tag:blogger.com,1999:blog-47381671425555989142024-03-12T20:18:27.521-03:00EPISTEMOLOGIA DO FUTEBOLDouglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.comBlogger227125tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-78871416242824955302023-11-06T16:58:00.001-03:002023-11-06T17:01:55.968-03:00PONTO DE MUTAÇÃO PARA O RETORNO ÀS ORIGENS DO FUTEBOL BRASILEIRO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAfWVTZxRDZa8nWjol5TPkWChLmun32EMUdAJJTMeb0hR-SGNECZSwcteiM_r6KX7o3si1dUPAAYwDE3rOQ-vP8eTitFpmGvlZvCuZBR7cCPAZOrpF-hrJmTIGiH5U4JDMp5oxSR_YKRHOrwRLy08d4vI84qFf9Y3HDaHHkQtUKv2bhuoAjhH_C7fXiPez/s1080/Ponto%20de%20Muta%C3%A7%C3%A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAfWVTZxRDZa8nWjol5TPkWChLmun32EMUdAJJTMeb0hR-SGNECZSwcteiM_r6KX7o3si1dUPAAYwDE3rOQ-vP8eTitFpmGvlZvCuZBR7cCPAZOrpF-hrJmTIGiH5U4JDMp5oxSR_YKRHOrwRLy08d4vI84qFf9Y3HDaHHkQtUKv2bhuoAjhH_C7fXiPez/w400-h400/Ponto%20de%20Muta%C3%A7%C3%A3o.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><blockquote>Não tenha pressa, mas tenha rumo. Demorar é diferente de se perder (GIL PINNA).</blockquote><p>Vivemos num período cultural de aceleração, uma perversidade da pressa. A qual exerce a sua influência sobre tudo (no futebol um impacto tremendo), ajudando deste modo a perceber como este "mal da pressa" afeta igualmente o futebol. Na formação, devemos observar que muitas vezes estamos submetendo esses jovens a uma formação "psicótica" e ou "depressiva", que poucas vezes (na maioria dos casos) não deixam os meninos desfrutar do jogo por querer alcançar objetivos imediatos e isso repercute na interiorização de erros, que posteriormente serão dificilmente corrigidos. Destarte, esse processo deve ser a longo prazo.</p><p>O "mal da pressa" também assola os trabalhos dos treinadores, poucos clubes tem a paciência de oferecer o tempo necessário para a implantação do modelo de jogo e suas nuances (que na nossa opinião carecem de no mínimo oito meses), o que, num mundo ideal todos os treinadores deveriam ser mantidos nos cargos no mínimo por duas temporadas (vinte e quatro meses) para após isso serem cobrados quanto ao resultados dentro do processo. Afinal os treinadores não vendem pão vendem fermento.</p><p>Outra questão que também parece dificultar esse processo dos treinadores é o fenômeno da globalização. Isso nos leva a homogeneização, o que no Brasil nos levou a perda da nossa identidade futebolística e em alguns casos em uma "europeização" do futebol brasileiro. Na figura acima temos uma linha do tempo onde, em 1970 encantamos o mundo com o tricampeonato mundial no México com Mário Jorge Lobo Zagallo, em 1982 não conseguimos o título com Telê Santana, mas na nossa humilde visão ficou um legado de modo de praticar o futebol (mas a maioria das pessoas do futebol parecem não ter percebido isso) e o resto da história nós conhecemos. Em 1992 e 1993 o São Paulo Futebol Clube vence duas Copas Libertadores da América consecutivas sob o comando de Telê Santana (o que nos remete a citação inicial) e dois Mundiais Interclubes contra FC Barcelona (de Cruyff) e o AC Milan (de Fábio Capello). Um feito com a cara do futebol brasileiro, alegre, irreverente, muitas vezes "debochado". E nesse final de semana, o Fluminense FC sagrasse campeão da Copa Libertadores da América com uma campanha maiúscula (vence o River Plate no Rio de Janeiro por 5 X 1 na fase de grupos, elimina o Internacional em Porto Alegre na semifinal e supera o Boca Jrs na grande final), com os mesmos quesitos, futebol alegre, extrovertido, irreverente, com jogadores sem guardar posição e muita movimentação no momento ofensivo. </p><p>O Fluminense pratica um futebol assimétrico, muito diferente do praticado pela maioria (ou quase totalidade dos clubes nacionais e muito difícil de se marcar), com trocas de passes curtos e envolventes, os zagueiros conduzem para atrair os adversários e depois realizar o passe e seguem se movendo para o ataque. Os jogadores no ataque buscam as "tabelas" (triangulações) pelas laterais, acúmulo de jogadores no setor da bola, para no momento exato mudar o corredor (primeiro gol da final). </p><p>Para nós (podemos estar equivocados) mas, essa conquista do Fluminense FC é o ponto de mutação para o retorno às origens do futebol brasileiro. Que vem a muitos anos buscando essa "europeização" e perdendo a sua identidade futebolística para adotar formas de jogar que não condizem com a nossa forma de pensar e ser (brasileiros miscigenados, alegres, festivos, irreverentes, ...). Não que a vitória seja um indicativo de sucesso, só por estar entre as duas equipes finalistas já nos mostra que o processo foi bem sucedido, mas na nossa cultura sabemos que, uma conquista desse calibre coloca uma lupa nessa equipe e sua forma de jogar e pode encorajar muitas pessoas do futebol a seguir esse exemplo de jogar e viver!</p><p>Enfim, o tempo é o senhor da razão. Ele mostra que a palavra mágica da vida está guardada no fundo de cada coração ... Como um enigma, para saber qual é esta palavra, será preciso conhecer o significado de outras, como a paciência, a esperança, o perdão a compreensão, espontaneidade, a ... (ISAIAS RIBEIRO).</p><p>Obrigado Fernando Diniz e Eduardo Barros por resgatarem a nossa essência de jogar futebol no mais alto nível!</p><p>Boa semana!</p></span></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-42020685801492143322023-10-05T17:04:00.000-03:002023-10-05T17:04:52.725-03:00O JOGADOR INVENTA E O TREINADOR INOVA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdtbitVoD9s1ifknMEHIpwFemUVxgy69KEDwI3yR5eDMi-ySXaV6_w1urUcAE1RIXfFWZ-PV9DyfmuY8R7Mwa0efCLerC8T3k5_AHWYeR1agEsWfuV48jjXdaK7wHqa3bYnR5dUevOmw_Qd9JJOiUwPK25-78LczeNUA671cZDuvYZmOdiIdGfJnALZ9bt/s1080/Inova%C3%A7%C3%A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdtbitVoD9s1ifknMEHIpwFemUVxgy69KEDwI3yR5eDMi-ySXaV6_w1urUcAE1RIXfFWZ-PV9DyfmuY8R7Mwa0efCLerC8T3k5_AHWYeR1agEsWfuV48jjXdaK7wHqa3bYnR5dUevOmw_Qd9JJOiUwPK25-78LczeNUA671cZDuvYZmOdiIdGfJnALZ9bt/w400-h400/Inova%C3%A7%C3%A3o.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">Se aprendi algo é porque gosto de observar</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Você já deve ter ouvido que, o jogo de futebol é o confronto de duas ideias de se praticar futebol. Também ouvimos quase que diariamente que, fulano (treinador) é retranqueiro já, sicrano (treinador) é ofensivo. Gostamos de rotular as coisas (equipes, treinadores, jogadores, etc.).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">O jogo de futebol para ser didaticamente melhor compreendido é dividido (fragmentado) em quatro fases: Fase Ofensiva; Transição Defensiva; Fase Defensiva e Transição Ofensiva. Porém, já é de conhecimento de todos os leitores que acompanham os conteúdos aqui publicados, preferimos tratar o jogo de futebol como um jogo de fluxo (de forma integral e dinâmica) entre espaço, tempo e interações.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Desta forma, pergunto, o conhecimento dos treinadores em futebol é tácito ou explícito?</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Sobre esse tema já havia escrito dez anos atrás, segue o <i>link </i>para aqueles leitores que ficarem curiosos.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://epistemologiadofutebol.blogspot.com/2013/03/a-macroestrutura-do-processo-de.html">https://epistemologiadofutebol.blogspot.com/2013/03/a-macroestrutura-do-processo-de.html</a><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Sei que, hoje essa escola de treinadores já se atualizou/aperfeiçoou, que a CBF criou um glossário do futebol, mas o futebol é diferente do basquete nesse sentido. Pois no basquete, o conhecimento se origina na NBA e todos empregam a mesma terminologia, mas no futebol isso é totalmente diferente. Por diversas formas, sejam elas culturais, sociais, ideológicas, etc.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Juanma Lillo disse certa vez, "não é verdade que existem bons e maus treinadores. O que há são treinadores valentes e outros que não o são."</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">No Brasil, na minha opinião isso se encaixa muito bem nas equipes treinadas por Fernando Diniz e Eduardo Barros. Ontem, tivemos mais um capítulo de semifinal da Copa Libertadores onde essa valentia aflorou novamente (não estou falando apenas pelo resultado), onde a busca pelo jogo com base nos passes (os passes conectam, o chutão afasta) e progressão em campo (que é a marca dessa dupla) se manteve durante toda a disputa da semifinal. Logicamente que, nas categorias de base também temos inúmeros exemplos de treinadores valentes (alguns irão dizer, claro na base não tem tanta pressão de jogar assim), onde o "devolver o jogo ao jogador" é melhor forma de desfrutar do caminho. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Assim, o jogador inventa e o treinador inova (reutiliza recursos em novas situações). Com coragem e valentia é muito melhor!</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O jogo imita a vida, e como disse Azkargorta joga-se como vive-se.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-83594827014771980242023-09-04T17:00:00.000-03:002023-09-04T17:00:17.607-03:00ATAQUE FUNCIONAL<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUhQkyqNLSxo4f3QcZb7HQ2qgcGyRSiJ0RPnRgae5K3IKc6FW9hnNZbKgOy62eEGzdtwIPaOkI4uRTslY6J2imCi_1dYxX80787S7VdIFbysfOy7uYWRKqNnVdoq-DC1Ieu-udWXPBWDkjO_4mOWoUPqShdb0yjtiG-PLcdRLD-Nw5qRZKF7MmbBb7Bduw/s1080/Ataque%20Funcional.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUhQkyqNLSxo4f3QcZb7HQ2qgcGyRSiJ0RPnRgae5K3IKc6FW9hnNZbKgOy62eEGzdtwIPaOkI4uRTslY6J2imCi_1dYxX80787S7VdIFbysfOy7uYWRKqNnVdoq-DC1Ieu-udWXPBWDkjO_4mOWoUPqShdb0yjtiG-PLcdRLD-Nw5qRZKF7MmbBb7Bduw/w400-h400/Ataque%20Funcional.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Li8IhMs-PW8">https://www.youtube.com/watch?v=Li8IhMs-PW8</a><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">No futebol existem várias formas de jogar. E isso, não é novidade para mais ninguém. O que pode parecer novidade (mesmo que para poucas pessoas) é que o Brasil possui uma forma de atacar muito peculiar e antagônica ao Jogo de Posição e/ou Localização.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Neste tipo de ataque os jogadores buscam mais interações, mais movimentações (trocas de posições) e agrupar-se ao redor da bola. Esse formato de jogar se mostrou melhor para o jeito brasileiro de jogar, baseado em atrair até a bola, indicar uma coisa e realizar outra (enganar). Aqui o centro do jogo se torna ainda mais importante.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">O maior expoente deste tipo de jogo foi a Seleção Brasileira de 1970, com uma estratégia bem definida e "aposicional". Se você leitor clicar no link abaixo da foto, assistirá ao gol de Carlos Alberto Torres contra a Itália na final da Copa do Mundo de 1970. No lado esquerdo do campo se concentram sete jogadores, Everaldo, Piazza, Clodoaldo (que dribla e engana vários adversários), Gerson, Rivelino, Jairzinho e Tostão. Com Pelé ao centro, para organizar o fluxo de tudo isto. Quando a equipe da Itália é desequilibrada para o lado forte (onde está a bola, o atrator) do Brasil, a bola chega até Pelé, que já sabe que Carlos Alberto passará livre pela direita lado fraco para concluir em gol. Para quem olha sem muita atenção, parece uma forma de jogar "desorganizada", mas, não se engane, é uma estratégia prática, "aposicional" para desequilibrar o adversário com mobilidade, compensação e muitas estratégias "aposicionais" para criar vantagens no campo, atrair e ludibriar os adversários.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Tite também utilizou uma forma parecida (porém mais evoluída) na Seleção Brasileira atual com uma saída sustentada (mais posicional) e maior liberdade quando a bola chega ao campo ofensivo. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Nesta forma de jogar o que impera são as liberdades de movimentos (no momento que possui a bola) as assimetrias de sistema no campo de jogo e as características dos jogadores se sobrepõem ao sistema e o tempo sobre o espaço. Também não podemos negar que existem princípios muito parecidos ao do jogo de posição: </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><ul><li><span style="font-size: medium;">Passes curtos e precisos;</span></li><li><span style="font-size: medium;">Posicionamento dos jogadores (subir todos juntos e próximos da bola).</span></li></ul><span style="font-size: medium;">Outro fator que aproxima as duas formas de jogar é o fato de "Dividir para Conquistar", que consiste em atrair para uma determinada área do campo dividindo as forças defensivas da equipe adversária, tornando-a mais frágil. Sendo o futebol considerado por alguns autores como um sistema complexo e não-linear, o que queremos dizer com isso, que existe uma grande imprevisibilidade em suas ações e interações entre os elementos em cooperação (jogadores da mesma equipe) e adversários. Os jogadores e a equipe tentam criar problemas para o adversário solucionar e consequentemente trabalham visando solucionar os problemas criados pelos adversários. Destarte, trazendo incertezas para as ações do adversário e certezas/confiança para as ações dos companheiros. Isso nos leva ao conceito de Entropia, que está associado ao grau de desordem do sistema. Mas, isso é assunto para uma próxima postagem. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-73395321603792900082023-08-28T17:00:00.001-03:002023-08-29T10:28:48.683-03:00JOGO DE POSIÇÃO OU JOGO DE LOCALIZAÇÃO?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-wM2Sd9veJqjGmq67O6gdm0mxTEUmbIr58iNM2ADYdv03qOLGimaM75XrWPm1lo9hrC5NGF2QOnhOIXhW4wQUu-pErDl8RtsnikvAIio7Ga6t3ujWJJ-AnUTgvcQixs2_2Tc1TyAI9ghYV2qZYDid9fYDJR0RNvyzurfEEXEnQLmT_J1iqOFP91DlbSOM/s1080/Jogo%20de%20Localiza%C3%A7%C3%A3o%20%20(1).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-wM2Sd9veJqjGmq67O6gdm0mxTEUmbIr58iNM2ADYdv03qOLGimaM75XrWPm1lo9hrC5NGF2QOnhOIXhW4wQUu-pErDl8RtsnikvAIio7Ga6t3ujWJJ-AnUTgvcQixs2_2Tc1TyAI9ghYV2qZYDid9fYDJR0RNvyzurfEEXEnQLmT_J1iqOFP91DlbSOM/w400-h400/Jogo%20de%20Localiza%C3%A7%C3%A3o%20%20(1).png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: right;"> O futebol é cada vez mais um xadrez; e no xadrez, se você perde a concentração por um segundo, está morto.</span></div><p style="text-align: right;"><i>Sir Alex Ferguson </i> </p><div style="text-align: justify;"> <span style="font-family: inherit; font-size: medium;">O jogo de futebol é sobre espaço, tempo e interações.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;">No começo só havia o caos, e o futebol não tinha forma. Mas, desde os primórdios existia a noção que a organização dos jogadores no espaço de jogo fazia uma grande diferença. Jonathan Wilson em seu livro "A Pirâmide Invertida" nos traz muitos exemplos. O mais marcante para mim, o relato do primeiro jogo entre seleções, disputado por Inglaterra e Escócia. Onde os </span>escoceses utilizaram a forma de unidade (fizeram uso da valorização do passe). E isso, é a gênese do jogo de posição. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Martí Perarnau em sua obra "Pep Guardiola: a evolução", relata que em 1952 Ivan Sharpe já utilizava o termo "jogo de posição". Novamente, jamais fomos modernos!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Numa definição "rasa" o jogo de posição é identificado quando os jogadores ocupam posições específicas no campo de jogo, para tentar criar superioridades (numéricas, qualitativa, posicional e cinética), através de passes e com a criação de formas geométricas (triângulos e losangos), com o intuito de progredir com a bola em direção ao gol adversário. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Recentemente estive observando os treinamentos das categorias de base do Club Athletico Paranaense e, em conversas com Rodrigo Chipp (Rodrigo Vicenzi Casarin) conversamos sobre esse assunto. Esse termo (jogo de localização) cunhado por Juan Manuel Lillo (popularmente conhecido por Juanma Lillo) atual auxiliar de Pep Guardiola no Manchester City e reconhecido mundial por se encarregar do tratamento intelectual, didático e prático do jogo de posição, propôs essa nova nomenclatura. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Perguntas de Juanma Lillo escancaram essa discussão: pode-se estar bem posicionado e mal situado? Ou ao contrário, bem situado e mal posicionado? Claro que sim. Se buscarmos auxílio do dicionário veremos que, a palavra posição é sinônimo de postura. E o termo situação vem de sítio ou lugar. Destarte, o jogador pode ter uma postura (posição) ideal, mas em um lugar inadequado. Ou num lugar ideal, mas uma postura inadequada. Segundo Lillo, por esta razão, posição e situação não definem com precisão esse modelo de jogo. A palavra que relaciona esses dois termos com uma intencionalidade tática é localização. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Para muitos pode parecer apenas uma variante acadêmica, mas não. Como Rodrigo Chipp relata, não se trata apenas de uma suposta superioridade numérica em alguma região do campo, ou seja, não se trata de posicionar por posicionar, da mesma forma não se trata de passar a bola por passar, de movimentar por movimentar, trata-se de estar bem posicionado, no tempo certo, no espaço certo e na hora oportuna. É dar sentido para todos os movimentos sem mecanizar. Ou seja, devolver o jogo de futebol aos jogadores que vão interagir com os companheiros e os adversários. Mas, para isto, devemos utilizar de alguns conceitos:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><ol><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Simetria de Sistema (ou seja, não haver mais jogadores de um lado do que de outro), mas com assimetrias verticais e horizontais para criar rotas de passe;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Amplitude, pois o campo precisa ser aberto para criar espaços e definir por dentro;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Profundidade, para buscar a ruptura decisiva por trás da última linha defensiva;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Desmarques de apoio para para ir garantindo que a equipe siga avançando no campo de jogo com passes curtos e com jogadores recebendo por trás de cada linha defensiva ou do defensor que o marca individualmente;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Posse de bola para desequilibrar o adversário;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Vício por superioridades; e</span></li><li><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;">Pressão </span>pós perda<span style="font-family: inherit;"> </span><i style="font-family: inherit;">(Counter-pressing)</i><span style="font-family: inherit;"> quando perder a bola. </span></span></li></ol><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O jogo de futebol é um jogo de localização, de percepção de distâncias (próximo/intermédio/longe) que estamos dos nossos companheiros/adversários e alvos/objetivos e de interação com os companheiros e adversários.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Você concorda/discorda leitor?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-37965397141038173052023-08-14T17:05:00.002-03:002023-08-15T09:17:18.552-03:00RONDO: REDUZIR SEM EMPOBRECER<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZE6JHG42tdkDaQ3ur1mTaLnweul3pay5tmXxQdJqZ2ezPKePtTSZuofkahKBQn_VnJSG_mqv-2QHQzoMSW0HEiP2CGlIlFGqjqKVknMLb9bRtxRAmB99TtF09IMMhPmqGuFPkU53WCJNAfasPBMDxetIZ6lxFOSVzrO63eAKKatN2DxfUZk6laBEs_jHf/s706/WhatsApp%20Image%202023-08-08%20at%2010.08.38.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="706" data-original-width="706" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZE6JHG42tdkDaQ3ur1mTaLnweul3pay5tmXxQdJqZ2ezPKePtTSZuofkahKBQn_VnJSG_mqv-2QHQzoMSW0HEiP2CGlIlFGqjqKVknMLb9bRtxRAmB99TtF09IMMhPmqGuFPkU53WCJNAfasPBMDxetIZ6lxFOSVzrO63eAKKatN2DxfUZk6laBEs_jHf/w400-h400/WhatsApp%20Image%202023-08-08%20at%2010.08.38.jpeg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">A bola vai às posições, e não as posições vão até a bola.<span style="text-align: left;"> </span></div></blockquote><blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">Juanma Lillo</div></blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Jamais fomos modernos! Essa frase se encaixa muito bem no tema de hoje. O rondo se origina do nosso tão utilizado "bobinho", que nada mais é, que uma prática deliberada do "caos", brincadeira de bola com os pés. São brincadeiras que surgiram na rua (pedagogia da "rua") e foram adaptadas na pedagogia do esporte. Desta forma, o rondo nada mais é do que um neologismo no futebol. O que é normal com o avanço das ciências no esporte, principalmente no futebol e na sociedade atual de forma geral.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Porém, qual é a definição de rondo? O que os rondos desenvolvem nos jogadores/equipe? Sem essas respostas corremos o risco de cair no verbalismo.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;">O rondo é uma tarefa de treinamento onde um grupo em superioridade numérica tenta manter a posse da bola contra um grupo em inferioridade numérica. Os formatos podem ser, circulares, retangulares, hexagonais, entre outros. O</span><span style="font-family: inherit;">s jogadores tem locais predeterminados ao invés de se moverem pelo campo de jogo. O que podem levar aos jogadores ocuparem espaços de certa maneira relacionadas a situações reais de jogo. Já, alguns formatos/variações de rondo envolvem movimentos fora do seu típico espaço de jogo.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: medium;">Os rondos desenvolvem nos jogadores/equipe as tomadas de decisão; técnica mobilidade e agilidade; trabalho em equipe e entendimento coletivo; resolução de problemas, criatividade e competitividade.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Não é mais novidade que o jogo possui uma "integridade inquebrável", destarte, busca-se formas de treinar que respeitem esse processo de jogo, conseguindo um "reduzir sem empobrecer", que nos levará a um simplificação pretendida. E o rondo se encaixa nessa questão.