, pois é nelas que ocorreá o aperfeiçoamento ótimo das capacidades competitivas do desportista.
Pecebe-se com esta citação que, o autor tem preocupação de que seu método não seja descontextualizado da especificidade do jogo. Mas, não existe nenhuma referência ao Modelo de Jogo. Só referências específicas sobre as capacidades motoras que o jogador de futebol deve ter para conseguir vencer a maratona de jogos da temporada, não preocupado com a qualidade de JOGO da equipe.  
 
Desta forma, lembro de uma declaração de José Mourinho, que disse algo parecido com isto:
Não consigo avaliar um jogador fora do Modelo de Jogo da equipe. Para mim, não basta o jogador estar bem preparado fisicamente, ele tem que saber o que fazer nos diversos momentos do jogo. Assim estará ajudando a equipe.
 
Sendo assim, quanto mais elaborado seja o Modelo de Jogo e melhor exposto aos seus jogadores, mais claro estes terão o que tem que fazer em cada momento determinado do jogo, e nem por isso converter-se em um mecanismo, pois como temos visto, a Periodização Tática promoverá um "mecanismo não mecânico" (Tamarit, 2007).
 
Referências
 
GOMES, A. C. Treinamento Desportivo: estruturação e periodização. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
 
GOMES, M. S. Do Pé como Técnica ao Pensamento Técnico dos Pés Dentro da Caixa Preta da Periodização Táctica - um estudo de caso - Porto, 2006.
 
TAMARIT, X. Que és la "Periodización Táctica"? Vivenciar el juego para condicionar el Juego. MCSports, 2007. 
 
 

 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

MODELO DE CARGAS SELETIVAS vs PERIODIZAÇÃO TÁTICA

Quatro formas de treinar futebol, 3 descontextualizadas e 1 coerente. Concordam?Quatro formas de treinar futebol, 3 descontextualizadas e 1 coerente. Concordam?Quatro formas de treinar futebol, 3 descontextualizadas e 1 coerente. Concordam?Quatro formas de treinar futebol, 3 descontextualizadas e 1 coerente. Concordam?

 
No Brasil foi criado um modelo de periodização (Prof.: Dr. Antônio Carlos Gomes) para atender o calendário dos desportos coletivos, principalmente, o futebol, que, por apresentar uma grande quantidade de jogos na temporada, dificulta a distribuição das cargas de treinamento no macrociclo. O modelo nasce em virtude de o futebol não apresentar tempo hábil (grande reclamação dos treinadores no início do ano em todos os programas esportivos nacionais) para uma boa preparação dos jogadores antes do início dos estaduais (GOMES, 2009).
Como os jogos desportos coletivos de invasão (JDCI), de forma geral, não exigem o desenvolvimento das capacidades máximas e, sim, submáximas, nos últimos anos, foi elaborado um modelo de organização de cargas na temporada que permanece durante todo o ciclo com o volume inalterado, procurando uma forma de qualificação durante toda a temporada e alternando as capacidades de treinamento a cada mês durante o ciclo competitivo (GOMES, 2009).
No modelo de cargas seletivas, o principal alvo do aperfeiçoamento no treinamento está nas capacidades de velocidade. Pois, na prática, verifica-se que o ciclo anual de 52 semanas deve ser subdividido em duas etapas, caracterizando, assim, uma periodização dupla com duração de 26 semanas cada (GOMES, 2009). O autor segue relatando que:
No futebol moderno, o técnico tem dificuldades de prescrever o conteúdo do treinamento, pois o calendário apresenta uma grande quantidade de jogos em âmbito regional, nacional e internacional que devem ser disputados com alto rendimento devido aos sistemas utilizados na classificação.

Com esse sistema, o volume do treinamento oscila muito pouco durante todo o ciclo anual de competições; consequentemente, a forma desportiva apresenta uma tendência de melhora durante toda a etapa, diminuindo na fase de pré-temporada em razão de uma pequena redução do volume no início da segunda etapa competitiva. O período competitivo no futebol varia de 8 a 10 meses no ano, com uma quantidade de 75 a 85 jogos na temporada (GOMES, 2009).  

