Abordagem de Ensino Baseada no Jogo

sábado, 21 de junho de 2014

SERÁ MESMO O FIM DO TIKI-TAKA?


Nesta Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, muitos estão preconizando o fim de um estilo de jogo de futebol, o Tiki-Taka. Estilo que consagrou uma geração de jogadores espanhóis que foi duas vezes campeões europeus e uma vez mundial, sem contar os inúmeros títulos do FC Barcelona, clube que ajudou a popularizar (e por que não, causar uma certa antipatia para com os espanhóis). 

Destarte, com a transferência de Pep Guardiola para FC Bayern München (o treinador que melhor colocou este estilo de jogo na prática) pode-se observar uma transferência desse estilo de jogo para o clube alemão e por que não, podemos dizer para a seleção alemã. Assistindo aos jogos da Alemanha neste mundial, identificamos uma equipe alemã que prioriza a posse e manutenção da bola em todos os momentos do jogo. Trocando passes pacientemente para tentar desorganizar a defesa adversária e no momento da perda da posse da bola (transição defensiva) os jogadores tentam recuperar a posse da bola no mesmo setor da perda. Lembrando que, este princípio era o grande diferencial do FC Barcelona de Guardiola. 

Sendo assim, acreditamos que não será o fim do tiki-taka, apenas esteja acontecendo um declínio nas equipes espanholas (Seleção e FC Barcelona) e uma transferência para o FC Bayern München e a Seleção da Alemanha (que não joga mais com um centro-avante de referência), opta pela movimentação de seus jogadores e troca de passes rápidos e penetrações.

Enfim, o legado do tiki-taka continua... ou não? 

  

domingo, 1 de junho de 2014

ESTÉTICA DE JOGO E A MIOPIA SOBRE SEUS MOMENTOS


Todos vamos concordar que a estética do jogo de futebol sempre é observada e enaltecida no momento ofensivo (ataque). Mas, será que os outros momentos do jogo não possuem estética? Muitas discussões acaloradas acontecem sobre a forma de se jogar no futebol. Lembrando que não existe apenas uma, mas, muitas formas de se jogar futebol ou vários "futebois". 

Estamos a onze dias do início da Copa do Mundo de Futebol e não podemos achar que todas as trinta e duas seleções participantes vão jogar em posse de bola e ataque posicional. Muitas irão jogar com bloco defensivo baixo e explorando os espaços deixados nas costas da última linha das equipes que jogarão em posse de bola (contra-ataque). Será que o jogo de futebol apresentado dessa maneira não tem estética? Somos impelidos em achar que o jogo ofensivo tem uma estética maior que se sobressai
 sobre os outros momentos do jogo. Ou melhor, temos uma miopia sobre os outros momentos do jogo (organização defensiva, transição ofensiva e transição defensiva). Não conseguimos olhar o jogo dentro da inteireza inquebrantável que ele necessita. Observamos meio jogo, ou pior, menos que isso. Por isso só achamos que o jogar no ataque é belo.

O jogo de futebol é muito mais do que só atacar (ter a bola). E muita equipes entendem a sua realidade e buscam outras formas de jogar, que para muitos não tem estética. Mas, a transição defensiva (o perder a bola voltar a defender) e a organização defensiva (defesa organizada) tem muito de estética, tanto quanto o momento ofensivo. 

Destarte, os momentos do jogo não podem ser tratados de um modo estanque, consequentemente a estética do jogo não pode ser apenas afirmada no momento ofensivo. E os óculos da complexidade nos ajudam a reduzir essa miopia.