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white;">A relevância prática disto pode ser entendida pela presença do jogo dentro do processo de treinamento em futebol (Rondo). E isto, ocorrerá por uma redução sem empobrecimento do jogo formal enquanto objetos fractais do mesmo (MACIEL, 2011). Pois, o jogo de futebol pode ser entendido como um sistema caótico com organização fractal. No meio do caos aparente é possível sustentar regularidades organizacionais, isto é, modelar e padronizar uma dada forma de jogar (OLIVEIRA et al., 2007). Brito (2003) afirma que, dentro de um modelo de jogo, existem vários princípios para serem trabalhados durante os treinos. O referido autor relata que, os princípios de jogo são linhas orientadoras básicas que coordenam as atitudes e comportamentos táticos dos jogadores quer no momento ofensivo, quer no momento defensivo, bem como nas suas transições. Como bem relata Maciel </span><i style="background-color: white;">apud</i><span style="background-color: white;"> Tamarit (2013), é graças à redução sem empobrecimento que se asseguram as dominâncias desejadas para cada uma das unidades de treinamento. Uma redução que sendo qualitativa, uma vez que se reporta a complexidade de um jogar, também é quantitativa, já que a configuração dos exercícios (Rondo) de treinamento e o modo como o jogar é vivenciado (sem perda de Especificidade), requer que o treinador manipule e articule com parcimônia as seguintes variáveis: espaço, número de jogadores e tempo. Ou seja, reduzir sem empobrecer é sustentar essa redução na articulação de sentido com o todo. Corroborando com os autores, podemos entender um fractal como uma parte regular de um sistema caótico que, pela sua estrutura e funcionalidade, consegue representar o todo, independentemente da escala considerada. Se estilhaçarmos um sistema caótico em subsistemas, podemos neles encontrar, qualquer que seja a escala, uma auto-semelhança com o todo. Desta forma, os autores defendem ser possível emprestar uma organização fractal a todo o processo de treinamento, para obter uma auto-semelhança, tanto ao nível dos padrões de comportamento como da produção do processo, nas suas diferentes escalas de manifestação (SOARES, 2009).</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white;">Devemos impor uma inversão no binômio Volume - Intensidade, a Intensidade deve ser quem dita o ritmo das sessões de treinamento. O Volume, é o somatório de frações de máxima intensidade (Volume de Qualidade). A recuperação aqui faz parte integrante do treino. Recuperar entre os exercícios (jogos) e unidades de treino. Para que os jogadores estejam aptos a exercitar frações máximas de intensidade de acordo com a forma de jogar da equipe. </span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: medium;"> </span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span>Não há nada como ver a equipe que treinamos jogar bem. Vencer é importante, claro. Mas jogando bem é melhor ainda, utilizando habilidades técnicas, comportamentos táticos, intensidade física e aspectos psicológicos utilizados nos treinamentos. O rondo conquistou os profissionais do futebol. Como muitas tendências de sucesso, eles encontraram o seu lugar, e os treinadores com visão de futuro incorporaram os princípios por trás deles (frações de máximas intensidades) e os levaram para um nível mais elevado. </span><span> </span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span>O mais importante no futebol é perceber o futebol.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Referências</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: Tahoma; font-size: small; text-align: -webkit-center;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">BRITO, J.</span><i style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"> <b>Documento de apoio à disciplina de Opção II – Futebol</b>,</i><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"> </span><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">UTAD, Vila Real. Não Publicado, 2003.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">MACIEL, J.</span><i style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"> <b>Não o deixes matar o bom futebol e quem o joga.</b> Pelo Futebol Adentro não é perda de tempo! </i><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">Portugal: Chiado, 2011.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: Tahoma; font-size: small; text-align: -webkit-center;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">OLIVEIRA, B. F. M. et al. </span><i style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"><b>Mourinho:</b> por qué tantas victorias?</i><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"> </span><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">Espanha: MCSports, 2007.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: Tahoma; font-size: small; text-align: -webkit-center;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">SOARES, P. </span><i style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"><b>Transições:</b> uma instantaneidade suportada pelo “equilíbrio” ...a representatividade da fluidez que o “jogar” deve manifestar.</i><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"> </span><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">Monografia de Licenciatura. Não Publicado. Porto: 2009.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: Tahoma; font-size: small; text-align: -webkit-center;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">TAMARIT, X.</span><i style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"> <b>Periodización Táctica vs Periodización Táctica</b></i><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"><b>.</b> Espanha: MBF, 2013.</span></span></div> <p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-15987939774657985192023-02-01T14:48:00.003-03:002023-02-01T14:58:07.687-03:00JOGOS FRACTAIS E ESPAÇOS DE FASE<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinxtgKT4s-lMZClRUvehdgH3oOlue3H_apAGk6KQFa7QwYpAjbgYHPWWQyKSILKrgFKr9L9XVyG9TgnMfzlhqHZ4tWKhIVOuYX5FGmq9JysETQvlgWaV6_Aiqr9eo9f7fpWG_mVksvjgJpr4S9gQFg2NHhfQKEOlxFxKsnZ0TQQx8ptweZ7qIkS_B43A/s1080/Mobilidade%20Divergente.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinxtgKT4s-lMZClRUvehdgH3oOlue3H_apAGk6KQFa7QwYpAjbgYHPWWQyKSILKrgFKr9L9XVyG9TgnMfzlhqHZ4tWKhIVOuYX5FGmq9JysETQvlgWaV6_Aiqr9eo9f7fpWG_mVksvjgJpr4S9gQFg2NHhfQKEOlxFxKsnZ0TQQx8ptweZ7qIkS_B43A/w400-h400/Mobilidade%20Divergente.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto 1: Saída de jogo</td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O futebol vem passando por transformações na sua maneira de pensar e agir na forma de treinamento ao longo dos anos. Na minha opinião as duas pessoas que se sobressaíram foram, Vítor Frade (Periodização Tática) e Paco Seirul-lo (Espaços de Fase). </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Na postagem de hoje iremos tratar dos Jogos Fractais e os Espaços de Fase. Segundo Peraita (2021),</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><blockquote> "a perspectiva tática tradicional, na sua intenção de fracionar o jogo em partes para poder estudá-lo, propõe um divisão em 5 momentos ..." </blockquote><p>O autor prossegue relatando que, a perspectiva de Espaços de Fase (EdF), resiste em fracionar o jogo em momentos e esclarece que existe apenas um único momento, que é o jogo! Resulta evidente que esse momento único do jogo é uma sucessão de EdF que ocorrem entre duas descontinuações do jogo: tomar um gol e fazer um gol.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNGPclUIhwDhYdbNGCQ_HVB28Xs1-LksR6_ovB8J0lyYydMvR2vaqD4rubb7ik2OyLi1EUK--opLhCVsyJT3U_JIQqWuakw9NF9UCxlLFYzsxLTlmkopfMTo6sJRbxmIZFtpyeKzEAUivFEAYtCs5n-Fh9Yp4Rm4eV5jBfIsV9eFXpqrMJK0Vic9xj6A/s1080/Ciclo%20do%20Jogo%201.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNGPclUIhwDhYdbNGCQ_HVB28Xs1-LksR6_ovB8J0lyYydMvR2vaqD4rubb7ik2OyLi1EUK--opLhCVsyJT3U_JIQqWuakw9NF9UCxlLFYzsxLTlmkopfMTo6sJRbxmIZFtpyeKzEAUivFEAYtCs5n-Fh9Yp4Rm4eV5jBfIsV9eFXpqrMJK0Vic9xj6A/w400-h400/Ciclo%20do%20Jogo%201.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1: Ciclo do Jogo (adaptado de Peraita, 2021).<br /><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-size: medium; text-align: justify;">Essa teoria propõe considerar o jogo como um ciclo que se inicia e reinicia constantemente (se alimenta) sem necessidade de passar por receber um gol para poder fazer outro, onde o momento com a bola e sem a bola acontecem em um fluxo de EdF. </span></div></td></tr></tbody></table></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: medium;"><div style="text-align: justify;">Apesar de as partidas de futebol integrarem várias transições de fase, entre estados de equilíbrio e quebras de equilíbrio organizacional, as fases e momentos de jogo (ataque, defesa e suas transições) obedecem, por vezes, a um processo de mudança gradual cuja separação não é levada a cabo por linhas de demarcação súbita ou bruscas, mas por se dissiparem ou diluírem uns nos outros (GARGANTA, 2013<i> apud</i> TEOLDO, et al. 2015). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na citação acima percebemos que, outros teóricos do futebol já haviam abordado essa perspectiva, porém um tanto quanto academicamente. Relatando sobre Teoria do Caos, Sistemas Dinâmicos de Alta Complexidade. Baseado nisso que trazemos a abordagem dos Jogos Fractais. Segundo Stacey (1995) um fractal é uma parte invariante ou regular de um sistema caótico que pela sua estrutura e funcionalidade consegue representar o todo, independente da escala onde possa ser encontrado. Os fractais são representativos do todo, pois têm uma constituição "genética" semelhante ao todo onde foi observado (GUILHERME OLIVEIRA, 2004 <i>apud </i>CAMPOS, 2008). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os Jogos Fractais podem ser mais bem compreendidos dentro do processo de treinamento de futebol, fazendo uma analogia bem simples. Quando uma fotografia é feita de uma partida de futebol quantos jogadores aparecem na mesma? </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGJffQQepUarvHN6OXiaqcK7q-ua_8Ny-nXvxUFSC-2Riwtztep7AvPlJzfAH4VoJlA5ECdRfJKT4CB1j9-09VKNlD_RCELd2TpVb-mB5c1TygxNnum7WViEisDpMPsHvdlbs8x2fI2RiFXP9iYz9sKYSvo6Hm5_lowi3WpPChGnmHey_m0rLPky_5rA/s1080/Mobilidade%20Divergente%20-%201png.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGJffQQepUarvHN6OXiaqcK7q-ua_8Ny-nXvxUFSC-2Riwtztep7AvPlJzfAH4VoJlA5ECdRfJKT4CB1j9-09VKNlD_RCELd2TpVb-mB5c1TygxNnum7WViEisDpMPsHvdlbs8x2fI2RiFXP9iYz9sKYSvo6Hm5_lowi3WpPChGnmHey_m0rLPky_5rA/w400-h400/Mobilidade%20Divergente%20-%201png.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto 2: Representação de um Jogo Fractal </td></tr></tbody></table><br /></span><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Aparecerão quantos jogadores forem responsáveis pelo setor onde a fotografia foi tirada. No caso da foto 2, temos uma saída de bola onde claramente aparecem a dupla de zaga, o lateral direito, o volante e os dois meias (em amarelo), contra um trio de adversários (em vermelho). Ficou nítida uma superioridade numérica da defesa interagindo com o meio sobre o ataque adversário, neste setor do campo de jogo, em forma geométrica de triângulo. O triângulo em preto, formado pelo zagueiro do lado direito, lateral direito e volante contra um adversário nos remete a um jogo fractal em pequeno grupo (3 VS 1); e os outros triângulos formados por linhas tracejadas em azul formam outras possibilidades dos padrões de comportamento da equipe. E isso é um fractal que está representando o todo. O micro representa o macro. Essa é uma justificativa para execução desse tipo de Jogo Fractal no processo de treinamento, pois os jogadores deverão entender os objetivos e as finalidades dos exercícios (Jogos Fractais) dentro do jogo todo. Para isso será fundamental o conhecimento global do jogo por parte dos jogadores, isso em substituição do jogo reduzido, que na sua grande maioria ocorre sem objetivos bem definidos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A relevância prática disto pode ser entendida pela presença do jogo dentro do processo de treinamento em futebol (Jogo Fractal). E isto, ocorrerá por uma redução sem empobrecimento o jogo formal enquanto objetos fractais do mesmo (MACIEL, 2011). Pois, o jogo de futebol pode e deve ser entendido como um sistema caótico com organização fractal. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Para voltar aos Espaços de Fase, precisamos voltar na figura 1, onde a imagem representa o jogo por meio de um modelo onde se poderia diferenciar entre o momento com a bola e o momento sem a bola. Segundo Peraita (2021), é muito difícil desassociar esses dois momentos, resulta de identificar as fases do jogo que vão contextualizar os EdF.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiufVe-oMad-GSc8EGn-NdMHxBdJ_BMrNE0SODTGhTg8-_-f5dUXadF-G-A853KwSMIjD5lOE_0hGS2jPcrXVJrUDkM31cFPaA1awKzEPlghaMV7c-5B-P3dvdi9EH3ljWfqTMTpOf590stxT4PTebCumFAGKdXX9Ut240HjqM0n85fvzftmsKuzS53w/s1080/Ciclo%20do%20Jogo%202.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiufVe-oMad-GSc8EGn-NdMHxBdJ_BMrNE0SODTGhTg8-_-f5dUXadF-G-A853KwSMIjD5lOE_0hGS2jPcrXVJrUDkM31cFPaA1awKzEPlghaMV7c-5B-P3dvdi9EH3ljWfqTMTpOf590stxT4PTebCumFAGKdXX9Ut240HjqM0n85fvzftmsKuzS53w/w400-h400/Ciclo%20do%20Jogo%202.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 2: As três fases com a bola<br /><br /></td></tr></tbody></table><span style="font-size: medium;">De acordo com essa perspectiva de treinamento, na fase de iniciação a equipe dispõe da bola em um EdF, onde conta com a oposição de pelo menos uma estrutura de recuperação ativa que pretende recuperar a bola com urgência (em coordenação com uma estrutura de contenção e outra de proteção da zona de finalização). Na fase de disposição posicional a equipe dispõe da bola em um EdF onde não há oponentes, tentando recuperar a posse de bola com urgência, mas existem alguns jogadores impedindo o avanço. A fase de finalização a equipe dispõe da bola em um EdF onde os oponentes só pretendem evitar que a equipe com bola finalize em gol. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjik99lAwP6N3qxMHIVKWWSWTRjou-_jjnxehBVfQIB4lbiOhosqxTvCKCvzctkn6yMEtS5OZ-WZKCYxOwvG7ddlX0RillgkUVLy78xn5ZEa7yfb2agobUyitwxdAXo60JtOXzQnCLFlzBMxEz6hgMhqL7vLhocjjeE37KzJQT7aEUFKBGVveB0ypiJcA/s1080/Caminho%20do%20Gol.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjik99lAwP6N3qxMHIVKWWSWTRjou-_jjnxehBVfQIB4lbiOhosqxTvCKCvzctkn6yMEtS5OZ-WZKCYxOwvG7ddlX0RillgkUVLy78xn5ZEa7yfb2agobUyitwxdAXo60JtOXzQnCLFlzBMxEz6hgMhqL7vLhocjjeE37KzJQT7aEUFKBGVveB0ypiJcA/w400-h400/Caminho%20do%20Gol.png" width="400" /></a></div><br /><span style="font-size: medium;">No Jogo Fractal acima, propomos um 3 VS 2 + Goleiro onde as três fases com a bola estão bem definidas. Três atacantes jogam contra dois defensores + o goleiro na primeira baliza e tem que finalizar antes do sexto passe. Nas laterais, direita e esquerda, encontram-se dois laterais e/ou extremas em posse de bola, após a finalização na primeira baliza, os três atacantes juntamente com os dois defensores se deslocam para a segunda baliza para receber o cruzamento rápido e rasteiro proveniente de uma das laterais para realizar o arremate a baliza. Essa tarefa visa o princípio tático da mobilidade. Segundo Teoldo, et al. (2015), as ações buscando a linha de meta (popular linha de fundo) são denominadas por ações de mobilidade divergente. Para nós essa movimentação é chamada de "caminho do gol". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Tradicionalmente ouvimos que, o ataque ao último "terço do campo" era uma questão de improvisação e qualidade dos jogadores. Isso é verdade (como em qualquer outra fase do jogo), mas, podemos exercitar possibilidades coletivas para gerar desequilíbrios no oponente, que maximizem as probabilidades de marcar o gol. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O processo de treinamento em futebol não deve estar distante das propostas de aprendizagem de qualquer área, educação por exemplo. Pois um destino sem uma rota leva a perambulações e ineficiência. Uma rota sem um destino, no entanto, pode ser eficiente, mas com que finalidade? É muito bom treinar, mas é melhor saber o por que estou treinando.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Referências</b> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Tahoma; font-size: small; text-align: -webkit-center;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="text-align: -webkit-center;">CAMPOS, C.</span><i style="text-align: -webkit-center;"> <b>A justificação da Periodização Táctica como uma fenomenotécnica:</b> a singularidade da intervenção do treinador como sua impressão digital.</i><span style="text-align: -webkit-center;"> Espanha: MCSports, 2008.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Tahoma; font-size: small; text-align: -webkit-center;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="text-align: -webkit-center;">MACIEL, J.</span><i style="text-align: -webkit-center;"> <b>Não o deixes matar o bom futebol e quem o joga.</b> Pelo Futebol Adentro não é perda de tempo! </i><span style="text-align: -webkit-center;">Portugal: Chiado, 2011.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="text-align: -webkit-center;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="text-align: -webkit-center;">PERAITA, A. S. <b style="font-style: italic;">Espaços de Fase: </b><i>como Paco </i></span></span><span style="font-size: medium;"><i>Serial-lo mudou a tática para sempre.</i> Porto Alegre: Simplíssimo, 2021.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">TEOLDO, I. et al. <i><b>Para um bom futebol jogado com ideias: </b>Concepção, treinamento e avaliação do desempenho tático de jogadores e equipes. </i>Curitiba: Appris, 2015.</span></div> <p></p></div>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-27903751953298090882022-11-21T17:21:00.000-03:002022-11-21T17:21:11.351-03:00LIMITES DO EXERCÍCIO NO CALOR<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjde2gew1W9qf15YSRK3AYUhxgmdUEwuazsP32UIxTPNau9QOIIaYSX2kmInpOu2hGfcRny6hNL6kXmSL0W_Xs9a-u-BBCT_DCnG3fVXZCnh_T6cvLcq8y9sY7daF12r3tahV7jnFT4KsO7eMNcSWGTWmm3UuQ2na8pvkHcIsKM_3RHLHxW4MY8gpHsrg/s1080/EXERCI%CC%81CIO%20NO%20CALOR.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjde2gew1W9qf15YSRK3AYUhxgmdUEwuazsP32UIxTPNau9QOIIaYSX2kmInpOu2hGfcRny6hNL6kXmSL0W_Xs9a-u-BBCT_DCnG3fVXZCnh_T6cvLcq8y9sY7daF12r3tahV7jnFT4KsO7eMNcSWGTWmm3UuQ2na8pvkHcIsKM_3RHLHxW4MY8gpHsrg/w400-h400/EXERCI%CC%81CIO%20NO%20CALOR.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Começou a vigésima segunda Copa do Mundo FIFA 2022. Desta vez ela será disputada pela primeira vez no Oriente Média. Onde o clima é predominantemente árido e semiárido, localizam-se nessa área grandes desertos. Em novembro no país a temperatura média será em torno dos 27º C e 30º C.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Na biologia, diferencia-se, no que diz respeito à temperatura corporal, entre os animais de sangue quente (homotérmicos) e os de sangue frio (pecilotérmicos). Os homotérmicos possuem uma temperatura corporal relativamente independente das temperaturas do meio ambiente. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Durante situações de sobrecarga, por exemplo, em temperaturas altas e/ou durante atividades físicas, ocorre no corpo um aumento da produção de calor, que é compensado principalmente pelo mecanismo de perda de calor da evaporação ou pela vasodilatação periférica (WEINECK, 2005).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">É inegável que o exercício aumenta as demandas no sistema cardiovascular. Somando-se a isso a necessidade de regular a temperatura corporal durante o exercício no calor, o sistema cardiovascular pode ficar sobrecarregado. Nesse cenário, o sistema cardiovascular precisa continuar levando o sangue não apenas até os músculos que estão trabalhando, mas também até a pele, de onde o calor gerado nos músculos pode ser transferido para o ambiente (KENNEY, WILMORE & COSTILL, 2013).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Em temperaturas extremamente altas e/ou durante o exercício físico esportivo, observa-se perdas de fluido, por meio da sudorese, principalmente à custa do plasma. Por isso, quando há um alto déficit de líquido, não ocorre apenas uma crescente limitação da capacidade termorregulatória, cada vez há menos água disponível para fins de evaporação, mas também ocorrem alterações no metabolismo e nas reservas de água e eletrólitos, o que acarreta uma progressiva limitação da capacidade de desempenho físico/desportivo </span><span style="font-size: large;">(WEINECK, 2005).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Segundo o portal da CNN Brasil, 73,76% dos jogadores convocados para atuarem na Copa do Catar atuam na Europa (<a href="https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/mais-de-70-dos-atletas-convocados-para-a-copa-de-2022-jogam-na-europa/#:~:text=A%20Copa%2C%20sim%2C%20%C3%A9%20do,sua%20maioria%2C%20aos%20gramados%20europeus." style="text-align: left;">Mais de 70% dos atletas convocados para a Copa de 2022 jogam na Europa (cnnbrasil.com.br)</a>. Isso nos mostra que, a grande maioria dos atletas pratica o futebol em temperaturas muito menores do que em Doha na sua grande maioria do tempo. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Enquanto está realizando um exercício intenso (como uma partida da Copa do Mundo) em condições quentes, o corpo pode perder mais de 1 L/h/m² de superfície corporal. Isso significa que, durante um esforço intenso em um dia quente e úmido (nível elevado de estresse térmico), um indivíduo de tamanho corporal médio (50 a 75 Kg) pode perder, por hora, cerca de 1,6 a 2,0 L de suor, ou 2,5 a 3,2% do peso corporal. A produção prolongada de um grande volume de suor diminui o volume sanguíneo. Isso limita o volume de sangue que retorna ao coração, aumentando a frequência cardíaca e diminuindo o débito cardíaco, o que, por sua vez, diminui o potencial de desempenho, particularmente no caso de resistência </span><span style="font-size: large;">(KENNEY, WILMORE & COSTILL, 2013).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-xX3krHKYAzMeQM7y5DXWAt32J23F8CBdB7ZwK-IjXkJO_IHRxFGITXt85AJZIghjYq2En1WvrWfOQUBxQ8WxW5XQy-UbdMPD87AwKY03kwBLHxWaYAK-PPH6DO5MuwA54nxkOU48ufHSOBzOHYGSWhEzjXLfFKw2O9RPKgjFMzbJqcULdahrfS7l1w/s726/WhatsApp%20Image%202022-11-21%20at%2016.10.09.