A essência da prática do futebol, não exige o desenvolvimento e o aperfeiçoamento das capacidades motoras no seu máximo. Por outro lado, trata-se de um desporto que, na sua atividade competitiva, caracteriza-se pelos esforços intermitentes executados em velocidade, com alto volume de diversas ações motoras e que exige capacidade anaeróbia e aeróbia (mista). Além da força e da resistência especial,  utiliza também a flexibilidade para a execução de movimentos técnicos exigidos pelo jogo (GOMES, 2009).  
Observo que, neste modelo de periodização do treinamento em futebol, não evidenciamos uma preocupação com a forma de jogar da equipe (jogo coletivo), o autor afirma que, no futebol moderno, o técnico tem dificuldades de prescrever o conteúdo do treinamento. Em contrapartida, quando ouvimos relatos sobre a Periodização Tática, ainda observo certa resistência por parte de alguns profissionais. Mas, para que possamos compreender melhor esta metodologia de treinamento específica para o futebol, pensando em organização coletiva, Vítor Frade (in Martins, 2003) revela que, a tática resulta deste conceito de Organização e por isso, compreende uma determinada expressão física, técnica e psicológica. Sendo assim, a Tática subentende o desenvolvimento dos princípios de ação da equipe que induzem a adaptações concretas a nível físico, técnico e psicológico. Gomes (2006), nos mostra que, face a este entendimento percebemos que a exacerbação física tem um papel subjulgado ao desenvolvimento das relações entre os jogadores para assim, criar uma entidade coletiva e portanto, uma organização. Deste modo, esta concepção desafia a Teoria Convencional do Treino uma vez que esta se preocupa fundamentalmente com as aquisições físicas dos jogadores em detrimento de um entendimento coletivo e das relações que o constituem. E, nisto se enquadra o Modelo de Jogo. O Modelo de Jogo confere um determinado sentido ao desenvolvimento do processo face a um conjunto de regularidades que se pretendem observar. Deste modo, o modelo permite responder à questão: para onde vamos? A pertinência desta questão parece-nos fundamental para desenvolver um processo direcionado para um determinado JOGAR, ou seja, para um processo intencional. A partir dele criam-se um conjunto de referências que definem a organização da equipe e jogadores nos vários momentos do jogo. Deste modo, o modelo orienta o processo para um jogar concreto através dos princípios coletivos e individuais em função do que é pretendido. Neste sentido, trata-se de desenvolver um jogar Específico e não um jogar qualquer (Gomes, 2006).
Quando comparamos os dois modelos de treinamento criados para periodizar a performance em futebol, podemos dizer que a primeira (Modelo de Cargas Seletivas) está diretamente preocupado com o caráter físico do jogador e a segunda (Periodização Tática) está preocupado com um JOGAR ESPECÍFICO perspectivado pelo Modelo de Jogo, onde, o técnico assume essa responsabilidade de operacioná-lo durante a semana com o Morfociclo Padrão, que é utilizado da segunda semana de trabalho até a última e, não durante um microciclo, mesociclo ou macrociclo anual. 
Mas, temos que ter em mente que, são apenas duas formas de treinar o futebol e, claro que as duas obtêm resultados, mas, a forma de operacionalização de cada uma é totalmente diferente. Uma pautada na física e a outra, pautada no fractal, na complexidade. Que é normal causar estranheza.
(...) O êxito no futebol tem mil receitas. O treinador deve crer numa, e com ela seduzir os seus jogadores.
(Valdano, 1998)
Referências

GOMES, A. C. Treinamento Desportivo: estruturação e periodização. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

GOMES, M. S. Do Pé como Técnica ao Pensamento Técnico dos Pés Dentro da Caixa Preta da Periodização Táctica - um estudo de caso- Porto, 2006.

MARTINS, F. A "Periodização Táctica" segundo Vítor Frade: Mais do que um conceito, uma forma de estar e de reflectir o futebol. FCDEF-UP. Porto, 2003.

 
 

 







quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

MÉTODO INTEGRADO

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Prosseguindo com a série de posts sobre os métodos mais utilizados no treinamento em futebol, relataremos agora o Método Integrado ou Treino Integrado.
 
Segundo Filipe Martins (2003 apud Gomes, 2006) contrariando este caráter analítico, surge nos países Latino-Americanos uma tendência designada de "Treino Integrado" onde os aspectos "físicos", técnicos e táticos são desenvolvidos conjuntamente. Deste modo, procura promover uma maior semelhança com as exigências da competição conferindo uma grande importância ao jogo e à sua especificidade. Contudo, esta concepção não deixa ser abstrata uma vez que se refere a um jogo geral a patir do qual se faz a estruturação do processo de treino.
 