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="422" data-original-width="726" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-xX3krHKYAzMeQM7y5DXWAt32J23F8CBdB7ZwK-IjXkJO_IHRxFGITXt85AJZIghjYq2En1WvrWfOQUBxQ8WxW5XQy-UbdMPD87AwKY03kwBLHxWaYAK-PPH6DO5MuwA54nxkOU48ufHSOBzOHYGSWhEzjXLfFKw2O9RPKgjFMzbJqcULdahrfS7l1w/w400-h233/WhatsApp%20Image%202022-11-21%20at%2016.10.09.jpeg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Foto 1: Jogadores da Inglaterra se refrescando em ventiladores. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Fonte: Twitter</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Dentre as limitações que podem acontecer com o exercício no calor estão:</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><ul><li><span style="font-size: medium;">Cãibras pelo calor;</span></li><li><span style="font-size: medium;">Exaustão pelo calor.</span></li></ul><span style="font-size: medium;">O melhor e mais simples método para a reposição completa das perdas de água determinadas pela sudorese é a determinação de quantidade necessária de líquido correspondente à perda de peso corporal (aferição do peso corporal antes da partida, intervalo e ao término da partida). Também devem ser orientados e incentivados a evitar a perda de peso excessiva (>2%); ou seja, devem repor suas perdas de suor ou prevenir a desidratação, mas não devem consumir líquidos em excesso, a ponto de ganhar peso durante a competição. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Referências</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">WEINECK, Jürgen. <b>Biologia do esporte. </b>Barueri, SP: Manole, 2005.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">KENNEY, L.; WILMORE, D; COSTILL, D. <b>Fisiologia do esporte e do exercício. </b>5 ed. Barueri, SP: Manole, 2013.</div></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-60767401528362956652022-11-14T17:47:00.000-03:002022-11-14T17:47:44.799-03:00O PERÍODO DE TRANSIÇÃO NO FUTEBOL (OFF-SEASON)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNNocqg8jzgiEmTk0sG0OpwP45tV6bG5pRdLvkme3CPoq0CrLuCDR8ZE8Dd8INgG65_My1FioppwlEeJ0IRtfEfvJXefg6DnWu3UhDTDtcnYDaLRerHv_JkOmTEdNeSz087KXOwLdgUEIfCKXEsyvx6CH2XrvYIC5OFDPCbaUBU8ViMBgn2H_3lU18-A/s1080/Off-Season.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNNocqg8jzgiEmTk0sG0OpwP45tV6bG5pRdLvkme3CPoq0CrLuCDR8ZE8Dd8INgG65_My1FioppwlEeJ0IRtfEfvJXefg6DnWu3UhDTDtcnYDaLRerHv_JkOmTEdNeSz087KXOwLdgUEIfCKXEsyvx6CH2XrvYIC5OFDPCbaUBU8ViMBgn2H_3lU18-A/w400-h400/Off-Season.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Ontem tivemos a última rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol. Hoje todos os clubes estão oficialmente em férias. Esse período que compreende o final da temporada e o início da próxima pré-temporada <i>(pre-season)</i> do ano seguinte, é denominado período de transição <i>(off-season), </i>segundo a teoria e metodologia do treinamento desportivo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Esse período é amparado pela Lei 6.354/76 no seu artigo 25 que diz:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i>Art. 25. O atleta terá direito a um período de férias anuais remuneradas de trinta (30) dias, que coincidirá com o recesso obrigatório das atividades de futebol. </i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i>Parágrafo único. Durante os dez (10) dias seguintes aos recesso é proibida a participação do atleta em qualquer competição com ingressos pagos.</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Entre as tarefas básicas do período de transição, estão o descanso completo para recuperação do potencial gasto durante as cargas de treinamento e das competições do ano anterior e a manutenção de um nível de preparo que garanta desempenho ótimo do futebolista no macrociclo seguinte. Atenção especial deve ser dada à completa recuperação física e, principalmente psicológica (PLATONOV, 2008).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A literatura expõem que a duração do período de transição oscila, geralmente, de três (3) a quatro (4) até seis (6) a oito (8) semanas e depende do calendário de cada equipe (PLATONOV, 2008). No Brasil costumam perdurar entre quatro (4) e cinco (5) semanas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">É do conhecimento de todos que, os atletas de futebol chegam ao final da temporada bem cansados (sendo o Brasil um país com dimensões continentais isso contribui e muito), mas, por outro lado, também é do conhecimento de quem exerce alguma função no futebol e meio acadêmico/científico que, longos períodos sem treinamentos acarretam perdas aptidão física dos jogadores. O conhecido Princípio do Reversibilidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">No princípio da desadaptação, ao que parece pode existir uma relação proporcional entre o período de tempo de interrupção dos treinos e a real perda dos ajustes fisiológicos adquiridos anteriormente (BOMPA, 2002). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Os autores citados acima reportam declínios em algumas variáveis fisiológicas dos futebolistas:</span></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><span style="font-size: medium;">VO2máx;</span></li><li><span style="font-size: medium;">Velocidade Linear<i> (sprint);</i></span></li><li><span style="font-size: medium;">Velocidade com Mudança de Direção (CoD);</span></li><li><span style="font-size: medium;">Queda da Potência Muscular. </span></li></ul><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Isso indica que, as capacidades de resistência, força e velocidade são afetadas diretamente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;">Em contrapartida, outras evidências (</span>experiência prática) nos mostram que durante o período de transição essa queda de desempenho não é tão acentuada assim.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Mas, como o nome sugere esse é um período de férias, não podemos exigir que os jogadores pratiquem atividades de alta intensidade durante esse período, porém, existem responsabilidades a serem cumpridas. Uma grande indulgência consigo em relação ao álcool é prejudicial ainda que durante o período de transição. O regime atlético correto também envolve uma dieta adequada. O ganho de peso maior que dois (2) a quatro (4) quilos é indesejado (BOMPA, 2002). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Na prática, são utilizados modelos diferentes para esse período de transição. O que sugerimos é uma combinação de métodos de descanso ativos com passivo, com cargas não-específicas, que permitem garantir a manutenção dos componentes básicos do preparo. Com duração entre 50 e 60 minutos, com prática de ciclismo e/ou natação, força funcional (com o próprio peso corporal e/ou alguns equipamentos como elásticos, <i>kettlebell, etc. </i>e exercícios de mobilidade/flexibilidade). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O ideal será elaborar um programa baseado em uma análise criteriosa, levando em conta dados como: idade do jogador; tempo de prática na modalidade, histórico de lesão, funções táticas, entre outros) e que evitemos o<i> overtraining.</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O principal objetivo é que aprendamos com base nos erros do passado e evitemos a repetição deles!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Referências</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">PLATONOV, Vladimir N. <b>Tratado geral de treinamento desportivo. </b>São Paulo: Phorte, 2008.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">BOMPA, Tudor O. <b>Periodização: </b>teoria e metodologia do treinamento. São Paulo: Porte, 2002.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">BRASIL, <span style="caret-color: rgb(54, 54, 54); text-align: left;">Diário Oficial da União - <b>Lei Nº 6.354</b> Seção 1 - 3/9/1976, Página 11687 (Publicação Original) </span><span style="caret-color: rgb(54, 54, 54); text-align: left;">Coleção de Leis do Brasil - 1976, Página 25 Vol. 5 (Publicação Original).</span></span></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-83618449172832840412022-11-07T17:05:00.000-03:002022-11-07T17:05:09.944-03:00CAPACIDADE ALÁTICA NO JOGADOR DE FUTEBOL<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6Po6cBiPYv3vVUHW9dZ_-dZ7G0N_oNUZP6HVoSKGwp3GLLR9PNaOKYLzU5RNF7tbHIwyzW7wqpNCPs-juHtmdieeubMLR0O8Nt5rJrEDf0-VLRPnnXNw_SwMNg-kx_DWPyHw-9tfFNY5Co5r5vnQfVC1YB-D_oFU3L0YOdzx3N3Arzi-YZG7TLhjMsw/s1080/Lactato.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6Po6cBiPYv3vVUHW9dZ_-dZ7G0N_oNUZP6HVoSKGwp3GLLR9PNaOKYLzU5RNF7tbHIwyzW7wqpNCPs-juHtmdieeubMLR0O8Nt5rJrEDf0-VLRPnnXNw_SwMNg-kx_DWPyHw-9tfFNY5Co5r5vnQfVC1YB-D_oFU3L0YOdzx3N3Arzi-YZG7TLhjMsw/w400-h400/Lactato.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Fig. 1: Analisador de Lactato Portátil</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Um fator de suma importância que oferece suporte para as atividades em alta velocidade <i>(sprints) </i>é o fornecimento de energia muscular. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWu4bzAhvrQD4bciMHFdf0BoEA7zzenaK7oti-b2QnfwQwPxqbZz7EN_fh5ZbMXtH-4jI_aVsh1AREbc0lkVFDMAbHDVkPeGRAsKH-STsXyhlWNcYtLagaXRaGoHqmEjc8WdO118wf4QAFqWDamAOnN4L7K2guGContUbkc5Mf53AyhrmUeoY8ylUkSA/s1080/Lactato%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWu4bzAhvrQD4bciMHFdf0BoEA7zzenaK7oti-b2QnfwQwPxqbZz7EN_fh5ZbMXtH-4jI_aVsh1AREbc0lkVFDMAbHDVkPeGRAsKH-STsXyhlWNcYtLagaXRaGoHqmEjc8WdO118wf4QAFqWDamAOnN4L7K2guGContUbkc5Mf53AyhrmUeoY8ylUkSA/w400-h400/Lactato%20(1).png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Fig. 2: Sistemas Energéticos</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Conforme a figura 2, a velocidade máxima do jogador de futebol depende muito do tipo e da quantidade de reserva de energia da sua musculatura de trabalho (pernas), tanto quanto da sua possível velocidade de mobilização. Tanto que, é nítido e notório que, a velocidade máxima diminui com o aumento da duração da corrida, já que diferentes combustíveis possibilitam diferentes taxas de fluxo de energia (energia liberada por unidade de tempo) (WEINECK, 2000).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Por se tratar de uma atividade física intermitente (intervalado) realizada por meio de exercícios de intensidade variada, o futebol apresenta um componente lático importante. A aferição do lactato no sangue tem sido um parâmetro metabólico frequentemente utilizado para quantificar a intensidade do esforço realizado pelo jogador, em virtude da característica anaeróbia a fonte de energia da fase lática é muita exigida. </span><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Para Bangsbo et al. (2007), os jogadores de futebol de elite têm alto nível de exigência aeróbia ao longo de um jogo e extensa demanda anaeróbia durante períodos de uma partida, levando à importantes mudanças metabólicas que podem contribuir para o desenvolvimento de fadiga observada durante e no final de um jogo. O rendimento do atleta de futebol está relacionado com a sua capacidade de tolerar elevadas taxas de reposição de ATP em um determinado período de tempo, por isso, é importante uma quantificação objetiva do desempenho anaeróbio. </span></span><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white;"> </span><span style="background-color: white;">O lactato, de acordo com McArdle (2003), não deve ser encarado como um produto de desgaste metabólico, e sim como uma fonte de energia que se acumula em virtude do exercício físico intenso, sendo este importante indicador de intensidade durante o jogo devido a sua variação de concentração sanguínea.</span></span></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">O ácido lático é produzido pelo organismo o dia todo, e não apenas quando praticamos exercícios físicos. Durante o transporte de oxigênio para as células musculares pelos glóbulos vermelhos, há produção dessa molécula como resíduo. Na circulação </span><span style="background-color: white;"><span style="font-size: medium;">sanguínea, o<span style="font-family: inherit;"> ácido lático perde prótons, tornando-se uma molécula com carga negativa. Porém, ela pode se ligar a íons com carga positiva de outras substâncias, como o H+. Dessa forma, a molécula sofre uma mudança em sua estrutura, passando a se chamar lactato. É importante salientar que, na literatura, os termos lactato e ácido lático são frequentemente usados de forma análoga, mas o lactato é estritamente uma base fraca, enquanto o ácido lático é o seu ácido correspondente. </span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">O aumento da produção e concentração de ácido lático após uma situação de hipóxia (sem a presença de oxigênio) é na verdade uma situação de exceção e não de regra, visto que a sua produção ocorre em situações de normóxia (taxas de oxigênio normais). Isso significa que o ácido lático é apenas uma molécula intermediária e suas implicações são irrelevantes para o metabolismo humano.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Durante os treinos, é preciso que a glicose seja metabolizada a fim de gerar energia química. Na primeira fase desse ciclo, o piruvato é formado lentamente e, depois, entra nas células, produzindo uma maior quantidade de energia, o que é feito em um maior intervalo de tempo. </span></span><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">No entanto, em atividades físicas que demandam grande contingente de energia <i>(sprints)</i>, por exemplo, o corpo precisa optar por uma via que produza energia mais rapidamente. Nesse caso, o lactato é formado. É importante salientar que, nesse caso, o fornecimento de energia ocorre sem a presença de oxigênio (metabolismo anaeróbico lático), visto que o suprimento de oxigênio nem sempre é o suficiente para finalizar as atividades físicas. </span></span><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">O lactato se torna energia e desaparece. No entanto, o ácido H+ está presente na corrente sanguínea. O bicarbonato de sódio se une a esse íon, a fim de transformá-lo em água e gás carbônico. Em certas situações, o estoque de bicarbonato de sódio termina, deixando ácidos livres, o que pode gerar uma hiperacidez no meio extracelular, causando dor e desconforto durante ou logo após o exercício. Em alguns casos, o incômodo é tão grande que é preciso interromper a atividade física.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">O fato de jogadores, mesmo no fim da partida, ainda poderem realizar <i>performances </i>de velocidade, de força rápida e de aceleração, relaciona-se com o ATP adquirido, em curto espaço de tempo, pelas reservas de creatina fosfato que foram ressintetizadas (sintetizar novamente). </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="background-color: white;">Jogadores que produzem pouco lactato em <i>performance </i>de <i>sprints </i>curtos demonstram alta capacidade alática ou, então, capacidade de <i>performance</i> de <i>sprint. </i>Destarte, o nível de capacidade de <i>performance </i>alática para a organização do treinamento em futebol tem um significado que não pode ser subestimado. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="background-color: white;"><i><br /></i></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="background-color: white;">Boa semana!</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="background-color: white;"><b>Referências</b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: Tahoma; font-size: small; text-align: -webkit-center;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">BANGSBO J</span><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;">, IAIA FM, KRUSTRUP, P. Metabolic response and fatigue in soccer.<i> <b>International Journal of Sports and Physiological Performance</b></i>, 2(2):111-27, 2007.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white; text-align: -webkit-center;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white;">MCARDLE, W.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L;<b> </b></span><span style="background-color: white;"><b>Fisiologia do Exercício:</b><i> Energia, Nutrição e Desempenho Humano.</i></span><span style="background-color: white;"> 5ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2003.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white;">WEINECK, J. <b>Futebol total: </b>o treinamento físico no futebol. Guarulhos, SP: Phorte, 2000.</span></span></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /> <p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-90593977975300561872022-10-31T17:16:00.002-03:002022-10-31T17:16:46.331-03:00REQUISITOS DE FORÇA - MUDANÇA DE DIREÇÃO (CoD)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH4U1mrOsL52G_Aabfc7GDbgAByUQ9mWN6a5iMbJ8E45iUNraVPG891VURd-WmREaeBQy96YIF4Vgn6JOHIK_G_0vqPbp7TlbSRdO6wjcLBc9dVHXuYjRuYkdSh9y4XM24tVebVSVeTAapNvxbblrJyif8kdpjonfvBvBhy2UyILCSfK77HoAIpHGn7Q/s1080/Requisitos%20de%20For%C3%A7a.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH4U1mrOsL52G_Aabfc7GDbgAByUQ9mWN6a5iMbJ8E45iUNraVPG891VURd-WmREaeBQy96YIF4Vgn6JOHIK_G_0vqPbp7TlbSRdO6wjcLBc9dVHXuYjRuYkdSh9y4XM24tVebVSVeTAapNvxbblrJyif8kdpjonfvBvBhy2UyILCSfK77HoAIpHGn7Q/w400-h400/Requisitos%20de%20For%C3%A7a.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Fig. 1: Mudança de Direção (CoD)</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Chegamos ao último assunto nessa série sobre corrida em alta velocidade <i>(sprint) </i>no futebol. Hoje falaremos sobre os requisitos de força para a mudança de direção (CoD).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Em termos de parada e aceleração, velocidade e agilidade multidirecionais requerem força reativa, que é a capacidade de absorver rapidamente uma carga excêntrica e mudar de direção para estender a perna e acelerar. A força inadequada das pernas e do pilar (muitos chamam de core) limitará a qualidade do movimento. A falta de força nas pernas afetará significativamente a capacidade de treinar; portanto, a força das pernas deve ser desenvolvida com o trabalho de agilidade <i>(footwork). </i>As forças envolvidas em vários planos de movimento também exigem uma abordagem menos tradicional para o desenvolvimento de forças nas pernas para que ela seja transferida para as habilidades de movimento. A força da perna deve ser unilateral (conforme a Terceira Lei de Newton - Ação e Reação). A baixa força do pilar também afetará negativamente a postura, o que, por sua vez, afetará o controle do centro de gravidade (GAMBETA, 2007). </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A força básica é um pré-requisito para a produção e redução da força. A força excêntrica, o principal requisito para parar de forma eficaz, é a capacidade de reduzir a força até nove (9) vezes o peso corporal e a capacidade de mudar de direção (CoD). Também requer uma tremenda estabilidade e controle das articulações. A força deve ser produzida e reduzida em prazos extremamente curtos; portanto, o prêmio é sobre a taxa de desenvolvimento de força. Tudo isso deve ser feito em décimos de segundos em uma variedade de superfícies. É desenvolvido através de exercícios que aumentem a força unilateral e recíproca das pernas (GAMBETA, 2007). </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A abordagem tradicional desenvolve força através da repetição do movimento. Na teoria, à medida que os atletas ficam mais fortes, o movimento melhora, mas na verdade não funciona assim. Os maus hábitos e padrões que se desenvolvem devido à falta de força resultam numa mecânica de movimento ruim, que é então arraigada. Lembre-se que é muito mais fácil aprender um novo movimento do que quebrar maus hábitos e reaprender um movimento. Assim embora os atletas estejam treinando o exercício, a transferência é negativa, repetições incorretas podem levar à aquisição de padrões de movimentos defeituosos que impedem ainda mais a formação de habilidades corretas. Uma abordagem mais racional exige o domínio das habilidades de movimento fundamentais e pré-requisitos que estão dentro das capacidades de força do atleta. À medida que a força aumenta através de um programa sistemático (com progressões e regressões), a complexidade dos movimentos pode avançar em conjunto com ganhos de força e potência (GAMBETA, 2007). </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Com atletas mais jovens essa é uma grande oportunidade devido à grande janela de adaptação aberta aos atletas em desenvolvimento. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Referência</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b><br /></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">GAMBETA, Vern. <i><b>Athletic Development. </b>The art & science of functional sports conditioning. </i>Human Kinetics, 2007. </span></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-17897364003498557692022-10-24T15:55:00.001-03:002022-10-24T17:12:23.742-03:00DESACELARAÇÃO HORIZONTAL: VACINA CONTRA LESÕES?<p style="text-align: center;"> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0O4mWn1_Zn0QaC_HlM36DiQZv9dtZeHWEzDe4Li7Qpr4xQkKvG0KSPXZwBMwQfDsjDSqkyiYRD62pCkzUfW6pUHZH0wFWmZOqZVPXluN-_VH3JrPv8swxf7qNxx5OpG3okv8fZDCKPzrtD3R-8wyHB5qWCTgJ4Hqjfuedm51RlKpgQOhN3iUNMMQmBA/s1080/Desacelerac%CC%A7a%CC%83o.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0O4mWn1_Zn0QaC_HlM36DiQZv9dtZeHWEzDe4Li7Qpr4xQkKvG0KSPXZwBMwQfDsjDSqkyiYRD62pCkzUfW6pUHZH0wFWmZOqZVPXluN-_VH3JrPv8swxf7qNxx5OpG3okv8fZDCKPzrtD3R-8wyHB5qWCTgJ4Hqjfuedm51RlKpgQOhN3iUNMMQmBA/w400-h400/Desacelerac%CC%A7a%CC%83o.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1: Desaceleração Horizontal<br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Qual deve ser o objetivo do treinamento? Na minha humilde opinião é promover o desenvolvimento atlético e a redução das lesões, a fim de melhorar o desempenho. Para isso, é preciso de uma abordagem integrada, que foque na pessoa por completo ao invés de componentes individuais. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Nas últimas publicações tratamos do <i>sprint </i>e agora daremos sequência no aspecto da corrida tratando da desaceleração. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A fase de desaceleração é uma etapa de transição, na qual o atleta tenta controlar a inércia<i> (momentum)</i> gerada na etapa de velocidade máxima (FALSONE<i> apud </i>LIEBENSON, 2017). Não há dúvida que, como uma expressão da potência e velocidade explosivas, a aceleração carrega algum risco de lesão em função de forças intensas aplicadas a tecidos moles, tecido conjuntivo e articulações. Porém, pode-se argumentar que mais lesões ocorrem durante a desaceleração (FALSONE, 2019). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span>Muito tempo e dedicação foi empregado no estudo das atividades de alta de intensidade <i>(sprint).</i> Um grupo de pesquisadores traz à tona outra ação locomotora de alta intensidade, que talvez receba menos atenção: a desaceleração (McBURNIE, et al., 2022). Embora seja um termo genérico para descrever um processo realizado em muitas tarefas atléticas, desaceleração (ou seja, aceleração negativa) no contexto desta discussão refere-se à ação realizada durante cenários esportivos que antecede uma mudança de direção (CoD), ou uma ação realizada imediatamente após um sprint para reduzir a velocidade </span><span>(McBURNIE, et al., 2022).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span>No futebol desacelerações de alta intensidade (> -2,5 m/s2) são executadas com mais </span><span>frequência do que acelerações equivalentemente intensas durante partidas oficiais. Fundamentalmente, desacelerações de alta intensidade estão ligadas a padrões de movimentos comumente realizadas em partidas/treinos, onde os atletas precisam reduzir rapidamente o impulso para fugir ou perseguir oponentes durante as transições </span><span>(McBURNIE, et al., 2022).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Durante a desaceleração horizontal é necessário um alto grau de pré-ativação muscular para suportar efetivamente os grandes momentos externos que são gerados no contato com o solo. Especificamente, os altos níveis de ativação podem facilitar a produção de altas forças musculares internas em prazos mais curtos, permitindo subsequentemente que o impulso de frenagem externo necessário seja gerado para reduzir o momento horizontal. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf8t5TfzfZiqnaEuMEt62mQrHgrnM4BM7NJADz7YPMr1UeO7DDVkZ8s5RqxTlS7UE41bCR1_maQaSTnxlrzhySGvLviPxfjwInXO_-E9MejuKtNYBBMnbJ4F3F-PDuwjNwUQ7AAGP4ChKa__yodvY5ulZiEvFRugKUvRBZIFBXwzzioZcuDmz6po6mgw/s1080/Desacelerac%CC%A7a%CC%83o%20-%20co%CC%81pia.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf8t5TfzfZiqnaEuMEt62mQrHgrnM4BM7NJADz7YPMr1UeO7DDVkZ8s5RqxTlS7UE41bCR1_maQaSTnxlrzhySGvLviPxfjwInXO_-E9MejuKtNYBBMnbJ4F3F-PDuwjNwUQ7AAGP4ChKa__yodvY5ulZiEvFRugKUvRBZIFBXwzzioZcuDmz6po6mgw/w400-h400/Desacelerac%CC%A7a%CC%83o%20-%20co%CC%81pia.png" width="400" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;">Fig. 2: Desaceleração Horizontal com Mudança de Direção (CoD)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A desaceleração depende do próximo padrão de movimento que será realizado. Assim, a fase de desaceleração prepara o corpo colocando-o em um posicionamento otimizado para iniciar a próxima fase do movimento. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Como mencionado anteriormente, desacelerações de alta intensidade são realizadas com mais frequência do que acelerações de intensidade equivalente em vários esportes coletivos. A desaceleração pode ser considerada uma qualidade fundamental subjacente à velocidade multidirecional do jogador de futebol. Atletas que possuem capacidades avançadas de aceleração e velocidade máxima podem apresentar capacidades de desaceleração reduzida, isso pode supor que esses atletas identificados provavelmente estão despreparados para as demandas físicas do esporte de equipe competitivos, devido às demandas de carga ainda maiores para realizar desacelerações não planejadas no jogo. Com essas informações, juntamente com a avaliação da competência de movimento do atleta e capacidade física (particularmente força excêntrica e reativa) os praticantes podem caracterizar mais facilmente déficits biomecânicos ou neuromusculares específicos (McBURNIE, et al., 2022).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Embora o desenvolvimento e manutenção contínuos da atividade locomotora de alta velocidade continuem sendo a peça vital do quebra-cabeça do desempenho em esportes como o futebol. Durante o trabalho de campo, os atletas precisam ser regularmente expostos a desaceleração de alta intensidade dentro do seu microciclo semanal, e o trabalho complementar pode ser recomendado da mesma forma que a suplementação das corridas de alta intensidade (HSR) são agora comumente utilizadas. Destarte, a desaceleração horizontal deve ser treinada como uma habilidade de movimento em conjunto com a melhoria da capacidade de força excêntrica e qualidades de desempenho neuromuscular no treinamento fora do campo </span><span style="font-size: medium;">(McBURNIE, et al., 2022). Afinal, como já dizia o<i> slogan </i>de uma famosa companhia de pneus "Força sem controle é nada." Nesse caso específico, velocidade sem freio é nada.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A pergunta que foi feita no título da publicação não é tão simples de ser respondida. Mais pesquisas precisam ser feitas para que a resposta possa ser positiva e/ou negativa. Outra questão que precisa ser levantada quanto a desaceleração é o próximo padrão de movimento, que depende dos graus de angulação para a mudança de direção (CoD), 45º, 90º e 180º cada um com um grau de intensidade diferente. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Referências</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b><br /></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">FALSONE, S. <b>A corrida em esporte. </b>in LIEBENSON, C. <b>Treinamento funcional na prática desportiva e reabilitação neuromuscular. </b>Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 263-272.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">FALSONE, S. <b>Reduzindo o tempo da reabilitação ao desempenho.</b> Rio de Janeiro: FitnessPro Education, 2019. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">McBURNIE, A.; HARPER, D.J.; JONES, P. A.; DOS SANTOS, T. <i>Deceleration Training in sports: another potential 'vacine' for sports-related injury? </i><b><i>Sports Medicine</i> </b>2022. 52:1-12.</span></div></div></td></tr></tbody></table><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-58591936066915192302022-10-14T16:20:00.134-03:002022-10-16T09:27:40.443-03:00SPRINT: EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoPXaPoRgXMrK1I0Kj3sbx3r7FFBazvw3Sm0AyOafCA377dLND3SN85pAl1blitZ2-a24RzlTK65TSGTUwcppMohP-jrjN6kuFrvs7LDInA2XE5eMh4w_4Gsgjt09--v_Di0SYbU2ctkyXdrkyB27dGYCF9LdTHD_IAvlUI3jxjfC04gPFIZTW-BHlaQ/s1080/SPRINT%20EXERCI%CC%81CIOS.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoPXaPoRgXMrK1I0Kj3sbx3r7FFBazvw3Sm0AyOafCA377dLND3SN85pAl1blitZ2-a24RzlTK65TSGTUwcppMohP-jrjN6kuFrvs7LDInA2XE5eMh4w_4Gsgjt09--v_Di0SYbU2ctkyXdrkyB27dGYCF9LdTHD_IAvlUI3jxjfC04gPFIZTW-BHlaQ/w400-h400/SPRINT%20EXERCI%CC%81CIOS.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">As ações de <i>sprint</i> são de fundamental importância para o futebol atual. Porém, como ela não é uma habilidade inata, precisamos auxiliar os nossos atletas para que a desempenhem bem.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Um bom início é observar a estabilidade dos nossos atletas. Vários exercícios nos vem à mente quando pensamos em </span><span style="font-size: medium;">estabilidade que tem haver com a posição do corpo. A inclinação do total do corpo é o que nos impulsiona à medida que aplicamos a força contra o chão. Se você estiver de pé e ereto e aplicar a força contra o chão, você será impulsionado para cima em um salto. Em contrapartida, se estiver em inclinação total aplicando a força diretamente para trás, você será impulsionado para frente. Mas, a inclinação corporal só pode se estender até antes do centro de gravidade, e o alinhamento das articulações não se tornarem prejudiciais ao equilíbrio (FALSONE, 2019). Vejam alguns exemplos:</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxLBuUBZH5Wba0GkX2lPn_YyGzc7rOzzhEJD6T0z9awGHr5K6PxIRq0dBYvniSp6icZsQq_HR7oTUji5EMbGg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vídeo 1: Prone Valslide Hip Flexion Hold</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dy2Okh_T_47FWLloKZnU0PlbugTcrmoOmtuC4LHhcptfl90_Co0i7dzDwo42_zCGiovkmw55jzMIGYPMc41xQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vídeo 2: Prone Valslide Hip Flexion</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dx9ubtvGQF-GlDctjudpeKx1VDxVOJKA8VZymgK1MIj85JqV27ZPyZ_6G3vWHENUHyEJRDMLHabrrktWAcI9Q' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vídeo 3: Wall Acc Pos Hold</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dy-OmL9-WhbP7gQMxRhAY-eMSoAXrH_TYs_vCGKyS9jSPz6uT76bP1u0UXPWlF5_aW-4PsyWinuHDu4IFmBAw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vídeo 4: Wall Acc Pos</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Esses são apenas alguns exemplos sobre estabilidade para auxiliar na mecânica do <i>sprint. </i>Se o atleta não possuir um bom nível de estabilidade tanto estática como dinâmica a sua aceleração também não será a ideal, pois irá acontecer o vazamento de energia, o que irá prejudicar a sua performance e também exaurir as suas fontes de energia cedo demais. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O próximo exercício complementar que podemos elaborar é para a ação dos braços.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwc8xfzaw9TmnBx9OmI0FwmGT13DNyL29LIk-lWh_JV0sdRVw3dy-K19apU6rMRBf84mviPpADHA4g7w3RmlA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vídeo 5: Arm Work</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A ação dos braços é o terceiro fator chave para alcançar o potencial de aceleração total. Como não realizamos qualquer movimento isoladamente, a ação dos braços determinará em grande parte a ação das pernas. Assumindo que temos a mobilidade e o controle motor necessários nos quadris e pernas, produzir atividade potente nos braços estimulará as pernas a acompanharem o processo (FALSONE, 2019).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">No treinamento de força, a intenção do movimento geralmente pode ser traduzida na posição final do exercício. Se isso corresponder a posturas corporais importantes da corrida, haverá maior transferência (BOSCH<i> apud </i>JOYCE & LEWINDON, 2014). </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Seguem mais alguns exemplos:</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dz0zjETjqlq2IIvGFfv6fWu0vme1PNfLUGcreV7nCL8Wp7PdUMzaYEavdGAGY18BLb9D8WnChwJoZ5bl5TtUQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vídeo 6: Single Leg Bridge</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzR6ZZJGqvFCZbDFqpq2KJisReaP9J9p44MiP7aEVHxpMonGTz5cYmYvDFmK0k3a_yNWcSQKSF9m6Ll3q58cQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vídeo 7: Single Leg Bridge Dynamic</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzlyFYA25AJPwoOsBWYYIWlWwuG_F_sMZD6jDELXo4h5n6ZNifasXnC75eLeU7OSU7LM63LVuo6yLiMwAmuHQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vídeo 8: Single Leg Triple Extension</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">No vídeo 8 temos um exercício de força com duas intenções relevantes: a posição final completa do reflexo de extensão e a ausência de rotação na ponta dos pés. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Isto posto, tal como acontece com muitos movimentos esportivos, a forma como o movimento é iniciado geralmente determina o sucesso dos estágios sucessivos desse movimento. No<i> sprint </i>não é diferente. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyVLZsFRjv-uXUsiDqyATKXOzqNOwKnLeoq5B6qOOHTqisQDijZJENv37nUrEQsOK6A65U67lQ7Eb_HS2t2AA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vídeo 9: Sled March</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O vídeo acima é um exemplo de como desenvolver força inicial e aplicação de força na direção específica do <i>sprint.</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Exercícios e habilidades que aumentam a rigidez dentro do sistema, desenvolvem movimentos poderosos do quadril e minimizam os vazamentos de energia no tronco são fundamentais. O último vídeo trás um exemplo para isso.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzpT4jwczcdn4SezzOJcCJDTwaV3camuatGeK7_n8qqNrkbxZeWGv8zxPKmETUpfNmzW9WAdNEzOqdldrRNLg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vídeo 10: Overhead ViPR March</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A principal intenção deste exercício é enraizar o conceito de altura máxima do quadril ao longo de todo o ciclo da passada. A má postura normalmente resultará em uma posição vertical mais baixa do quadril que não permite uma extensão poderosa do quadril. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Espero que tenha conseguido contribuir mesmo que minimamente sobre um assunto tão atual e desafiador como é a questão do <i>sprint</i> no futebol.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Referências</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b><br /></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">BOSCH, F. <b>Fine-tuning Motor Control</b> <i>in </i>JOYCE, D.; LEWINDON, D. (ed.) <b>High-Performance Training for Sports: </b>the authoritative guide for ultimate athletic conditioning. Champaign: IL, Human Kinetics, 2014. p. 113-126.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">FALSONE, S. <b>Reduzindo o tempo da reabilitação ao desempenho.</b> Rio de Janeiro: FitnessPro Education, 2019. </span></div></div></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-30142305874925716592022-10-10T16:54:00.000-03:002022-10-10T16:54:40.134-03:00SPRINT: HERÓI OU VILÃO?<p><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIXzJASuUXdk1rgyB2EWsRpF1aGAHHTUJ1IdpE-OjogG364_jiZhv9SEYWXB2D0vGOirt0EudKhPBqIA8jUiS9zZjcujiZ1rQT_8yJWrRVByAnkgsKxZydIoPkF4dj7E5aO_Cw4nFBH338UEPbmnrheCAJTKE_EeFD4kqd1nRTd6aZ647pRkLmuQX-sg/s1080/SPRINT.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIXzJASuUXdk1rgyB2EWsRpF1aGAHHTUJ1IdpE-OjogG364_jiZhv9SEYWXB2D0vGOirt0EudKhPBqIA8jUiS9zZjcujiZ1rQT_8yJWrRVByAnkgsKxZydIoPkF4dj7E5aO_Cw4nFBH338UEPbmnrheCAJTKE_EeFD4kqd1nRTd6aZ647pRkLmuQX-sg/w400-h400/SPRINT.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1: Ação de <i>Sprint</i></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;">No futebol quando tratamos do assunto velocidade temos que ter em mente sobre qual espectro da manifestação da velocidade estamos nos referindo. Pois, os fatores estruturais a ela vinculados são </span>vários<span style="font-family: inherit;"> e temos uma descrição de Benedek/Palfai (1980<i> apud </i>WEINECK, 2000 p.355) que irá nos nortear sobre o tema. </span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><blockquote><span style="font-family: inherit;">A velocidade do jogador de futebol é uma </span>capacidade<span style="font-family: inherit;"> verdadeiramente múltipla, a qual pertencem não somente o reagir e agir rápido, a saída e a corrida rápidas, a velocidade no tratamento com a bola, o <i>sprint </i>e a parada, mas </span>também o reconhecimento e a utilização rápida de certa situação. </blockquote><p>Destarte, apoiados nessa descrição sobre as características das exigências da velocidade no futebol, algumas capacidades importantes nos vêm à mente, são elas:</p><p></p><ul><li>Velocidade de Percepção;</li><li>Velocidade de Antecipação;</li><li>Velocidade de Decisão;</li><li>Velocidade de Reação;</li><li>Velocidade de Movimentos sem Bola;</li><li>Velocidade de Ação com Bola; e</li><li>Velocidade-Habilidade.</li></ul>Para ficarmos dentro do tema desta publicação vamos nos debruçar sobre a velocidade de movimentos sem bola. Onde teremos velocidade cíclica e velocidade acíclica.<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ58uOEvBD9_i6BPAcNRkTnve8j07j7465cm7TGo7AAcJLMiEiKH94RZ-4PZaknfxLsWiAs29SRO4GNnUUrKyOdDN5_gIGTjxKtZA5qhDVOvYNXUExvBN0b7HLQpsjAtoBo6hXewyI7uU4cJsZ7Cvk7QvkzQAcaJ69vZ8oj4KteemOtNbEjW--yYVDiQ/s1080/SPRINT%20Velocidade%20.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ58uOEvBD9_i6BPAcNRkTnve8j07j7465cm7TGo7AAcJLMiEiKH94RZ-4PZaknfxLsWiAs29SRO4GNnUUrKyOdDN5_gIGTjxKtZA5qhDVOvYNXUExvBN0b7HLQpsjAtoBo6hXewyI7uU4cJsZ7Cvk7QvkzQAcaJ69vZ8oj4KteemOtNbEjW--yYVDiQ/w400-h400/SPRINT%20Velocidade%20.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 2: Velocidade de movimentos sem bola e suas subcategorias <br />em relação às ações em campo. Adaptado de Weineck, 2000<br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Os exemplos práticos que podemos elencar quanto a velocidade de movimento acíclica no futebol são:</span></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><span style="font-size: medium;">Movimentos de frenagem (parada);</span></li><li><span style="font-size: medium;">Fintas de corpo (gato);</span></li><li><span style="font-size: medium;">Saltos;</span></li><li><span style="font-size: medium;">Giros; e </span></li><li><span style="font-size: medium;">Mudança de direção (CoD).</span></li></ul><span style="font-size: medium;">Na velocidade de movimentos cíclicos, teremos:</span></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><span style="font-size: medium;">Corrida para a bola e/ou adversário;</span></li><li><span style="font-size: medium;">Soltar-se/desprender do adversário;</span></li><li><span style="font-size: medium;">Corrida com salto e/ou cabeceio; e</span></li><li><span style="font-size: medium;">Corrida do goleiro para saltar e defender o gol.</span></li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Basicamente a definição de <i>sprint </i>é a capacidade de aceleração em curtas distâncias. Ao lado da resistência aeróbia e da anaeróbia, a capacidade de <i>sprint</i> representa no futebol a capacidade física de maior importância. Pois, os jogadores que marcaram gols realizam <i>sprints </i>cíclicos (lineares) em 45% destas ações, sendo na sua maioria sem adversários e sem posse de bola (FAUDE, et al., 2012). Essas ações na sua grande maioria acontecem em até 25 metros. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;">Outro fator de</span> extrema relevância para o futebol relacionado ao <i>sprint </i>é que, essa ação é o principal mecanismo de lesão muscular no futebol. Série de estudos comprovaram que a maioria das lesões de 61% a 68% que ocorrem no grupo muscular isquiotibiais acontecem durante um <i>sprint </i>(ação de alta intensidade) (BROOKS, et al., 2006). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Os isquiotibiais desempenham um papel crucial na produção de força horizontal e na absorção de energia e, portanto, são um grupo muscular fundamental ao correr em altas velocidades. Durante a corrida, os isquiotibiais são altamente ativados na fase inicial de apoio, onde ocorre o contato inicial e, em particular, durante a fase final do balanço. Durante a fase final do balanço, a ativação dos isquiotibiais é duas a três vezes maior do que nas fases iniciais da corrida (fase de aceleração e velocidade absoluta). Os isquiotibiais sofrem contração excêntrica durante esta fase, que envolve o alongamento dos músculos durante a contração e a absorção do trabalho mecânico que está sendo concluído (SHAH, et al. 2022).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">De acordo com a terceira lei de Newton, toda ação apresenta uma reação igual e oposta. Como o <i>sprint </i>não é uma habilidade natural e sim uma habilidade adquirida, não podemos apenas querer que nossos jogadores corram em altas velocidades sem antes auxiliá-los a aplicar a força de maneira adequada no solo e esperar que ele te devolva uma força igual e proveitosa. Embora existam várias sutilezas biomecânicas envolvidas, o<i> sprint </i>compreende quatro componentes principais:</span></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><span style="font-size: medium;">Posição do Corpo;</span></li><li><span style="font-size: medium;">Ação das Pernas;</span></li><li><span style="font-size: medium;">Ação dos Braços; e </span></li><li><span style="font-size: medium;">Dorsiflexão do Tornozelo.</span></li></ul><span style="font-size: medium;">E também, mas não menos importante estão os aspectos anatômicos e fisiológicos. A velocidade de contração do músculo é, em geral, dependente da disponibilidade de fibras de contração rápida ou fibras do tipo II. As diferentes <i>performances </i>no setor da capacidade de aceleração justificam-se por características genéticas e por fatores coordenativos, mas, sobretudo, por diferentes níveis iniciais de força máxima. A velocidade máxima do jogador de futebol depende muito do tipo e da quantidade de reserva de energia da sua musculatura de trabalho (membros inferiores), tanto quanto da sua possível velocidade de mobilização. Cientificamente, a capacidade alática pode ser verificada por meio da velocidade da corrida, em um nível de 6 mmol/l de lactato. Nesse ponto, jogadores que produzem pouco lactato em <i>performance</i> de <i>sprints </i>curtos demonstram alta capacidade alática ou, então, capacidade de <i>performance</i> de <i>sprint</i> (HELLWIG, et al., 1988 <i>apud </i>WEINECK, 2000 p. 383). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Destarte, a corrida em alta velocidade (<i>sprint</i>) representa um parâmetro sobre o qual podemos agir para reduzir o risco de lesão no grupo muscular isquiotibiais. Devemos estar atentos a cinemática da corrida, como por exemplo, maior inclinação pélvica anterior e flexão lateral torácica durante a fase de balanço e cinética com menor capacidade de produção de força horizontal durante o <i>sprint</i> estão associados a maior risco de lesão dos isquiotibiais. Outra coisa, um treinamento de resistência de velocidade realizado mais de uma vez por semana piora a resistência aeróbia, ocorrendo o mesmo com as qualidades de velocidade e força rápida. Posteriormente, a exposição ideal a máxima ou quase máxima a velocidade de corrida é sugerida como um fator de proteção. Uma vez que, um aumento agudo e rápido no volume de corrida está associado a lesões nos isquiotibiais, a falta de treinamento de <i>sprint </i>regulamentar e preparatório pode induzir um maior risco de lesões relacionadas ao <i>sprint </i>(EDOUARD, et. al., 2022).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Isto posto, o <i>sprint </i>não é herói e muito menos vilão, ele pode ser os dois! O futebol se atualizou e uma das suas principais características é o aumento das ações em alta velocidade e muitas vezes isso deixa as comissões técnicas em xeque, fazendo com que estes evitem expor seus jogadores as ações de <i>sprint </i>durante as sessões de treinamento. Para solucionar este problema a questão sempre será a quantidade e a qualidade da exposição, juntamente com as individualidades de cada jogador (força dos isquiotibiais; minutagem; tipos de fibras musculares).