Dentro desta concepção de treino, percebo que a principal preocupação é a utilização de exrcícios com bola, mas, estes exercícios, são única e exclusivamente preparados com a intenção de trabalhar certas valências físicas como: resistência, força, velocidade, entre outras.

  
No exercício colocado acima, temos um exemplo de treino integrado, referente a condução de bola, mas a principal intenção desse trabalho é a melhora da resistência dos jogodores. O exercício consiste em conduzir a bola entre os cones em velocidade, num primeiro momento sempre em direção ao cone central e virar sempre para a esquerda. Do centro para fora, de fora para o centro, até chegar no local de início. Pode-se realizar várias formas, como, realizar o "8" nos cones do centro e de fora, realizar uma perseguição, dois jogadores um atrás do outro conduzindo bola, sendo que, o primeiro não pode deixar o de trás ultrapassá-lo durante o trajeto, entre outras.
 
 
Neste vídeos, podemos observar um outro exemplo de trabalho, também considerado integrado de construção de jogadas e finalização, onde pode ser observado o trabalho das valências físicas de velocidade e de força.
 
Essa é uma metodologia bastante difundida e utilizada aqui no Brasil, mas, ela ainda não transcende para uma forma mais complexa de operacionalização do processo de treinamento em futebol. Isso remonta que, para uma forma mais complexa de operacionalização do processo ensino-aprendizagem-treinamento (EAT) no futebol, a comissão técnica necessita estar em perfeita sintonia e ter um Modelo de Jogo perspectivado. Mas esse é um assunto para o próximo post.

Referência

GOMES, M. S. Do Pé como Técnica ao Pensamento Técnico dos Pés Dentro da Caixa Preta da Periodização Táctica - um estudo de caso- Porto, 2006.
 
   


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

MÉTODOS COMUMENTE UTILIZADOS NO TREINAMENTO EM FUTEBOL

 
O método de preparação desportiva está diretamente ligado ao objetivo pretendido, o qual representa um sistema estável de ações consecutivas direcionadas para a solução de tarefas programadas anteriormente (Gomes, 2009). Mas, em se tratando de futebol, o processo de preparação de equipes envolve um conjunto de procedimentos e decisões que resulta da forma como se vê o jogo e o processo de ensino-aprendizado-treinamento (EAT).
 
Segundo Filipe Martins (2003 apud Gomes, 2006) existem várias tendências de treino em futebol:
 A originária do Leste da Europa (LE), caracteriza-se pela divisão da temporada em [períodos], estruturados para atingir picos de forma em determinados momentos competitivos. Para além disso, este método de preparação confere primazia à variável física, assente numa preparação geral e sem qualquer ligação com a forma de jogar. Sendo assim, preconiza um processo abstrato centrado nos fatores da carga física, através de métodos analíticos.
 
Segundo Gomes (2009), o método de ensino dividido (analítico-sintético) representa a divisão da atividade motora (AM) em elementos ou em fases relativamente independentes, que podem ser aprendidos de modo autônomo, com sua posterior ligação globalizada. O autor segue relatando que, a possibilidade de concentrar a atenção dos atletas de modo mais completo, na fase destacada, e seu aperfeiçoamento mais detalhado, constitui o seu aspecto positivo. Durante o trabalho com os componentes da técnica, excluise a execução repetida das partes e das fases ainda não assimiladas. A execução das partes isoladas é menos cansativa do que a execução da ação integral. Por conseguinte, é possível o aumento do número de repetições de elementos em ação. Mas, em contrapartida, o autor nos releva que, uma das deficiências consideráveis desse método é que ele não deve ser aplicado nos casos em que a AM não possa ser dividida (ex.: nos saltos na ginástica, no chute na bola) ou não possa ser dividida sem considerável desfigurações das partes destacadas.
 
Observando esses relatos, uma pergunta surge: Por que essa metodologia é tão utilizado nos treinamentos de futebol?
 
Sabemos que o futebol é um jogo desportivo coletivo de invasão de ordem essencialmente tática. Onde, a sua complexidade ainda é menosprezada por muitos profissionais que atuam no seu ensino. A grande utilização desse método de treinamento, ao que nos parece, deve ser devido a uma questão de ensinar o gesto motor perfeito. Utilizando parâmetros biomecânicos para a sua aprendizagem. Desta forma pergunto: será que Cristiano Ronaldo treinou o chute de calcanhar dentro do método analítico? 
 
 
No processo ensino-aprendizagem-treinamento (EAT) do futebol devemos sempre oportunizar a tomada de decisão dentro das sessões de treinamento. Pois, se esse não for o foco das sessões, obteremos jogadores com pouca propriedade de realizar essas tarefas tão comuns no jogo de futebol atual e, consequentemente, teremos cada vez menos jogadores com poder de decisão própria no futebol.
 
O aqui agora do jogo é único. E cada jogador deve ter clareza do que realizar nos momentos do jogo em prol do bem coletivo da equipe.
 
Referências
 
GOMES, A. C. Treinamento Desportivo: estruturação e periodização. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
 
GOMES, M. S. Do Pé como Técnica ao Pensamento Técnico dos Pés Dentro da Caixa Preta da Periodização Táctica - um estudo de caso- Porto, 2006.
 
  

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

MODELOS DE METODOLOGIAS APLICADAS AO FUTEBOL - INTRODUÇÃO

 
Chegamos ao ano de 2013. Desde que o futebol foi oficialmente codificado em dezembro de 1863, a partir de nove regras estabelecidas por Cambridge (Scaglia, 1999) que estamos ouvindo, lendo, discutindo e aplicando métodos para melhorar a forma de ensino-aprendizado-treinamento (EAT) do futebol.  
 
Essa semana, não por a caso, pois estamos no início da temporada do futebol aqui no Brasil, já li duas discussões referentes a esse tema sobre a preparação de equipes de futebol. Uma colocada pelo professor Michel Huff, preparador físico do F.C. Metalist da Ucrânia, que desde o primeiro dia de treinamento está trabalhando com bola dentro do modelo de jogo da equipe  http://football.ua/ukraine/news/190469.html. E, o outro profissional, é o professor Eduardo Barros, auxiliar técnico do Grêmio Novo Horizontino http://tecnicoeduardobarros.wordpress.com/tag/metodologia-de-treinamento/.
 
Tendo o futebol 150 de história, ainda estamos discutindo qual a melhor maneira de trabalhá-lo, de uma forma que a relação EAT seja otimizada conforme a demanda de seus calendários. Mas, como nos é sabido, o treinamento desportivo é antigo, remonta do período pré-histórico, onde o homem objetivava apenas e tão somente a sua sobrivevência cotidiana em relação aos animais predadores, bem como os de sua própria espécie, através de um excepcional condicionamento físico adquirido no cotiadiano. Posteriormente com a evolução do homem, principalmente na Grécia e Roma antiga, estas prátricas apesar de muito diferirem das linhas gerais seguidas no treinamento desportivo atual, passaram a obedecer a um senso lógico, buscando além de estética corpórea, também a preparação para as guerras, bem como para outras competições desportivas menos importantes que os Jogos Olímpicos, como os Jogos Augustos e os Jogos Capitolinos (Almeida, Almeida & Gomes, s/d).  
 
Esse relato histórico nos é elucidado para que, possamos entender que esses métodos e  periodizações de treinamento, que evoluíram com o passar dos tempos e encorporados nas modalidades coletivas, veem  de uma criação única e exclusiva das modalidades individuais.  
 
Hoje encontramos diversas metodologias de treinamento aplicadas ao futebol, como:
  • Método Analítico;
  • Método Integrado; e
  • Método Sistêmico.

Além de alguns modelos de periodizações aplicadas ao futebol, como:
  • Modelos Tradicionais (Sistema Matveev, Sinos Estruturais [De La Rosa] e Modelo Bompa);
  • Modelos Contemporâneos (Sistema de Treinamentos em Blocos [Verkhoshanski] e Modelo de Cargas Seletivas [Antônio Carlos Gomes]).
  • Modelo para o Futebol (Periodização Tática [Vítor Frade]).
Com essa pequena introdução, começarei uma pequena série de postagens tentando explanar um pouco de cada modelo metodológico utilizado no futebol. Está série de postagens não terá como intuito criticar nenhuma metodologia ou periodização, mas, tentar fazer uma aproximação com a realidade imposta pela modalidade futebol.  
 
Referências
 
ALMEIDA, H. F. de; ALMEIDA, D. C. M. de; GOMES, A. C. Uma ótica Evolutiva do Treinamento Desportivo Através da História. Revista Treinamento Desportivo, s/d.
 
SCAGLIA, A. J. O futebol que se aprende e o futebol que se ensina. Campinas, SP: [s.n.], 1999.