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!<br /></span><br /></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-size: large;"><span style="font-size: medium;">Referências</span></b></div></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: medium;"><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; text-align: start;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">BROOKS, JH. FULLER, CW. KEMP, SP, REDDIN, DB. <i>Incidence, risk, and prevention of hamstring muscle injuries in professional rugby union.</i> <b>Am J Sports Med.</b> 2006 Aug;34(8):1297-306. doi: 10.1177/0363546505286022. Epub 2006 Feb 21. PMID: 16493170.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; text-align: start;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; text-align: start;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">EDOUARD, P., MENDIGUCHIA, J., GUEX, K., LAHTI, J., CAROLINE, P., SAMOZINO, P., MORIN, JB. <i>Sprinting: a key piece of the hamstring injury risk management puzzle. </i><b>British Journal of Sports Medicine, </b>08:04, 2022.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">FAUDE, Oliver; KOCH, Thorsten & MEYER, Tim. <i>Straight sprinting is the most frequent action in goal situations in professional football.</i> <b>Journal of Sports Sciences</b>, 30:7, 625-631, 2012.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(33, 33, 33); text-align: start;">SHAH S, COLLINS K, MACGREGOR LJ. The Influence of Weekly Sprint Volume and Maximal Velocity Exposures on Eccentric Hamstring Strength in Professional Football Players. <b>Sports (Basel),</b> 2022.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">WEINECK, Jürgen. <b>Futebol total: </b>o treinamento físico no futebol. Guarulhos, SP: Phorte, 2000.</span></div></td></tr></tbody></table></span></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-33753652233484925492022-10-03T17:17:00.000-03:002022-10-03T17:17:13.512-03:00RECUPERAR TREINANDO E TREINAR RECUPERANDO<p style="text-align: center;"> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEink6WYoeXVEiU_QdW7QlKhTwNvVa1FKCuyzNuuUlLhQYSKFRreiw0Dbht7AaYrtvl7FQJnm6J4O6q7CYST2D-SV_M_O_kaKIWdnQBo5OSwsBihUumSs6pcjTUuLxkCmZmnSu42wdAQnBPEVmTdIzGdgagyOl0-fh6dUlIW9dkbkPpHquR3qPOpRz3zlQ/s1080/PRINC%C3%8DPIO%20ALTERN%C3%82NACIA%20HORIZONTAL.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEink6WYoeXVEiU_QdW7QlKhTwNvVa1FKCuyzNuuUlLhQYSKFRreiw0Dbht7AaYrtvl7FQJnm6J4O6q7CYST2D-SV_M_O_kaKIWdnQBo5OSwsBihUumSs6pcjTUuLxkCmZmnSu42wdAQnBPEVmTdIzGdgagyOl0-fh6dUlIW9dkbkPpHquR3qPOpRz3zlQ/w400-h400/PRINC%C3%8DPIO%20ALTERN%C3%82NACIA%20HORIZONTAL.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1 Morfociclo Padrão com jogos aos domingos<br />Adaptado de TAMARIT, 2013.<br /><br /></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Em se tratando de futebol um dos assuntos mais comentados é sobre essa operacionalização dos dias entre treinos e jogos nas competições. Pois, no nosso país temos um calendário congestionado e por sua extensão territorial (um país continental) dificulta ainda mais essa questão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Como a figura 1 nos mostra, temos os dias de uma semana civil para operacionalizar os treinos e tentar garantir aquisição e evolução a equipe quando os jogos são aos domingos. Neste caso específico vamos tratar da seguinte forma, o jogo aconteceu no domingo, então no dia +1 (segunda-feira no caso), a recuperação será passiva, pois, um fator muito importante é a fadiga mental. Destarte, tanto técnico como jogadores normalmente no dia após o jogo ainda estão fadigados mentalmente (principalmente após um resultado adverso) e o trabalho não será no mais alto nível.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Vamos nos debruçar nessa publicação sobre o dia +2 (terça-feira). A unidade de treino conta ainda com um regime de recuperação. Desta forma, os jogadores ainda se encontram em um processo de recuperação em relação ao jogo passado, o objetivo desse dia é que se recuperem em especificidade. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Um exemplo prático será mostrado na sequência:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKiQJSzJsLRKPSF8WLRCVs1WjITfrrKL_Lipg1xrWUf9X539zvqLGtKiYSl6Y0vOC42h0ejjrpZUMcYH4FXF7tHeUtZxYKYmUjnRjBsDwERSxLwwN7NZVPbFWNcsbZ9U9z3LS3FXjqAeIrmpY-WZ185UBMglnLjcn6-LYzT3q51DhMRdTU4swpGUw-dA/s1080/Jogo%20Fractal%20Recuperativo%20.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKiQJSzJsLRKPSF8WLRCVs1WjITfrrKL_Lipg1xrWUf9X539zvqLGtKiYSl6Y0vOC42h0ejjrpZUMcYH4FXF7tHeUtZxYKYmUjnRjBsDwERSxLwwN7NZVPbFWNcsbZ9U9z3LS3FXjqAeIrmpY-WZ185UBMglnLjcn6-LYzT3q51DhMRdTU4swpGUw-dA/w400-h400/Jogo%20Fractal%20Recuperativo%20.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Campograma 1<br /><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;">Um jogo 10 VS 6 (nos 10 estarão os jogadores que mais atuaram durante a partida de domingo), nos 6 estarão jogadores que atuarão menos durante a partida e/ou não atuarão. A equipe em superioridade numérica tem o objetivo de circular a bola e realizar movimentações para que a bola chegue até um companheiro que está mais à frente e a conduza após a linha demarcatória sofrendo oposição dos jogadores em inferioridade numérica (azuis) que realizarão marcação da saída de bola. O objetivo do trabalho está diretamente ligado a Subprincípios que a equipe deve melhorar devido à partida </span>anterior<span style="font-family: inherit;"> (bem ou mal) e o que prevemos que acontecerá na próxima partida. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;">Quanto ao tempo de estímulo deve ser curto, justamente para mobilizar os </span>aspectos<span style="font-family: inherit;"> bioenergéticos necessários por meio da síntese do ATP-PCr e os intervalos de recuperação são primordiais para garantir a adequada ressíntese do ATP-PCr oriunda do metabolismo aeróbio, de modo que os jogadores estejam em estados ótimos para desempenhar as repetições subsequentes dos trabalhos. Para que os jogadores se recuperem em especificidade, o padrão dos tipos de contrações musculares não deve representar um elevado nível de tensão, duração e velocidade (já para à equipe em inferioridade numérica isso será no caminho inverso). Nessa sessão de trabalho, ela deve assumir uma característica mais descontínua, com tempos menores de exercitação e intervalos de recuperação </span>maiores. Pois, se esse perfil não for respeitado, não haverá garantia de que o metabolismo dominante seja, de fato, o anaeróbio aláctico. O objetivo é otimizar a relação entre exercitação/recuperação, de maneira a maximizar a coordenação metabólica entre a síntese e a ressíntese do ATP, de modo que os jogadores tenham a matriz de jogo incorporada em especificidade com os conjuntos de tomadas de decisão eficazes em relação aos princípios e aos subprincípios de jogo (mas nesse dia de forma menos complexa) (PIVETTI, 2012).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Nessa sessão de trabalho utilizaremos de 3 a 5 exercícios com duração de 10 a 15 minutos cada. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Sempre buscando a harmonia entre recuperar treinando e treinar recuperando.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">TAMARIT, Xavier. <b>Periodización Táctica VS Periodización Táctica: </b>Vítor Frade aclara, MBF, 2013</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">PIVETTI, Bruno.<b> Periodização tática</b>: o futebol arte alicerçado por critérios. São Paulo: Porte, 2012.</span></div></td></tr></tbody></table></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-68173375227350780372022-09-26T16:31:00.000-03:002022-09-26T16:31:06.665-03:00GESTÃO DOS BINÔMIOS ESFORÇO DESEMPENHO / ESFORÇO RECUPERAÇÃO NO FUTEBOL<p><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXCZdYoGCYfb0Ntom3mEkPI2OQyxoqGoRX9lY7WlVrToBbyklDGogNQKCUXBXRC2ESczL8R-cC1I96jA0pO-J_E7-Ur8p8YQqLACErbXf6feSNMlLzevREOxj1eT1t1VPWNKMnaD7G3VSNSMifHjZOesR_SJdjBRi8vqLEPDEqna0BIH7lXLgX5tBcOA/s1080/Princ%C3%ADpio%20da%20altern%C3%A2ncia%20horizontal%20em%20especificidade.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXCZdYoGCYfb0Ntom3mEkPI2OQyxoqGoRX9lY7WlVrToBbyklDGogNQKCUXBXRC2ESczL8R-cC1I96jA0pO-J_E7-Ur8p8YQqLACErbXf6feSNMlLzevREOxj1eT1t1VPWNKMnaD7G3VSNSMifHjZOesR_SJdjBRi8vqLEPDEqna0BIH7lXLgX5tBcOA/w400-h400/Princ%C3%ADpio%20da%20altern%C3%A2ncia%20horizontal%20em%20especificidade.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1: Morfociclo Padrão com Jogos aos Domingos<br />Adaptado de Tamarit, 2013.<br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Qual é a quantidade de esforço para as cadeias musculares dos membros inferiores durante o treinamento que eu programei? Qual é a qualidade desse trabalho? Após essa tarefa, qual o próximo treinamento posso desenvolver sem agravar a fadiga?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Com base nessas três questões quero levantar um debate sobre a gestão dos binômios esforço desempenho/esforço recuperação com você leitor. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">No futebol e em qualquer outra atividade física desportiva, treinamos para melhorar a forma de adaptação. E, segundo a teoria e metodologia do treinamento desportivo, temos diferentes tipos de adaptação:</span></span></div><div style="text-align: justify;"><ol><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"> Fenômenos de adaptação morfológicos;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Adaptações biopositivas e bionegativas;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Sistemas de adaptação rápida e lenta;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Adaptações específicas e não especifícas.</span></li></ol><span style="font-size: medium;">Neste caso específico, vamos nos ater no item 2, adaptações biopositivas e bionegativas. Segundo Weineck, 2005, p. 14:</span></div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">... se os estímulos forem apresentados qualitativa e quantitativamente de forma - observando-se a capacidade de receber carga de cada sistema biológico -, resulta uma melhora da capacidade de desempenho, pela formação de novas estruturas de suporte (adaptação biopositiva), mais propícias a um bom desempenho. Um excesso de estímulos, por outro lado, leva a uma adaptação bionegativa - também chamada de <b>má adaptação</b> - e apresenta uma exigência exagerada do sistema, com momento de prejuízo.</span></blockquote><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Se não soubermos quantificar a dosagem do esforço que uma atividade terá sobre a musculatura exigida, poderemos causar uma adaptação bionegativa no jogador se, não dermos o tempo de descanso necessário para essa musculatura.</span></p></div><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMuxnDLXFaJKKEiH6txIBOycMF_CwV6_pyYaWtGlrIbVprp7UOlVaGszYugQe9OnWogfxBHysuMKARrZnhL7s8obpNdYl9LaBmvp-MlTPjnY5IOCb87XbyTJy9tZD9yM-UayQEtRJfsl6Z/s1600/Supercompensa%25C3%25A7%25C3%25A3o.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMuxnDLXFaJKKEiH6txIBOycMF_CwV6_pyYaWtGlrIbVprp7UOlVaGszYugQe9OnWogfxBHysuMKARrZnhL7s8obpNdYl9LaBmvp-MlTPjnY5IOCb87XbyTJy9tZD9yM-UayQEtRJfsl6Z/s400/Supercompensa%25C3%25A7%25C3%25A3o.JPG" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;">Fig. 2: Supercompesação</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Na figura acima podemos observar isso no sistema muscular (a) no sistema ligamentar e de sustentação (b) e após uma recuperação incompleta (c). Se isso não for respeitado, muito provavelmente os jogadores estarão trabalhando sempre em um processo aquém do que seriam capazes. Destarte, derrotas começam a surgir e o que se faz, aumentam as demandas físicas de trabalho.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Se estamos tratando do tema gestão dos binômios esforço desempenho/esforço recuperação, temos que comentar sobre o tempo, correto? Segundo Prigogine (2002, p. 21) "o reaparecimento do paradoxo tempo deve-se essencialmente a dois tipos de descobertas. O primeiro consiste na descoberta das estruturas de não equilíbrio, também chamadas de 'dissipativas'. (...)". A estrutura dissipativa só existe quando o sistema dissipa energia e permanece em interação com o mundo exterior, é isso que ocorre quando se pratica futebol. O sistema busca equilíbrio e as atividades que propomos causam desequilíbrios ao sistema (fadiga). Assim surge, outro fenômeno, o da auto-organização. De acordo com Morin (2013, p. 282-283) o fenômeno da auto-organização refere-se à aptidão de um sistema para criar novas estruturas e estabelecer um nível novo de ordem e organização, após sofrer perturbações aleatórias, de maneira que quanto mais complexos forem os comportamentos do sistema, mais ele manifestará capacidade para se adaptar em relação ao entorno.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Trabalhar o entorno, não é mudar de terreno, mas, ter a percepção de que, a movimentação dos jogadores da sua equipe e da equipe contrária como condicionantes da atuação individual do futebolista, pois, os princípios dinâmicos da tomada de decisão e de como esta surge da interação entre neurônios interconectados, se baseiam em modelos em que a decisão se associa a uma transição entre atratores, ou estados estáveis, da rede. Esta transição entre estados é induzida por "<i>inputs"</i> seletivos associados a um estímulo, que modifica a paisagem dos atratores do sistema, favorecendo a transição entre o atrator neutro e um atrator seletivo, associado a uma escolha categórica (MARTI ORTEGA <i>apud </i>POL, 2013, p. 25). E, esse processo desgasta mais do que apenas o aspecto físico. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Apoiados na figura 1, temos o Morfociclo Padrão da metodologia de treino Periodização Tática e nele, temos o Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade que será fundamental para entender, em parte, a essência da Periodização Tática quanto a dimensão física, se diferenciando da lógica convencional. Vítor Frade (<i>apud </i>TAMARIT, 2013, p. 44),</span></div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="font-size: medium;">... o esforço advém de você ter que contrair músculos, ter que se mover e, por tanto, como há três indicadores que caracterizam o modo de manifestação das contrações musculares e sendo diverso o modo em relação ao prolongamento de suas manifestações e a sua fadiga, então há que calibrar bem. É a garantia de extremar ou maximizar, diagnosticando assim, em um dia um desses indicadores, no outro dia esse não, e no outro, outro. </span></blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU0KFAWR14P0LC41yGwkF7ZNio2v6xNmzpYh0cAXcf1yKDwEQj0yAkrQn_3Qul07FBzqEq8hMfvbcqB3rE_xVTW_8rQwUO3j0ubEdh_r7ohuI1pSpRxQVGd8iTO4Jk3PCEXpchhIA9akXb-IFlrFLPDcriwazC60GE_-CQKFyc_zLXZLBWx6RvbY_sZg/s1080/CONTRA%C3%87%C3%95ES%20MUSCULARES.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU0KFAWR14P0LC41yGwkF7ZNio2v6xNmzpYh0cAXcf1yKDwEQj0yAkrQn_3Qul07FBzqEq8hMfvbcqB3rE_xVTW_8rQwUO3j0ubEdh_r7ohuI1pSpRxQVGd8iTO4Jk3PCEXpchhIA9akXb-IFlrFLPDcriwazC60GE_-CQKFyc_zLXZLBWx6RvbY_sZg/w400-h400/CONTRA%C3%87%C3%95ES%20MUSCULARES.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Fig. 3: Contrações das cadeias musculares dominantes</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Adaptado de Guilherme Oliveira, 2010</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Para Jorge Maciel (<i>apud</i> TAMARIT, 2013, p. 45) "a diferença dos regimes de desempenho envolvidos nos diferentes dias se faz levando em conta a fractalização das várias dimensões que compõe o jogar".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">As contrações musculares se caracterizam por sua duração, velocidade e tensão. É sabido que durante todo exercício estas três interagem de maneira conjunta e sistemática, também sabemos que algumas aumentam sua dominância perante outras dependendo das ações (objetivos dos treinos de futebol) que se realizam (TAMARIT, 2013). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span>Jorge Maciel </span><span>(</span><i>apud</i><span> TAMARIT, 2013, p. 46) faz um relato sobre esse princípio de treino, assim, </span><span>"se trata de uma alternância horizontal por se referir a necessidade de variação dos contornos do jogar e da gestão dos binômios Esforço Desempenho e Esforço Recuperação, que devem ser verificados ao longo dos vários dias que compõe o Morfociclo."</span></span><span style="font-size: large;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Doravante, Frade (<i>apud</i> TAMARIT, 2013, p. 131) nos alerta para o estado de falência circunstancial do funcionamento de qualquer átomo ou de qualquer órgão é um estado de parabiose. Este é um processo que relata a união de elementos vivos. Neste caso, representa os estímulos qualitativos do treinamento e com o propósito de articulação que este fenômeno desencadeia, após a desestruturação gerada, faz emergir uma determinada engendração conforme o estímulo que a motivou. Se trata de um processo de auto-organização que concebe o organismo e suas partes constituintes como estruturas dissipativas susceptíveis para aspirarem níveis de complexidade crescentes. Em si, não se respeitando isso, ocorrerá a "paranecrose" (FRADE <i>apud</i> TAMARIT, 2013, p. 131) que é o fenômeno análogo do descrito na parabiose, pois seus efeitos, pela diferença qualitativa há nível de estímulo, pela não devida contemplação do tempo de recuperação, motiva a morte dos elementos vivos, e sua consequente perda de complexidade por parte do sistema.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Em suma, olhando para esse cenário de gestão dos binômios de esforço desempenho e esforço recuperação é importante entender que, após três dias depois da partida a equipe não está totalmente recuperada, desta forma, as atividades programadas devem ser pensadas para não agravar o processo de recuperação. Deve-se privilegiar contrações musculares com aumento significativo da tensão, mas sem esquecer de recuperar (muito descontínuo). Deve haver um grande número de contrações excêntricas (isso logicamente para aquele grupo de jogadores que jogou a maior parte do tempo da partida). Para os outros, isso será assunto para outro dia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>Referências</b><br /><br />MORIN, Edgar. <b>Ciência com consciência. </b>15 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.<br /><br />PRIGOGINE, Ilya. <b>As leis do caos. </b>São Paulo: Editora UNESP, 2002.<br /><br />POL, Rafel. <b>La Preparación Física en el fútbol. </b>El processo de entrenamiento desde las ciencias de la complejidad. MC Sports, 2013.<br /><br />TAMARIT, Xavier. <b>Periodización Táctica VS Periodización Táctica:</b> Vítor Frade aclara. MBF, 2013.<br /><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">WEINECK, Jürgen. <b>Biologia do Esporte. </b>7 ed. Barueri - SP: Manole, 2005. </span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div></td></tr></tbody></table>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-36124350005299712162022-09-19T16:29:00.000-03:002022-09-19T16:29:56.284-03:00MODELO DE CARGAS SELETIVAS VS PERIODIZAÇÃO TÁTICA<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGKJoQh2uy-2XtGqEF_Bq6Pf4SocaK6Ie0yeyOguiSnGMEac-F_2oZWfMgGc1RryUh6IZYXMr6MgflA6XsI-FIPYOJ9I2XUWr9myC3rfN3RWEf8G4JAAcSmkPX82ZHE5FxxdbRYRYQaSKDgWTUledCzaVInJa7XVhMgfkqyv-NvgGc0BEBDQvvgVEsAw/s1080/treine%20como%20um%20atleta%20(5).png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGKJoQh2uy-2XtGqEF_Bq6Pf4SocaK6Ie0yeyOguiSnGMEac-F_2oZWfMgGc1RryUh6IZYXMr6MgflA6XsI-FIPYOJ9I2XUWr9myC3rfN3RWEf8G4JAAcSmkPX82ZHE5FxxdbRYRYQaSKDgWTUledCzaVInJa7XVhMgfkqyv-NvgGc0BEBDQvvgVEsAw/w400-h400/treine%20como%20um%20atleta%20(5).png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1 Antônio Carlos Gomes (esquerda) Vítor Frade (direita) </td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"></div><blockquote><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: medium;">(...) O êxito</span><span style="font-size: medium;"> </span><span style="font-size: medium;">no futebol tem mil receitas. O treinador deve crer numa, e com ela seduzir os seus jogadores.</span><br style="font-size: medium;" /><div style="font-size: medium; text-align: right;"><span style="font-family: inherit;">Valdano</span></div></span></div></span></blockquote><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em se tratando de futebol não podemos deixar de pensar nas várias formas de se preparar/treinar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">No Brasil foi criado um modelo de periodização (Prof.: Dr. Antônio Carlos Gomes) para atender o calendário dos desportos coletivos, principalmente, o futebol, que, por apresentar uma grande quantidade de jogos na temporada, dificulta a distribuição das cargas de treinamento no macrociclo. O modelo nasce em virtude de o futebol não apresentar tempo hábil (grande reclamação dos treinadores no início do ano) para uma boa preparação dos jogadores antes do início da temporada (GOMES, 2009).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">Como os jogos desportos coletivos de invasão (JDCI), de forma geral, não exigem o desenvolvimento das capacidades máximas e, sim, submáximas, nos últimos anos, foi elaborado um modelo de organização de cargas na temporada que permanece durante todo o ciclo com o volume inalterado, procurando uma forma de qualificação durante toda a temporada e alternando as capacidades de treinamento a cada mês durante o ciclo competitivo (GOMES, 2009).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">No Modelo de Cargas Seletivas, o principal alvo do aperfeiçoamento no treinamento está nas capacidades de velocidade. Pois, na prática, verifica-se que o ciclo anual de 52 semanas deve ser subdividido em duas etapas, caracterizando, assim, uma periodização dupla com duração de 26 semanas cada (GOMES, 2009).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">Com esse sistema, o volume do treinamento oscila muito pouco durante todo o ciclo anual de competições; consequentemente, a forma desportiva apresenta uma tendência de melhora durante toda a etapa, diminuindo na fase de pré-temporada em razão de uma pequena redução do volume no início da segunda etapa competitiva. O período competitivo no futebol varia de 8 a 10 meses no ano, com uma quantidade de 75 a 85 jogos na temporada (GOMES, 2009).</span></span></div></span><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A essência da prática do futebol, não exige o desenvolvimento e o aperfeiçoamento das capacidades físicas no seu máximo. Por outro lado, trata-se de um desporto que, na sua atividade competitiva, caracteriza-se pelos esforços intermitentes executados em velocidade, com alto volume de diversas capacidades físicas e que exige capacidade anaeróbica e aeróbica (mista). Além da força e da resistência especial, utiliza também a flexibilidade para a execução dos movimentos técnicos exigidos pelo jogo (GOMES, 2009). O autor segue relatando que:</span></div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="font-family: inherit;">No futebol moderno, o técnico tem dificuldades de prescrever o conteúdo do treinamento, pois o calendário apresenta uma grande quantidade de jogos em âmbito regional, nacional e internacional que devem ser disputados com alto rendimento devido aos sistemas utilizados na classificação.</span></blockquote><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Em Portugal Vítor Frade criou uma outra forma de periodizar/organizar o treinamento de futebol, a Periodização Tática. Para esse autor </span><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">o futebol é um jogo de dinâmicas cuja invariante estrutural é a Interação. Partindo desta perspectiva, o jogar é uma totalidade que resulta das interações dos jogadores e por isso, não deve ser interpretado como um somatório de acontecimentos aleatórios porque se inscreve num contexto coletivo. </span></p><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">E quando nos referimos a Periodização Tática, não podemos esquecer que esta metodologia de treinamento em futebol, é norteada pelo Modelo de Jogo. E, o Modelo de Jogo em futebol é normalmente mal entendido. Muitos falam dele como sendo, o Sistema ou Esquema de Jogo empregado, ou, distribuição inicial adotada pelos jogadores no terreno de jogo (TAMARIT, 2007).</span></p><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Corroboro com Tamarit (2007) que o Modelo de Jogo é muito mais do que isso. O autor cita uma definição de Portolés (2007) para explicar melhor o conceito de Modelo de Jogo:</span></p><p></p><blockquote><span style="font-family: inherit;">[...] um Modelo de Jogo é algo que identifica uma equipe determinada. Não é só um Sistema de Jogo, não é o posicionamento dos jogadores, mas, é a forma como esses jogadores se relacionam entre si e como expressam sua forma de como veem o futebol.</span></blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Destarte, significa dizer que, o Modelo de Jogo é uma visão futura do que pretendemos que a nossa equipe realize de forma regular nos diferentes momentos do jogo (Organização Ofensiva, Transição Defensiva, Organização Defensiva e Transição Ofensiva).</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="text-align: justify;">Assim, a natureza do jogo caracteriza-se pela dinâmica das relações de cooperação dos colegas da equipe para transcender os próprios adversários e por isso, os problemas que se colocam às equipes e jogadores são de natureza tática (Frade, 1989 apud Gomes, 2006). Através deste conceito, enaltecemos que a adequabilidade da decisão é fundamental para resolver as dificuldades impostas pelo adversário e por isso, as exigências coletivas e individuais que se colocam são de ordem tático-técnicas, e não, técnico-tático, como sempre escutamos (GOMES, 2006). </span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="text-align: justify;">Em relação ao Modelo de Cargas Seletivas, o seu criador Prof.: Dr. Antônio Carlos Gomes (2009), relata que:</span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"></span></span></p><blockquote><span style="text-align: left;"><span><span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Os exercícios técnicos e os táticos devem estar inseridos em todo o processo do treinamento, destinando a maior parte do tempo a essas ações, pois é nelas que ocorrerá o aperfeiçoamento ótimo das capacidades competitivas do desportista.</span></span></span></blockquote><p><span style="font-size: medium;">Percebe-se com esta citação que, o autor tem preocupação de que seu método não seja descontextualizado da especificidade do jogo. Mas, não existe nenhuma referência ao Modelo de Jogo. Só referências específicas sobre as capacidades físicas que os jogadores de futebol devem ter para conseguirem vencer a maratona de jogos da temporada. Isso, de certa forma, nos remete a dicotomia que ainda insiste em se fazer presente no futebol entre o treinador e o preparador físico. Onde um só entende da parte "tática" e o outro só da "física".</span></p><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span>Em contrapartida, quando ouvimos relatos sobre a Periodização Tática, ainda observo certa resistência por parte de alguns profissionais.</span> <span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 18.4px; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Mas, para que possamos compreender melhor esta metodologia de treinamento específica para o futebol, pensando em organização coletiva, Vítor Frade (in Martins, 2003) revela que, a tática resulta deste conceito de Organização e por isso, compreende uma determinada expressão física, técnica e psicológica. Sendo assim, a Tática subentende o desenvolvimento dos princípios de ação da equipe que induzem a adaptações concretas a nível físico, técnico e psicológico. Gomes (2006), nos mostra que, face a este entendimento percebemos que a exacerbação física tem um papel subjugado ao desenvolvimento das relações entre os jogadores para assim, criar uma entidade coletiva e, portanto, uma organização. Deste modo, esta concepção desafia a Teoria Convencional do Treino uma vez que está se preocupa fundamentalmente com as aquisições físicas dos jogadores em detrimento de um entendimento coletivo e das relações que o constituem. E, nisto se enquadra o Modelo de Jogo. O Modelo de Jogo confere um determinado sentido ao desenvolvimento do processo face a um conjunto de regularidades que se pretendem observar. Deste modo, o modelo permite responder à questão: para onde vamos? A pertinência desta questão parece-nos fundamental para desenvolver um processo direcionado para um determinado JOGAR, ou seja, para um processo intencional. A partir dele criam-se um conjunto de referências que definem a organização da equipe e jogadores nos vários momentos do jogo. Deste modo, o modelo orienta o processo para um jogar concreto através dos princípios coletivos e individuais em função do que é pretendido. Neste sentido, trata-se de desenvolver um jogar Específico e não um jogar qualquer (Gomes, 2006).</span> </span></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="text-align: justify;">Ao analisar os dois modelos de treinamento criados para periodizar a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">performance </i>em futebol, podemos dizer que a primeira (Modelo de Cargas Seletivas) está diretamente preocupado com o caráter físico do jogador e a segunda (Periodização Tática) está preocupado com um JOGAR ESPECÍFICO perspectivado pelo Modelo de Jogo, onde, o técnico assume essa responsabilidade de operacioná-lo durante a semana com o Morfociclo Padrão, que é utilizado da segunda semana de trabalho até a última e, não durante um microciclo, mesociclo ou macrociclo anual. Quanto ao preparador físico nesse cenário, o Modelo de Cargas Seletivas parece ser um terreno mais habitual (não que, não haja trabalhos com bola, muito pelo contrário), mas por se tratar de um conteúdo com o qual estamos mais familiarizados, tanto na graduação como nos cursos de especializações/extensões. Na Periodização Tática, ele precisa estar em sintomia e compreender a ideia de jogo do treinador (o seu pensamento sobre futebol), para que possa trabalhar em conjunto nos aspectos táticos e técnicos e criar exercícios que vão ao encontro dos objetivos do treinador. Sempre deixando bem claro quais são os objetivos do exercício e buscando treinar na intensidade do jogo que se propõe a realizar durante os jogos e campeonato.</span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="text-align: justify;">Mas, temos que ter em mente que, são apenas duas formas de treinar o futebol e, claro que as duas obtêm resultados, mas, a forma de operacionalização de cada uma é totalmente diferente. Uma pautada na física e a outra, pautada no fractal, na complexidade. Que é normal causar estranheza.</span></span></span></p><p style="text-align: justify;">Boa semana!</p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><strong>Referências</strong></span><br style="font-size: medium; text-align: left;" /><strong style="font-size: medium; text-align: left;"><span style="font-family: Times New Roman;"></span></strong><br style="font-size: medium; text-align: left;" /><span style="font-family: inherit; text-align: left;">GOMES, A. C. <strong>Treinamento Desportivo: </strong>estruturação e periodização. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.</span><br style="text-align: left;" /><br style="text-align: left;" /><span style="text-align: left;">GOMES, M. S. <strong>Do Pé como Técnica ao Pensamento Técnico dos Pés Dentro da Caixa Preta da Periodização Táctica </strong>- um estudo de caso-<b> </b>Porto, 2006.</span><br style="text-align: left;" /><span style="font-family: Times New Roman; text-align: left;"></span><br style="text-align: left;" /><span style="font-family: inherit; text-align: left;">MARTINS, F. <strong>A "Periodização Táctica" segundo Vítor Frade:</strong> Mais do que um conceito, uma forma de estar e de reflectir o futebol.<b> </b>FCDEF-UP. Porto, 2003.</span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></span></span></p><p></p></div>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-22056955120628268072022-09-12T17:02:00.001-03:002022-09-12T17:02:20.263-03:00VBT NO FUTEBOL<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAy4up2RGzlW-LNB_zQdnOibyiIBsGm0TedgOS6133bPA1eXqvrL5t3xS4QP7uxGTRnCI_6Om9Myq-9BViILrLJmV4fZwSKFNIy2dfI2a_in6p453mgrQuWHMJncT2blETZb42w_WK8aUcC1pnaD8E3mK9CU5RMwk3rCZi4LetH7UQn3U315LR2GTwTw/s1080/VBT.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAy4up2RGzlW-LNB_zQdnOibyiIBsGm0TedgOS6133bPA1eXqvrL5t3xS4QP7uxGTRnCI_6Om9Myq-9BViILrLJmV4fZwSKFNIy2dfI2a_in6p453mgrQuWHMJncT2blETZb42w_WK8aUcC1pnaD8E3mK9CU5RMwk3rCZi4LetH7UQn3U315LR2GTwTw/w400-h400/VBT.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: medium;">Fig. 1 - <i>Jump Squat</i></span></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">O treinamento baseado em velocidade (do inglês, <i>Velocity Based Training</i> - VBT) é um método para avaliar a intensidade de um determinado movimento através do cálculo do deslocamento e do tempo através do monitoramento da velocidade da barra ou do corpo. Por muitos anos, o método padrão usados pelos preparadores físicos era determinar o peso dessa carga com base em uma porcentagem de uma repetição máxima (1RM). O VBT, por outro lado, é baseado na velocidade de um movimento ou carga levantada (SIGNORE, 2022).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Pesquisa na Espanha revelou algumas descobertas importantes sobre alguns dos benefícios do VBT (GONZÁLEZ-BADILLO e SÁNCHEZ-MEDINA, 2010):</span></div><div><ul style="text-align: left;"><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">As pessoas que treinam com velocidade máxima durante a fase concêntrica de um levantamento ou movimento obtêm melhores resultados de força e potência do que aquelas que não treinam com a velocidade máxima pretendida.</span></li><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">A velocidade diminui de forma bastante linear em um conjunto de exercícios tradicionais de treinamento de força, como supino e agachamento. </span></li><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">A velocidade está intimamente relacionada com a porcentagem do 1RM.</span></li></ul></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O princípio da Adaptação Específica das Demandas Impostas (do inglês, <i>Specific Adaptation of the Imposed Demands</i> SAID) afirma que o treinamento deve criar adaptação ou característica necessária para se destacar no esporte desejado. No entanto, o tipo de adaptação necessária muda mês para mês e de atleta para atleta com base na composição anatômica. Uma das principais vantagens do VBT é a capacidade de atletas e preparadores físicos garantirem que a característica desejada que estão tentando alcançar esteja em desenvolvimento. Cada tipo de força ou característica tem uma velocidade. Se não estamos treinando na zona necessária ou velocidade desejada, então não estamos desenvolvendo força ou característica que estamos perseguindo. É aqui que entram em jogo as zonas de força especiais, vide figura 2 (SIGNORE, 2022). </span></div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpC15yl0XatAPHEPn2zRTS9E9M8Z6Qt42o4b9vLmrLqC9C6DLlgMrbOPmE8vRotZM1tuPU_90rZuY2KZhs7vNln3uwok77Oc3-nJieukzZelpzQ9W_S8SsRMDek9iZWppui3eeUyodu2xhJGl-IDmOe2pEHPkgSppkS9_Bh_5EvgRI-XZT6zxrzUHUiA/s1080/VBT.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpC15yl0XatAPHEPn2zRTS9E9M8Z6Qt42o4b9vLmrLqC9C6DLlgMrbOPmE8vRotZM1tuPU_90rZuY2KZhs7vNln3uwok77Oc3-nJieukzZelpzQ9W_S8SsRMDek9iZWppui3eeUyodu2xhJGl-IDmOe2pEHPkgSppkS9_Bh_5EvgRI-XZT6zxrzUHUiA/w400-h400/VBT.png" width="400" /></span></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: medium;">Fig. 2 - Os tipos de força e onde elas se localizam na curva de Força - Velocidade </span><br />adaptado de Signore, 2022</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O VBT é uma realidade quando o assunto é treinamento de força no futebol. Pois segundo Loturco, et al, 2015, o agachamento com salto (do inglês, <i>Jump Squat,</i> figura 1) é um dos exercícios mais utilizados para melhorar a produção de potência da parte inferior do corpo, o que influencia no desempenho esportivo. O treinamento de força/potência e velocidade para a melhora do desempenho no futebol necessita de um volume baixo, velocidade alta (aproximadamente 1m/s). Conforme na figura 2, o que corresponde na curva força/velocidade a característica de velocidade-força, importantíssima para a prática do futebol e se encaixa perfeitamente na rotina diária de treinamentos. O treinamento com velocidades altas é a forma mais efetiva para se aumentar a potência e a velocidade, sendo também efetivo para o aumento da força (MORRISSEY, et al, 1998). A execução de repetições em altas velocidades impõe demandas metabólicas menores em exercícios tais como extensões de joelho, agachamento, remada e rosca bíceps, em comparação com a execução de repetições com velocidades baixas ou moderadas (BALLOR et al, 1987). Destarte, o treinamento para potência é executado de melhor forma com cargas leves (entre 30% - 40% do peso corporal) em velocidades máximas (WILSON et al, 1993). Cenário perfeito tanto para o pré-treino em academia como exercícios no campo durante um morfociclo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Comenta aqui qual a sua experiência com o VBT. E se você ainda não utiliza, vale muito a pena começar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: medium;">Referências</span></b></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">SIGNORE, N. <b>Velocity Based Training: </b>how to apply science, technology, and data to maximize performance. Champaign, IL: Human Kinetics, 2022.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">GONZÁLEZ-BADILLO, J.J, and SÁNCHEZ-MEDINA, L. 2010. Movement velocity as a measure of loading intensity in resistance training. <i style="font-weight: bold;">International Journal of Sports Medicine. </i>31(5):347-352. www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19966589.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">LOTURCO, I. et, al. 2015. Determining the Optimum Power Load in Jump Squat using the mean propulsive velocity. <b><i>PLoS ONE</i></b> 10:(10):e0140102. https://www.narsp.com.br </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">MORRISSEY, M.C., et al. 1998. Early phase differential effects of slow and fast barbell squat training. <b><i>American Journal of Sports Medicine </i></b>26: 221-230.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">BALLOR, D.L. et al. 1987. Metabolic responses during hydraulic resistance exercise. <b><i>Medicine and Science in Sports and Exercise</i></b> 19: 363-367.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">WILSON, G.J., et al. 1993. The opyimal training load for the development of dynamic athletic performane. <b><i>Medicine and Science in Sports and Exercise</i></b> 25: 1279-1286.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-31257465924300740522022-09-05T17:04:00.000-03:002022-09-05T17:04:15.308-03:00TREINAMENTO CONCORRENTE NO FUTEBOL<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2sFWiiDXOxcZKmBdQf6F7ayxk7gipyasAKq71OJLbveBXDpvLy8A72jEJwWEd4dH98ti6WHe533NhVZYJh9y56fjq9WYQfIivwx4XWm1hMHlGA4paw77L3zONUt1GkNdni8cr1SfPK9OdNpNYlLgYocMOVJVnpXiIbazztLYSSqb4uvQb5u-8tfvtpQ/s1080/treine%20como%20um%20atleta%20(1).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2sFWiiDXOxcZKmBdQf6F7ayxk7gipyasAKq71OJLbveBXDpvLy8A72jEJwWEd4dH98ti6WHe533NhVZYJh9y56fjq9WYQfIivwx4XWm1hMHlGA4paw77L3zONUt1GkNdni8cr1SfPK9OdNpNYlLgYocMOVJVnpXiIbazztLYSSqb4uvQb5u-8tfvtpQ/w400-h400/treine%20como%20um%20atleta%20(1).png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Atualmente o jogo/treinamento de futebol vem sendo dissecado e essas informações estão disponíveis das mais variadas formas, sejam por publicações científicas, divulgações em programas esportivos, entre outros canais.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">No futebol
mundial, os jogadores podem correr em média 10,8 Km com
distâncias em alta velocidade chegando em até
24 <i>sprints</i> altamente intensos e mais de 20 cabeceios e contatos em todo o
período do jogo (aproximadamente 100 minutos).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Fica claro que, a partir de dados de jogos/treinos, que os
atletas são exigidos com uma alta capacidade de metabolismo aeróbico, além da capacidade
de gerar forças significativas estática e dinamicamente em um jogo para
produzir altas velocidades de corrida e acelerações/desacelerações frequentes. Esses atletas
precisam absorver e transmitir ações envolvendo o contato corporal de várias
forças-g.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O treinamento concorrente pode ser definido como o treinamento específico das capacidades de resistência e força em sucessão imediata ou com até 24 horas de recuperação separando os dois modos de exercício. No desenvolvimento do potencial atlético em todos os esportes, unidades de treinamento são construídas e periodizadas para treinar os componentes funcionais críticos para o sucesso esportivo. O tempo de treinamento é uma mercadoria finita; por isso, os preparadores físicos treinam múltiplas capacidades em blocos para maximizar a resposta a este estímulo de treino. Ao treinar concorrentemente tanto as capacidades de resistência quanto de força, pode ocorrer interferência quando o desenvolvimento da outra capacidade comparada ao treinamento de qualquer uma das capacidades de forma independente e isolada.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A pesquisa sobre os efeitos do treinamento concorrente em indivíduos de elite e treinados é mais ponderada para demonstrar um efeito de interferência. Parece que em indivíduos bem treinados, o treinamento concorrente interfere no desenvolvimento de força e potência. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><ul><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">O treinamento concorrente afeta a taxa de desenvolvimento de força ou potência de forma mais significativa do que de força absoluta;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Grandes volumes de treinamento de resistência, em termos de intensidade e frequência, têm o maior impacto no desenvolvimento de força no treinamento concorrente;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">A resistência é apenas minimamente afetada pela introdução do treinamento de força concorrente (STEWART, 2014).</span></li></ul><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Na mesma linha de raciocínio Kenney, Wilmore e Costill (2013) afirmam que, para o atleta que treina ao mesmo tempo para resistência aeróbica e força, os resultados publicados até agora indicam que pode haver ganhos de força, potência e resistência. Contudo, os ganhos de força e potência musculares são menos expressivos quando o treinamento de força é combinado com o treinamento de resistência, em comparação com o treinamento realizado exclusivamente para o ganho de força.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Destarte, podemos afirmar então que, para aquele grupo de jogadores que participam mais das partidas (Grupo 1) a participação nos jogos já os condiciona no requisito resistência e a força e potência diminuem (haja vista que um dos mais utilizados testes de fadiga pós-jogo é o <i>Counter Movement Jump</i> [CMJ]). Dito isso, o foco deve ser no treinamento de força e potência. Para aqueles jogadores relacionados para as partidas, mas que, não vem atuando tanto (Grupo 2) precisam de um trabalho para mantê-los condicionados e aptos para quando forem participar das partidas. Um treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) pode ser uma solução. Já para aquele grupo de jogadores que apenas treina (Grupo 3) e não é relacionado para os jogos, um trabalho extra se torna necessário para que estes fiquem em nível de condicionamento próximos dos seus colegas de trabalho. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: medium;"><br /></span><span style="font-size: medium;">Com base nesses relatos, se faz necessário olhar mais para os treinos de força e potência em jogadores de futebol como uma forma de aprimorar aquilo que eles já fazem muito bem (sendo que, estes tenham um bom desempenho na resistência). Pois o jogo de futebol atual exige muito dessa capacidade física dos seus participantes. Com a quantidade grande de jogos por temporada (no Brasil um time de elite faz em média 69 partidas), não é mais segredo para ninguém que, o treinamento de força pode reduzir o risco de lesão na maioria dos esportes, levando em consideração que indivíduos fatigados correm mais risco de sofrer uma lesão. </span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>Referências</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b><br /></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">STEWART, Glenn. Minimising the Interference Effect. in: JOYCE, David; LEWINDON, Daniel (editors). <b>High-Performance Training for Sports. </b>Human Kinetics, 2014 p. 269-276.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">KENNEY, Larry W.; WILMORE, Jack H.; COSTILL, David L. <b>Fisiologia do Exercício. </b>Barueri, SP. Manole, 2013.</span></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-56936103149547643342022-08-29T21:34:00.001-03:002022-09-09T15:02:39.637-03:00FORÇA EXPLOSIVA E SUAS ESPECIFICIDADES NO FUTEBOL<p style="text-decoration: line-through;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL-WnXF_bhfnuCeEm9PI2A4JOLgIfKkpm-37oiQTCKVqOafhH6foXcnfEGN29z7qHxr-RrdeSaUW9NiuQkZ1voR7d1d8Kjlhy4YK-RcmiHqyonykoBNiC4072hyJq2elxNA0S-_9HLSBTqE7B_DouqjkPAUajPi6WNeggY-72azH7DR_Ig8rdGvwgvaQ/s1080/pot%C3%AAncia.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL-WnXF_bhfnuCeEm9PI2A4JOLgIfKkpm-37oiQTCKVqOafhH6foXcnfEGN29z7qHxr-RrdeSaUW9NiuQkZ1voR7d1d8Kjlhy4YK-RcmiHqyonykoBNiC4072hyJq2elxNA0S-_9HLSBTqE7B_DouqjkPAUajPi6WNeggY-72azH7DR_Ig8rdGvwgvaQ/w400-h400/pot%C3%AAncia.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto 1: Cristiano Ronaldo salta 2,57 metros e supera goleiro </td></tr></tbody></table><p style="text-decoration: line-through;"></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A força para nós tem uma importância essencial, é considerada a gênesis da
motricidade humana. Força é tudo que causa mudança no estado de movimento. Isto posto, que o jogador de futebol necessita da força não há dúvida, pois a força durante o jogo é representada em vários aspectos. Mas, vamos nos ater apenas na força explosiva. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="font-size: medium;">Força Explosiva (Força e Velocidade): é a capacidade demonstrada na superação de certa resistência no menor tempo possível, e é caracterizada pelo sistema neuromuscular mobilizador do potencial funcional com a finalidade de alcançar altos níveis de força. A força explosiva representa particularmente a manifestação das capacidades de força e de velocidade relacionadas com o esforço em uma ou poucas repetições (saltos, lançamentos, etc.).</span></blockquote><p style="text-align: right;"><span style="font-size: medium;">Gomes e Souza, 2008</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Já está bem documentado na literatura que o aumento da força máxima melhora a força explosiva e essa, está intimamente ligada aos momentos mais decisivos do jogo, como o gol, por exemplo. Destarte, se a força máxima for treinada em demasia ela pode ocasionar um aumento na secção transversa tanto das fibras de contração rápida quanto das de contração lenta e isso, é prejudicial para a força explosiva. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A velha metodologia de treino previa, para o início da preparação, um período de treinamento dirigido exclusivamente à melhoria da força máxima (2 a 3 meses) e, posteriormente, um período de transformação seguido de um outra de força especial. As novas proposições, com base em experiências baseadas em evidências e comprovadas no campo, prevêem trabalhos de força máxima e de força explosiva durante o mesmo período (BOSCO, 2007). A adaptação biológica de origem neural que ocorre como resposta inicial aos estímulos promovidos pelo treinamento da força máxima é fenômeno já bem documentado (MORITANI e de VRIES, 1980). É bem provável que os fatores neurais atuem em diversos níveis do sistema nervoso central e periférico, determinando como resultado final a ativação máxima de várias unidades motoras envolvidas (BOSCO, 2007). </span></p></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3RvY214HA5IKgFmnhHwhi9diflfpjrUl_mUCUSAT3ISxKjTZXI8HnNrDPUIHITCRF9yU_8V_sCCBDOicBEnicC2sJMVoHBsi4TwGha0IMZKjzxBKqvS_c2vLhcvG6rHw2y4C4GdSA2jXOstU6KBsX9lV3QK8IFrdD2eLKqEJ9mh6Bll_IkTZDlziArw/s1080/Jogo%20Fractal%20Forc%CC%A7a%20Explosiva.png" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 1em 0px; text-align: center;"><img alt="" border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3RvY214HA5IKgFmnhHwhi9diflfpjrUl_mUCUSAT3ISxKjTZXI8HnNrDPUIHITCRF9yU_8V_sCCBDOicBEnicC2sJMVoHBsi4TwGha0IMZKjzxBKqvS_c2vLhcvG6rHw2y4C4GdSA2jXOstU6KBsX9lV3QK8IFrdD2eLKqEJ9mh6Bll_IkTZDlziArw/s400/Jogo%20Fractal%20Forc%CC%A7a%20Explosiva.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Campograma 1: Jogo Fractal para Força Explosiva<br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">No campograma 1 trago um exemplo de como trabalhei essa questão nas pré-temporadas dos anos de 2020 e 2021. Trabalho de força máxima agachamento (4 X 4 com 85% do 1 RM) e após o tempo de descanso um jogo fractal onde se enfrentavam duas equipes com 5 jogadores (3 dentro do quadrado e 2 por fora, nas laterais). O objetivo era buscar a progressão com passes verticais e cada vez que isso fosse alcançado com sucesso, o jogador que realizou o passe realiza uma aceleração e um salto sobre a barreira fixa na lateral do campo e ocupa o lugar do jogador que ali estava, o jogador recebedor do passe entra no espaço conduzindo a bola e busca o passe vertical na outra lateral (pontuando após cada salto na barreira).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Sempre em busca da especificidade, lembrando que, essa relação de especificidade ou semelhança pode ser criada de três formas no treinamento:</span></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Especificidade Metabólica;</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Especificidade Neural; e</span></li><li><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Especificidade Mecânica. </span></li></ul><span style="font-size: medium;">No futebol, assim como em outras modalidades esportivas (ciclismo, voleibol, natação, ginástica, entre outras), não devemos buscar um ganho excessivo de hipertrofia muscular. Devemos buscar um ganho de força ótima. Outro ponto que deve ser lembrado é a questão do treinamento concorrente (que no futebol a sua ocorrência é muito grande). Mas isso, será um tema para o futuro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span><div><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Boa semana!</span></div><div><b><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></b></div><div><b><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Referências</span></b></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">GOMES, Antônio Carlos; SOUZA, Juvenilson. <b>Futebol:</b> treinamento desportivo de alto rendimento. Porto Alegre: Artmed, 2008.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">BOSCO, Carmelo. <b>A Força Muscular:</b> aspectos fisiológicos e aplicações práticas. São Paulo: Phorte, 2007.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">MORITANI, T. ; de VRIES, H. A. <i>Potential for gross muscle hypertrophy in older men</i>. <b style="font-style: italic;">Journal of Gerontology. </b>v. 35, p. 672-682, 1980.</span></div> <br /><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div></td></tr></tbody></table><strike></strike>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0Porto União, SC, Brasil-26.2347858 -51.083863000000008-58.830615735589632 -86.240113000000008 6.3610441355896334 -15.927613000000008tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-55159455733838570242022-08-22T16:10:00.001-03:002022-08-28T20:47:36.364-03:00VOCÊ CONHECE IMA?<p style="text-align: center;"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSpw7bMf2-x5IV_xM7N3Si8O9EMOpO9YcL6bV89oAxVgtlsI4wK4A0_x8z90qi3CY10oKULbL4HHfdeyGudKv5zG4kHfQ9o4hakbQccOsin-EXgT9-22aeWtYTHzSo4hNveUywQrWYMAn9W-oSQOh2omxj7WLtfWYj13DvVQNotdVddtT6WSBMEnwXmg/s1080/IMA.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSpw7bMf2-x5IV_xM7N3Si8O9EMOpO9YcL6bV89oAxVgtlsI4wK4A0_x8z90qi3CY10oKULbL4HHfdeyGudKv5zG4kHfQ9o4hakbQccOsin-EXgT9-22aeWtYTHzSo4hNveUywQrWYMAn9W-oSQOh2omxj7WLtfWYj13DvVQNotdVddtT6WSBMEnwXmg/w400-h400/IMA.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 1:<i> Inertial Movement Analysis</i> (IMA) adaptado de Rabelo, 2016</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com o advento das tecnologias no meio desportivo, a ciência também vem evoluindo cada vez mais para auxiliar os métodos de treinamento, o seu controle e o monitoramento de cargas de treinamento. E novos postos de trabalho vem ganhando notoriedade no futebol, o fisiologista é um exemplo disso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O uso do <i>Global Positioning System</i> (GPS), é uma tecnologia de navegação baseada em satélite, fornecendo assim um meio adicional para descrever e compreender o contexto espacial da atividade física. O GPS foi utilizado pela primeira vez para rastreamento de atletas no ano de 1997. O seu uso é cada vez mais utilizado pois, ele possibilita ao fisiologista, treinador e preparador físico uma análise abrangente e em tempo real da <i>performance</i> do jogador em jogos oficiais bem como nos treinamentos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O GPS consegue fornecer dados referentes a diversas variáveis, dentre os mais importantes temos o <i>Inertial Movement Analysis</i> (IMA). Que é um algoritmo científico que remove os erros inerentes de sensores inerciais (acelerômetros, giroscópios e magnetômetros que medem a força, direção e inclinação). O IMA remove a força da gravidade com um filtro que gera, informações precisas e validada de acelerações, desacelerações, mudanças de direção e saltos (altura e frequência) (PIAZZI, FORNAZIERO, MARIA, 2021). Os referidos autores seguem relatando que, a criação de parâmetros de aceleração nos três planos de movimento que consideram a gravidade fornecem uma plataforma para desenvolver algoritmos para detectar micromovimentos específicos dos esportes, convertendo em informações relacionadas a movimentos multidirecionais que são importantes para a prescrição atual do treinamento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU9O_Iv23G_rnqOQwvAVggQ_-dtjRs45BHLJbwmwN7at-Z_S3jLno0zpI8dEFi-zYvgH2M6Qp1m6R6cJMPDK0DQiIOK2FvbeihIFqvnWaxaM0yZBmO4OfKv_TLIb-htHkEAaRGuXHdnDDdgutqyCtW34jTzvKMENmbuOKJJWRgqZS_Au3hZYN4VZPpGw/s1080/3%20VS%203%20.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU9O_Iv23G_rnqOQwvAVggQ_-dtjRs45BHLJbwmwN7at-Z_S3jLno0zpI8dEFi-zYvgH2M6Qp1m6R6cJMPDK0DQiIOK2FvbeihIFqvnWaxaM0yZBmO4OfKv_TLIb-htHkEAaRGuXHdnDDdgutqyCtW34jTzvKMENmbuOKJJWRgqZS_Au3hZYN4VZPpGw/w400-h400/3%20VS%203%20.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Campograma 1: Jogo Fractal 3 VS 3 Top 1 Neural<i> IMA per Minute</i></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No campograma 1 temos um Jogo Fractal 3 VS 3 com dimensões de 27m X 22m com área relativa 99 m2 e<i> IMA </i>Total 21,3/m (RABELO, 2016). Com esse jogo conseguimos obter um grande número de acelerações/desacelerações e mudanças de direção (C<i>hange of Direction [CoD]</i>) tanto para à direita quanto para à esquerda (quanto a tática trabalhar o triângulo defensivo). Outra questão pertinente que devemos relatar é que, a situação de igualdade numérica aumenta a demanda física dos jogadores (na figura 1 temos a seta vermelha significando alta demanda, a laranja média demanda e a azul baixa demanda). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Se você não dispõe de dispositivos de GPS, esse é um ótimo exemplo para organizar e gerir o processo de treinamento sem essa tecnologia e obter resultados próximos com um baixo custo financeiro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Boa semana!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b></div><div style="text-align: justify;"><div style="caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></div><div style="caret-color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #333333;">R</span>ABELO, Felipe Nunes. Métricas para Avaliar os Jogos Reduzidos. <i><b>Catapult Performance Workshop</b></i>. Curitiba, 2016 - Não Publicado.</span></div><div style="caret-color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="caret-color: rgb(51, 51, 51);"><span style="font-family: inherit;">PIAZZI, Alessandro F.; FORNAZIERO, André M.; MARIA, Thiago Santi. <b>Controle de Carga de Trabalho no Futebo</b>l in: MARIA, Thiago Santi.; BOTTINO, Altamiro A.<b> Fisiologia do Exercício Aplicada ao Futebol</b>. 2021. p. 122-149.</span></div><br class="Apple-interchange-newline" style="text-align: start;" /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-85036697152046048162022-08-15T17:06:00.001-03:002022-08-28T20:48:24.540-03:00JOGOS REDUZIDOS UTILIZADOS COMO ARMA HIIT<p><br /> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZt_8-uvty2pghEoG5eTR-lKoVEv6FUq0Bk2_wzgOfrZx3LZEPbB7e6Ilbr0ok3EgcjwGmhWXe0tcFv3Cvl3ftICQmNm728zNYQS1LHCaYr-u0F7WeQpgTcvCVn4j0fRvVskzvGtKNK4yEDf7RpRHSq2qAAATkBGqkKYLEzoBxwNoxOX_A8KUlRT6vHw/s940/8%20VS%208%20Blog-2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="788" data-original-width="940" height="335" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZt_8-uvty2pghEoG5eTR-lKoVEv6FUq0Bk2_wzgOfrZx3LZEPbB7e6Ilbr0ok3EgcjwGmhWXe0tcFv3Cvl3ftICQmNm728zNYQS1LHCaYr-u0F7WeQpgTcvCVn4j0fRvVskzvGtKNK4yEDf7RpRHSq2qAAATkBGqkKYLEzoBxwNoxOX_A8KUlRT6vHw/w400-h335/8%20VS%208%20Blog-2.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">"<i>O Futebol não é ciência, </i></div><div style="text-align: center;"><i>mas a ciência pode ajudar a melhorar o nível do Futebol"</i></div><div style="text-align: center;"><i> Jens Bangsbo</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O uso de jogos reduzidos (para nós Jogos Fractais) para treinamento de futebol além de trabalhar as habilidades técnicas em ambiente específico e a consciência tática, podem e devem ser utilizados para aprimorar as respostas metabólicas e neuromusculares. Se compararmos essas respostas para atender às demandas, isso pode ajudar a garantir uma carga ótima (nem muito, nem muito pouco) e encontrar o equilíbrio entre trabalho/recuperação mais gerenciável de um dia para outro. Um dos desafios de avaliar as demandas do jogo, no entanto, é que a intensidade e a densidade das ações provavelmente são dependentes do tempo, ou seja, quanto maior o período de jogo, menor a intensidade média desse período. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No campograma acima temos um jogo fractal onde se enfrentam 8 VS 8 em um campo com dimensões de 73 m X 68 m com o objetivo de fazer a bola chegar até a área demarcada (em forma de passe para um companheiro, já trabalhando o passe no intervalo entre zagueiro e lateral) pelos bonecos para poder pontuar. A duração do trabalho é de 4 X 5 minutos. Esse trabalho é considerado o número 1 quando queremos trabalhar <i>High Speed Distance per Minute</i> (carga neural)<i> </i>pois, teremos distância percorridas acima de 20 Km/h com 8,3 m/min em uma área relativa de 310,3 metros quadrados (RABELO, 2016). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A distância percorrida acima de 19,8 Km/h (5,5 m/s) tem sido usada para quantificar as demandas de <i>High Speed Running (HSR) </i>no futebol (essas demandas equivalem a 2% do tempo de jogo) e 25,2 Km/h (7m/s) para mensurar os <i>sprints </i>(essas demandas equivalem a 1% do tempo do jogo). Portanto, HSR absoluta é a distância percorrida igual ou superior a 5,5 m/s (esses são os momentos mais decisivos do jogo de futebol). Mais recentemente, os perfis de atividade da partida durante os períodos de Bola em Jogo (BiP) foram relatados para fornecer uma representação mais precisa das demandas da partida em comparação com as variáveis da partida inteira. Os autores também isolaram passagens fixas de BiP em períodos de 30-60 s, 60-90 s e >90 s, para entender a relação entre a intensidade de corrida e a duração dos períodos de BiP. Além disso, a investigação das saídas máximas para cada métrica de GPS (em vez da média) foi pensada para revelar as demandas de pico do jogo, também conhecido como pior cenário. De acordo com o estudo, houve valores mais elevados para a demanda de pico em relação à média, com os maiores valores alcançados durante os períodos mais curtos (de 30-60 s) (MERNAGH, et al., 2021). O que corrobora os dados de Rabelo, 2016. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Informações como essas precisam ser conhecidas pelas comissões técnicas, pois, o nível das equipes em competitividade fez surgir novos estudos sobre demandas competitivas (físicas, fisiológicas, metabólicas e técnicas) necessárias aos atletas de alto rendimento, seja durante os treinamentos ou nas competições (PIAZZI; FORNAZIERO; MARIA, 2021). Para organizar os treinamentos durante a semana e identificar o perfil exato do objetivo desta atividade e distribuir as cargas durante a semana, para prospectar a carga de trabalho que será oferecida à equipe e ajustar parâmetros de volume e intensidade para que a carga fique dentro do que foi programado e proposto para aquele dia e tente aproximar cada vez mais o treinamento do que acontece no jogo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na sequência de postagens traremos mais alguns exemplos de treinamentos com outros objetivos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Boa semana!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">RABELO, Felipe Nunes. Métricas para Avaliar os Jogos Reduzidos. <b>Catapult Performance Workshop</b>. Curitiba, 2016 - Não Publicado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">PIAZZI, Alessandro F.; FORNAZIERO, André M.; MARIA, Thiago Santi. <b>Controle de Carga de Trabalho no Futebol </b>in: MARIA, Thiago Santi.; BOTTINO, Altamiro A. <b>Fisiologia do Exercício Aplicada ao Futebol</b>. 2021. p. 122-149.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">MERNAGH, Dylan; et al. A comparison of match demands using ball-in-play versus whole match data in profissional soccer players of the English Championship. <span style="font-family: URWPalladioL; font-style: italic; text-align: left;">Sports </span><span style="font-family: URWPalladioL; font-style: italic; font-weight: 700; text-align: left;">2021</span><span style="font-family: URWPalladioL; font-style: italic; text-align: left;">, </span><span style="font-family: URWPalladioL; font-style: italic; text-align: left;">9</span><span style="font-family: URWPalladioL; text-align: left;"><i>, 76. </i>Disponível em: <i>https://doi.org/10.3390/sports9060076</i></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-77882663179400270452022-08-08T16:03:00.003-03:002022-08-28T20:49:04.954-03:00ALVOS FISIOLÓGICOS DO HIIT NO FUTEBOL<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhJ9mN_-YRWxfC3NVCRwLt_vCoCw9K7Pn3d2UC9LqNH3NgI3wtxnQPo1GACkqO1P1wzF2PzMWdFi_0VH_2uSv6Iq-0anikKQL7HxtVkuARsvxqnZsenFBEDbGX4F6SpoRjieJ6BA3oDaFTrtPsJ-vTweFox3stsqqaIxTJWh1K-zb4kMkxjogKp_0vUg/s1080/Alvos%20Fisiol%C3%B3gicos%20HIIT.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhJ9mN_-YRWxfC3NVCRwLt_vCoCw9K7Pn3d2UC9LqNH3NgI3wtxnQPo1GACkqO1P1wzF2PzMWdFi_0VH_2uSv6Iq-0anikKQL7HxtVkuARsvxqnZsenFBEDbGX4F6SpoRjieJ6BA3oDaFTrtPsJ-vTweFox3stsqqaIxTJWh1K-zb4kMkxjogKp_0vUg/w400-h400/Alvos%20Fisiol%C3%B3gicos%20HIIT.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O HIIT <i>(High Intensity Interval Training), </i>traduzido Treinamento Intervalado de Alta Intensidade não é algo novo. As primeiras informações dessa metodologia de treinamento datam da década de 1930 (do século passado). </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">As sessões de treinamentos influenciadas por essa metodologia tem como objetivos estímulos curtos (de 3 segundos até 5 minutos), porém com alta intensidade (igual ou superior a 85% da capacidade aeróbica máxima). </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Apoiados nos autores Laursen & Buchheit (2018) que fazem uma analogia com soldados indo para a guerra, necessitamos fabricar armas para eliminarmos os nossos alvos. Baseados em evidências práticas, nos seus antecessores e em ciências, os autores definem que existem cinco (5) armas e/ou formatos principais que podem ser usados em treinamentos e que podem induzir a resposta fisiológica aguda apropriada para os nossos objetivos. E essas são:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><ol><li>Intervalos Curtos;</li><li>Intervalos Longos;</li><li>Treinamento de<i> Sprint</i> Repetidos;</li><li>Treinamento de Intervalo de <i>Sprint; </i>e</li><li>HIIT Baseado em Jogos</li></ol></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Os referidos autores prosseguem afirmando que, essas armas podem ser usadas para diferentes operações de combate, dependendo dos nossos alvos fisiológicos. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">No caso específico do futebol, vamos falar do HIIT Baseado em Jogos que, incluem os Jogos Reduzidos. Estes são em última análise, formas de intervalos longos baseados em jogos específicos (especificidade do esporte). Além de incluir sistematicamente a tomada de decisões e interações com os oponentes e companheiros, com duração entre 2 minutos e 4 minutos em uma intensidade de esforço específica do esporte.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg94VMX7EAVW0CBrmFE63QAKgXBOjSayTxmza5FtIOrWnJT2EsNdYVsq20a8CqjYLSy36F9JkW3e2u_Law-jEuCRzNccdr5kazyV-_IBZ_pIlCpdLgyu_rX4vM4_GewjVyIyo43w8GEyUD7mpZ7i63xG7RNUsYgaNUCUp1eZUYuMqPtU1UD1aK64kmz1Q/s1080/Capacidades%20F%C3%ADsicas.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg94VMX7EAVW0CBrmFE63QAKgXBOjSayTxmza5FtIOrWnJT2EsNdYVsq20a8CqjYLSy36F9JkW3e2u_Law-jEuCRzNccdr5kazyV-_IBZ_pIlCpdLgyu_rX4vM4_GewjVyIyo43w8GEyUD7mpZ7i63xG7RNUsYgaNUCUp1eZUYuMqPtU1UD1aK64kmz1Q/w400-h400/Capacidades%20F%C3%ADsicas.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Tal como em muitos desportos, há organização da maioria dos treinos baseados em jogos no formato de jogos reduzidos se justifica conforme imagem acima. No gráfico de pizza podemos ver as habilidades técnicas com 45%, a consciência tática com 30% e o condicionamento físico representa 25% das capacidades dos jogadores (BUCHHEIT, et. al., 2018). </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Além disso, programas de treinamento de várias semanas usando jogos reduzidos como uma arma HIIT, relataram melhorias em vários fatores relacionados à vitória, incluindo velocidade, força e desempenho de resistência, mas também, e provavelmente mais importante, proficiência técnica e consciência tática, confirmando o potencial dessa abordagem como um forte alternativa ao HIIT baseado em corrida (BUCHHEIT, et. al., 2018). </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O argumento final para o uso de jogos reduzidos para atingir alvos fisiológicos como arma HIIT é que eles são semelhantes às diferentes estratégias disponíveis para modular a intensidade do exercício durante um HIIT baseado em corrida e, por sua vez, as respostas metabólicas e locomotoras. A carga fisiológica e locomotora durante os jogos reduzidos pode ser ajustada usando, entre outras, manipulações as dimensões do campo, número de jogadores e regras (BUCHHEIT, et. al., 2018). </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Porém, se faz necessário a inclusão de HIIT baseado em corrida nos treinamentos para aprimorar o condicionamento físico dos jogadores.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">No próximo <i>post </i>traremos exemplos práticos desses jogos reduzidos (porém, nós preferimos denomina-los Jogos Fractais).</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Boa semana!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Referências</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">LAURSEN, Paul; BUCHHEIT, Martin. <b>Science and Application of High-Intensity Interval Training</b>: solutions to the programming puzzle. Human Kinetics, 2018.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">BUCHHEIT, Martin; et.al. <b>Soccer</b> in: LAURSEN, Paul; BUCHHEIT, Martin. S<b>cience and Application of High-Intensity Interval Training</b>: solutions to the programming puzzle. Human Kinetics, 2018. p. 547 - 564. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="background-color: #f8f9fa; color: #202124; font-family: inherit; font-size: 28px; text-align: center; white-space: pre-wrap;"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><pre class="tw-data-text tw-text-large tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="background-color: #f8f9fa; border: none; color: #202124; font-family: inherit; font-size: 28px; line-height: 36px; margin-bottom: -2px; margin-top: -2px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 2px 0.14em 2px 0px; position: relative; resize: none; text-align: justify; unicode-bidi: isolate; white-space: pre-wrap; width: 270px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt"> </span></pre></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-15710695573675222652022-08-01T16:07:00.001-03:002022-08-28T20:49:55.660-03:00TRANSIÇÕES SUPORTADAS PELO EQUILÍBRIO<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGfsX7M7KyjjKx8lzCuzPZ8mIZ71ZqVJisws8XF7dNk9eApqWyid6HRt41EcHtAyOd9piOKGWU8a1uB8b3vVO0YjDwRkCnF8156jneohuNBzCtNy_ohT_sKzw_JOGSC-dGR6CBE1_GNFBTkx7jMHIZepS3PMjQhlx0OKb5UKTfgEU7Q1Mo97STWqzAOw/s1080/Transic%CC%A7a%CC%83o-2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGfsX7M7KyjjKx8lzCuzPZ8mIZ71ZqVJisws8XF7dNk9eApqWyid6HRt41EcHtAyOd9piOKGWU8a1uB8b3vVO0YjDwRkCnF8156jneohuNBzCtNy_ohT_sKzw_JOGSC-dGR6CBE1_GNFBTkx7jMHIZepS3PMjQhlx0OKb5UKTfgEU7Q1Mo97STWqzAOw/w400-h400/Transic%CC%A7a%CC%83o-2.png" width="400" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">No jogo atual, falar apenas de ataque e defesa, é falar de algo que não é futebol. Sou defensor da não fragmentação do treino/jogo, mas para melhor entendimento, esses momentos devem ser tratados em separado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A velocidade que se joga atualmente não permite mais que, como acontecia há alguns anos atrás, os jogadores tenham tempo para pensar e realizar calmamente as suas ações quando ganhavam ou perdiam a bola. Seja porque se defende mais à frente, seja pela origem do<i> pressing, </i>seja pela evolução técnica dos jogadores e dos materiais (bolas, chuteiras, gramados [embora no Brasil esse assunto seja muito discutível]), o jogador atual, quando perde a bola não pode deslocar-se lentamente para ocupar a sua posição e, quando a recupera, não pode demorar para retirá-la do setor onde a recuperou. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os dois momentos mais importantes do jogo atual são o momento em que se perde a bola e o momento em que se ganha a bola (MOURINHO, apud AMIERIO, 2004). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A eficácia dos momentos de transição está intimamente relacionada com o modo como a equipe está organizada antes dos mesmos. Ou seja, equilíbrio defensivo no ataque e equilíbrio ofensivo na defesa (AMIERIO, 2004). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apoiado pelo mesmo conceito Carvalhal (2006) defende que ninguém consegue atacar bem se não tiver a equipe equilibrada para defender e ninguém consegue defender bem se não tiver a equipe equilibrada para atacar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_7-BTO_40yMJ609PZNFCXfgzarPiRFvhmNpevAiWP3ag3_3FqRkYXyV3IYBYzCNY1MzwmbLy1FLon7U0oCk-Lg87jgwHfSxSwi4TAHwPgp59OZtwGD0yyBDnXzs3-8ToBRAsr5KdReGzUWuP2AXQP1hQLXNJMlIUDw6TD5KSbWCnWJZDhi1cwXNSanA/s1080/transi%C3%A7%C3%B5es.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_7-BTO_40yMJ609PZNFCXfgzarPiRFvhmNpevAiWP3ag3_3FqRkYXyV3IYBYzCNY1MzwmbLy1FLon7U0oCk-Lg87jgwHfSxSwi4TAHwPgp59OZtwGD0yyBDnXzs3-8ToBRAsr5KdReGzUWuP2AXQP1hQLXNJMlIUDw6TD5KSbWCnWJZDhi1cwXNSanA/w400-h400/transi%C3%A7%C3%B5es.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 1: A balança representa o equilíbrio entre os momentos</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sustentados nos depoimentos acima citados e pela figura 1, atrevemo-nos, então, a salientar que, quando em posse de bola, a equipe deve estar dotada de determinados comportamentos, que permitam atacar mas ao mesmo tempo estar posicionada para responder convenientemente a uma situação de perda da posse de bola. Acreditamos que estes comportamentos da equipe devem ser assegurados pelos jogadores sem bola, adotando um posicionamento que lhes permita participar no momento ofensivo mas, ao mesmo tempo, garantir segurança defensiva perante uma possível perda da posse da bola. Porque o ataca e a defesa são unidos, que não pode-se separar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outra situação que não podemos deixar de mencionar sobre as transições é que eles se norteiam nos Princípios Fundamentais do Futebol:</div><div style="text-align: justify;"><ul><li>Refutar a inferioridade numérica;</li><li>Evitar a igualdade numérica; </li><li>Criar a superioridade numérica. </li></ul></div><div style="text-align: justify;">E quando a equipe se encontrar no momento sem a bola (defesa) os jogadores devem situar-se entre os oponentes (sem a bola), para realizar a pressão. Na minha visão, o modo de defender é estar entre oponentes. Nunca declarar ao adversário que estou marcando ele. Amierio (2004) identifica duas principais formas de organização defensiva: defesa homem-a-homem e defesa à zona, sendo que não existe apenas uma forma de defesa homem-a-homem, como também não existe uma única forma de defender à zona. As referidas formas de organização defensiva se distinguem muito significativamente. Na primeira a grande referência de marcação são os espaços considerados valiosos, já na segunda são os oponentes diretos, ou seja, quando defendemos à zona procuramos defender os espaços considerados mais valiosos, e quando defendemos homem-a-homem devemos defender exclusivamente um adversário direto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na mesma linha de raciocínio temos Frade (2005), afirmando que, uma equipe quando defende, deve fazer campo pequeno, reduzir o espaço de jogo à equipe oponente, ter os setores mais próximos entre si e conseguir superioridade numérica no setor da bola. E quando ataca, deve fazer campo grande, ocupando corredores e dando profundidade e largura ao jogo. Se a equipe defende no homem-a-homem isto se torna muito difícil (para não dizer impossível) pois, com as movimentações dos oponentes os jogadores da nossa equipe serão levados para determinados espações que não são os mais específicos para retirar a bola do setor de pressão e mantê-la para iniciar o ataque rápido (muito chamam de contra-ataque e o confundem com as transições).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A transição é o momento em que se passa do processo defensivo para o processo ofensivo (transição ofensiva) e do processo ofensivo para o processo defensivo (transição defensiva). Portanto, um caminho de mão dupla. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Então, como pudemos observar até aqui o modelo de jogo influencia a forma de desgaste físico/mental do jogador e pode ser benéfico e/ou prejudicial para a equipe. Por exemplo, só correr na fase ofensiva e não na fase defensiva causa desequilíbrio tático na equipe. Outro fator que deve ser levado em consideração nas transições é a VEL (Velocidade de Passes entre os jogadores) se é alta e/ou baixa. Isso para retirar a bola do setor de pressão, mudar a bola de corredor e dificultar a montagem do bloco defensivo por parte da equipe oponente. A REC 5 (Recuperar a Posse de Bola em até 5 segundos) se não for possível organizar o bloco defensivo (essa última tem relação significativa com a base física dos jogadores). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As transições devem ser equilibradas durante as partidas e nas transições a mente atua antes do corpo, a equipe que não conseguir equacionar isso está fadada ao desequilíbrio tático.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Boa semana a todos!</div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">AMIERIO, Nuno. <b>Defesa à Zona no Futebol</b>. Um pretexto para reflectir sobre o <<jogar>>...bem, ganhando! Edição do autor. Porto, 2004.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">FRADE, Vítor. <b>Apontamentos da disciplina Metodologia Aplicada I </b>- Opção de Futebol. Não publicada. FCDEF-UP. Porto, 2005.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">CARVALHAL, Carlos. Entrevista. In <b>A importância dos momentos de transição </b>(ataque-defesa e defesa-ataque) num determinado entendimento do jogo. Dissertação de Licenciatura. Não publicado. FADE-UP. Porto, 2006. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><br /> <p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-86776385365176413862022-07-20T16:56:00.002-03:002022-08-28T20:50:26.233-03:00EPICENTRO DO JOGO, ESPAÇOS DE FASE E JOGO DE POSIÇÃO<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFZZcRD3zQ88TuqpDQ33UbGGcaL8gu-jOHMVQkr6xGwrtBSd9q_pmKm5o69CPJ0OIzs0ijE5jKnmw_5rDSfzvIqw40bLx4Lskzekk7BSRO5t7XIc17xGydiYMIT_k-DiD31uj5bPagVs0gJUJSYg38IYmTa2ehTzcEj51HbNHucd64kIrPwYUQliYoGQ/s1080/CENTRO%20DO%20JOGO.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFZZcRD3zQ88TuqpDQ33UbGGcaL8gu-jOHMVQkr6xGwrtBSd9q_pmKm5o69CPJ0OIzs0ijE5jKnmw_5rDSfzvIqw40bLx4Lskzekk7BSRO5t7XIc17xGydiYMIT_k-DiD31uj5bPagVs0gJUJSYg38IYmTa2ehTzcEj51HbNHucd64kIrPwYUQliYoGQ/w400-h400/CENTRO%20DO%20JOGO.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: left;"> Figura 1: Fotograma</div><div style="text-align: center;">Legenda: ACB= Atacante com a Bola; ASB= Atacante sem a Bola; DSB= Defensor sem a Bola</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Muitas pessoas <span style="font-family: inherit;">não gostam de futebol. Sim, eu já ouvi muito isso na minha vida. Por outro lado, existem muitas pessoas espalhadas pelo mundo que dedicam grande parte das suas vidas a esse esporte. O Brasil é considerado o "País do Futebol" (no <i>site </i>de busca mais famoso encontramos aproximadamente 33.100.000 resultados sobre esse tema). Alguns tratam o esporte futebol como sendo algo simples, uma equipe que ataca e a outra que se defende. E seguem dizendo que, "se nenhuma das duas equipes errar, o resultado será 0 X 0". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Confesso, eu já fui um desses. Míope pela paixão, assistindo jogos e não compreendendo a complexidade que eles nos </span>mostram.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para que possamos começar a compreender a complexidade do jogo de futebol, devemos entender sobre às referências espaciais. Olhando o fotograma acima, temos dentro do círculo vermelho seis (6) jogadores, sendo um deles portador da bola. Destarte, o epicentro do jogo é o local onde se encontra a bola em determinado momento (tempo) do jogo (TEOLDO, et. al. 2015). Apoiados na Geofísica, o epicentro é o ponto da superfície da Terra onde primeiramente chega a onda sísmica. Entretanto, o epicentro é o ponto de maior concentração e/ou liberação de energia. Quando relaciono isso com o futebol, quero dizer que, entre todos os elementos e forças de interação que provocam respostas e contra-respostas em outros de um forma variada a cada momento, o maior dentre eles, o que possui mais forças gravitacionais é a bola (PERAITA, 2021). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O centro do jogo (no fotograma acima representado pelo círculo vermelho) é uma circunferência estabelecida por um raio de 9,15 metros (distância regulamentar no futebol) a partir do epicentro do jogo. Sobre essa referência espacial (zona onde a bola se encontra) irá gerar 22 vetores de força diferentes que vão condicionar todos os comportamentos. Haverá jogadores cujas decisões sobre a sua localização, posicionamento e conduta serão influenciadas (para mais ou para menos) pela posição da bola (PERAITA, 2021). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desta forma, podemos classificar os papéis no jogo do seguinte modo:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><u>Momento com a Bola</u></li></ul><ul><li>Atacante com a Bola (Microssistema de ação de jogo);</li><li>Atacante sem a Bola no Centro do Jogo (Mesossistema de ação do jogo);</li><li>Atacante sem a Bola Fora do Centro do Jogo (Macrossistema de ação do jogo).</li></ul><ul><li> <u>Momento sem a Bola</u></li></ul><div><ul><li>Defensor do atacante com a Bola (Microssistema de ação de jogo);</li><li>Defensor do atacante sem a Bola no Centro do Jogo (Mesossistema de ação do jogo);</li><li>Defensor do atacante sem a Bola Fora do Centro do Jogo (Macrossistema de ação do jogo). </li></ul>A partir dessa compreensão, algumas equipes que antes se organizavam apenas para proteger um gol e atacar o outro, começaram a se estruturar em torno da bola. Desse<i> insight, </i>nasce o Jogo de Posição (PERAITA, 2021). Outro fator que merece menção aqui é a REC 5 (recuperar a posse de bola após a sua perda em até 5 segundos), o centro do jogo é uma ótima referência espacial para isso (por isso o seu entendimento tanto por comissão técnica e plantel se faz necessário). Pois, dentro do espaço do centro do jogo é preciso diferenciar, por sua vez, entre o espaço de intervenção, próprio do atacante com a bola e o defensor do atacante com a bola e o espaço de ajuda mútua onde um número reduzido de atacantes sem a bola próximos a ele participam nessa situação ajudando ao executor a concluir sua atuação de maneira exitosa. Entretanto estes acontecimentos estão acontecendo em um lugar concreto do espaço de jogo, a totalidade do espaço restante deve estar ocupada de uma determinada maneira pelo restante dos integrantes da equipe e todos eles devem estar em situação de cooperação com os que estão na interação de ajuda mútua. Os indivíduos que cooperam são ajustados espacialmente ao espaço de intervenção em diferentes coordenadas que atendem aos sistemas de jogo globais que o treinador tenha proposto para essa partida e que tem uma diferente interpretação em função da fase de ataque (momento com a bola) ou defesa (momento sem a bola) em que se encontra à equipe. Destarte, o espaço que ocupam os jogadores que estão cooperando se denomina espaço fora do centro de jogo ou espaços de fase para diferenciá-lo do espaço do centro do jogo. Então temos que toda a equipe está ocupando um espaço de fase segundo a fase tática em que está comprometida e, em algum lugar desse espaço, há um grupo menor que ocupa um espaço singular no entorno da bola que é o espaço de intervenção onde se estabelecem relações de ajuda mútua de um alto valor afetivo (SEIRUL-LO, 2004).</div><div><br /></div><div>O jogo aparentemente simples para alguns, esconde muitas nuances de ordem coordenativa, afetiva e mental. O jogo de futebol precisa do equilíbrio entre os momentos de "ter a bola" e o "não ter a bola" (fluxo contínuo) suportado por um sentimento organizacional coletivo. </div><div><br /></div><div>Ufa, espero que tenham gostado. Prometo ser mais assíduo nas publicações, se tiverem algum assunto que gostariam que eu trate aqui, sou todo ouvidos. Deixem o seu comentário que farei o possível para atender.</div><div><br /></div><div>Forte Abraço!</div><div><br /></div><div><b>Referências</b></div><div><br /></div><div>TEOLDO, Israel. GUILHERME, José. GARGANTA, Júlio. <b>Para um futebol jogado com ideia</b>s: concepção, treinamento e avaliação do desempenho tático de jogadores e equipes. 1 ed. Curitiba: Appris, 2015.</div><div><br /></div><div>PERAITA, Agustín. <b>Espaços de Fase</b>: Como Paco Seirul-lo mudou a tática para sempre. 1 ed. Porto Alegre: Simplíssimo, 2021.</div><div><br /></div><div>SEIRUL-LO, Francisco. <b>Estructura socioafectiva.</b> Master Profesional en Alto Rendimento en Deportes de Equipo. Área Coordenativa, Barcelona. Byomedic - Fundació F.C Barcelona. </div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><p></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4738167142555598914.post-1748570579326136512020-08-26T16:06:00.003-03:002020-08-28T14:31:18.848-03:00O QUE É "INTENSIDADE" NO FUTEBOL?<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr2Fb7U89Av-47uMCzuExQlKYjgGKWdS7ihIMHK5uzpvayv6MHa2eDj9tVWyNLMyVpYm-B5xQDAx5H7zJmoo9WxnqTnGT5IGlYNLFqjP3cijaJbqPX3xEhUfB37XNAZfs-xDC6LLD3BOgL/s960/Iniesta+1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="682" data-original-width="960" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr2Fb7U89Av-47uMCzuExQlKYjgGKWdS7ihIMHK5uzpvayv6MHa2eDj9tVWyNLMyVpYm-B5xQDAx5H7zJmoo9WxnqTnGT5IGlYNLFqjP3cijaJbqPX3xEhUfB37XNAZfs-xDC6LLD3BOgL/w410-h291/Iniesta+1.jpg" width="410" /></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Muito se fala hoje em dia em intensidade no jogo do futebol. Mas afinal, o que é "intensidade" no futebol?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Na nossa cultura e consequentemente no futebol uma situação que impera é o verbalismo. Para <span> que possamos explicar a "intensidade" no futebol teremos que recorrer a tática. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">De uma forma simples, faz sentido afirmar que o conceito de tática pode ser concebido como a gestão (posicionamento e deslocamento/movimentação) do espaço de jogo pelos jogadores e equipe (TEOLDO, et al., 2015). Destarte, estando a equipe (sem a posse da bola) com as suas linhas próximas, realizando uma forte pressão sobre o homem da bola (se possível, em todas as partes do campo) haverá uma intensidade nesse jogar. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Mas, para que isso seja possível, é preciso treinar. Treinar os princípios táticos defensivos, contenção e cobertura defensiva. Bem como, a equipe que está em posse da bola, precisa treinar os princípios táticos ofensivos, mobilidade e espaço. O princípio da contenção refere-se, basicamente, à ação de oposição do jogador de defesa sobre o portador da bola visando diminuir o espaço de ação ofensiva, restringindo as possibilidades de passe a outro jogador atacante, evitando o drible que favoreça progressão pelo campo de jogo em direção ao gol e, prioritariamente, impedindo a finalização à baliza (CASTELO, 1996). O princípio da cobertura defensiva está relacionado às ações de apoio de um jogador às "cotas" do primeiro defensor, de forma a reforçar a marcação defensiva e a evitar o avanço do portador da bola em direção à baliza (CASTELO, 1996). </span></p><p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip9lD8lzBAM-KX1C164mW42fPRCBtBY_ZhlNARsvAE-nCqnydcObVGjmX2TXae8k9WqPh7X1uZb3ggifiNRQHIk4lRP37AKwF0v5hqAjbKxdPElhPVsR_PGuy35nbv8khJH_FL70UyeOm1/s712/Iniesta+2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="431" data-original-width="712" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip9lD8lzBAM-KX1C164mW42fPRCBtBY_ZhlNARsvAE-nCqnydcObVGjmX2TXae8k9WqPh7X1uZb3ggifiNRQHIk4lRP37AKwF0v5hqAjbKxdPElhPVsR_PGuy35nbv8khJH_FL70UyeOm1/w410-h248/Iniesta+2.jpg" width="410" /></a></div><span style="font-size: large; text-align: justify;"><p style="text-align: center;"><span style="font-size: large; text-align: justify;"><br /></span></p><div style="text-align: justify;">Estas ações táticas permitem digamos assim um "abafamento" "sufoco" em quem estiver com a posse da bola e quando perdê-la, deve-se realizar o perde/pressiona. E isso não tem só haver com os quesitos físicos, técnicos e psicológicos, pois, estes deixam de ter um sentido sem a dimensão tática para as contextualizar, assim como a dimensão tática não tem possibilidade de se exprimir se uma das outras não estiver presente. Compartilhamos a ideia de Teoldo et al., 2015, que não queremos transmitir a ideia de que a dimensão tática é a mais importante do que as demais, e sim salientar que esta assume o papel gerador, catalisador e coordenador informacional específico de cada equipe.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em suma, para jogar de forma "intensa" é preciso treinar o que o jogo pede!</div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências:</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;">CASTELO, J. <b>Futebol a organização do jogo:</b> Como entender a organização dinâmica de uma equipe de futebol a partir desta compreensão como melhorar o rendimento e a direcção dos jogadores e da equipa. Lisboa: FMH Edições, 1996. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">TEOLDO, I. et al. <b>Para um Futebol Jogado com Ideias: </b>concepção, treinamento e avaliação do desempenho tático de jogadores e equipes. 1 ed. Curitiba: Appris, 2015.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p>Douglas Tajes Jr. (Juca)http://www.blogger.com/profile/14524989741836072992noreply@blogger.com0